Crucifies my enemies....

segunda-feira, março 06, 2006

Quase que vejo...

Alguém qual Billy the Kid com as mãos no colt, mas substituindo o colt por um teclado, a aguardar pacientemente o momento de começar a disparar....

Mas népia.

Ou então agora com este interessante tema.

As Berlengas acabam por ser, para muitos, mais um local de "peregrinação" na época balnear, enquanto para outros é uma lição ambiental. O arquipélago das Berlengas é constituído por três grupos de ilhéus, nos quais se podem apreciar as suas características faunísticas e florísticas únicas. Sendo, por isto mesmo, considerado Reserva Natural, desde 3 de Setembro de 1981 e reconhecido internacionalmente, através do estatuto de Reserva Biogenética do Conselho da Europa.


No bairro de pescadores, na encosta sobranceira ao porto, podem-se obter esclarecimentos e enorme utilidade, junto dos guardas e vigilantes da natureza, para a realização do trilho pedestre. Este trilho, com aproximadamente 2 km, permite admirar toda a beleza do arquipélago.



Subindo o bairro em direcção ao outro extremo da ilha pode-se observar uma cobertura vegetal nossa conhecida através das costas do continente, trata-se do Chorão, espécie exótica, introduzida na ilha na década de 40. Nos espaços deixados por esta planta podem-se encontrar inúmeras Gaivotas-argênteas.

Toda a ilha está recoberta por ninhos de gaivotas, sendo mesmo, considerados uma verdadeira praga.

Nas proximidades do pesqueiro do Capitão, a paisagem torna-se mais agreste, de rocha nua, onde as lagartixas endémicas da Berlenga se aquecem ao sol.



Este istmo de terra, resultado do estrangulamento provocado pelo Carreiro dos Cações e pelo Carreiro do Mosteiro, permite a ligação da ilha Velha à denominada ilha da Berlenga.

Após uma subida ao Carreiro do Mosteiro avista-se o farol de onde se tem uma vista fantástica sobre o Bairro dos Pescadores, o porto, e no horizonte, o Cabo Carvoeiro e a praia da Consolação.

O farol está na zona mais elevada da ilha, localizada já na zona de reserva natural integral.

Na zona da cisterna pode-se desfrutar da esplêndida vista proporcionada pelo forte de S. João Baptista.

Para quem escolher passar a noite na ilha, a acampar, poderá observar, ao entardecer, o regresso das Cagarras e das Gaivotas-argênteas. Embora durante a noite, o barulho que fazem é ensurdecedor.



As Berlengas ficam a cerca de 10 kms de Peniche. Antes de chegar à ilha, podem observar-se as várias aves marinhas, entre as quais a Gaivota- argêntea, a Gaivota-tridáctila, a Gaivota-asa-escura, o Corvo- marinho-de-crista, a Pardela- de-bico-amarelo, e com alguma sorte, outras espécies, mais raras, migratórias.



Ao chegar-se perto da ilha, pode ver-se a sua imponente formação granítica, de 85 metros de altitude, poucos minutos depois está-se em terra, a ser saudado por dezenas de pescadores, já que o "Cabo Avelar" (barco utilizado na travessia de Peniche até à Berlenga) é a fonte de mantimentos da vila e portanto dos pescadores.



Seguindo o trilho, que vai ter ao extremo leste da ilha, até à zona da Sereia, onde buzinas avisam as embarcações do perigo que a ilha representa em dias de tempestade e nevoeiro. Daí vêem-se alguns alguns ilhéus, como o ilhéu da Velha ou o do Maldito, onde nidificam uma das espécies mais queridas da Berlenga- o Airo.

Continuando pelo trilho, pelo Carreiro dos Cações, pode-se apreciar a paisagem inóspita decorada com os tufos de Armeria e algumas tocas, onde habitam os coelhos em conjunto com os Ratos-pretos, sendo estes, os únicos mamíferos terrestres da Berlenga, introduzidos com a ajuda humana.

O Carreiro dos Cações é um local de enigmática beleza. Nas escarpas próximas da água podem vislumbrar-se alguns ninhos de Corvo-marinho-de-crista e tocas de coelhos, só possíveis nos espaços deixados pela omnipresente Gaivota-argêntea.



Quem visitar a Berlenga, não pode deixar de ir às suas grutas, resultantes da acção erosiva do mar sobre o granito. Descendo a longa escadaria, que vai dar à zona de campismo até à praia do Carreiro do Mosteiro, chega-se a um cais onde é possível surpreender alguns Corvos-marinhos-de-crista a pescar. Aí, tem-se sempre pequenas embarcações que fazem viagens de meia hora, pelos rochedos, ilhéus e grutas da parte sul da ilha.

O cair da tarde anuncia, então, a hora da partida, confirmada pela chegada à ilha do "Cabo Avelar Pessoa", ostentando o seu Airo, símbolo deste maravilhoso lugar que merece, sem dúvida, ser visitado e respeitado.

1 comentário:

Anónimo disse...

... para qd a tua visita...?

She