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sexta-feira, janeiro 20, 2006

Sondagens

Lida a imprensa de sexta-feira, ouvidas as rádios e vistas as televisões, temos direito ao último bombardeamento de sondagens. Como sempre, há sondagens boas e más (ou seja, bem feitas e mal feitas). Há ainda a credibilidade e história das empresas. Mas acima de tudo há as tendências, a verdadeira “nata” das sondagens.

Ricardo Costa
Director-Adjunto de Informação


Tendência 1: Cavaco ganha à primeira volta. Com pequenas diferenças, todas as empresas de sondagens apontam para este cenário. Ou seja, ninguém teve números que demonstrassem a probabilidade de Cavaco não ganhar à primeira. Se houver uma segunda volta, aí sim, as empresas de sondagens podem ser acusadas de terem falhado em toda a linha.

Tendência 2: Ainda há muito indecisos. Aqui há números para todos os gostos: desde os 10% da Eurosondagem (SIC-Expresso-RR) até aos 20 e tal da Católica (Público-RTP). Acredito mais nos 10% de indecisos. Numa campanha tão longa não é explicável que o número seja muito mais alto. Mas há uma pergunta que fica? E se os indecisos forem quase todos de esquerda, o que é de esperar? É que todas as empresas fizeram uma redistribuição equitativa dos indecisos para as Projecções. Se o comportamento eleitoral dos indecisos for diferente dos modelos usados podemos ter “Big Surprise”. Duvido que aconteça, mas é um cenário interessante.

Tendência 3: Alegre está à frente de Soares. Este é um dos casos da campanha. Só a Eurosondagem é que tem dado mais vantagem a Soares. Na última sondagem, a margem é tão estreita que só se pode falar em empate. E os estudos de Rui Oliveira e Costa têm mostrado Soares sempre a descer e Alegre a subir. Ainda assim, esta será uma das grandes questões de Domingo.

Tendência 4: Jerónimo fica à frente de Louçã. Aqui quase ninguém (nas empresas de sondagens) tem dúvidas. Ao longo da campanha, Jerónimo foi um “climber”. Louçã continua a ser um candidato brilhante mas não segura todo o seu eleitorado (parte voou para Alegre…). Vamos ver.

Tendência 5: Tem que se esperar pelas sondagens à boca de urna. Repitam esta última frase vezes sem conta e esperem por Domingo.

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