Crucifies my enemies....

terça-feira, março 02, 2004

Ora bem.
Astrologia.
Gostaria de dizer que não acredito nas suas bases fundamentais, pois faz-me uma tremenda confusão como pode o dia, ou o alinhamento de um planeta determinar a minha maneira de ser e o meu percurso de vida.
Eliminamos daí o factor sociedade, factor determinante para moldar o ser humano a certo espaço que ocupa. De acordo com a astrologia, por mais que exista esse factor envolvente, as escolhas que fazemos estão já determinadas, não explicitamente, mas tendencialmente.
E digo, não acredito.
Mas, por conhecimento de quem se dedica a tal actividade, respeito.
No entanto certos acontecimentos ocorridos nas ultimas semanas estão, lentamente é certo, a fazer com que fique mais receptivo a este tipo de "ciência". Primeiro o Benfica/Porto, fui tranquilizado que o meu clube não perdia, mas que dificilmente iria ganhar. Empatou. Fui alertado para o facto de estar a passar por um período propício a acidentes, não graves pessoalmente, mas acidentes ou precalços de viação. Caí de mota (sexta feira 13 diga-se) e desde aí já tive dois furos em automóveis que não eram meus. Também me disseram que esse período de precalços iria findar no início do presente mês, e uma fase menos má se seguiria por algum, curto, tempo até Abril. Recebi hoje a notícia que o pagamento da indemnização que me é devida irá ser autorizado pelos montantes que orçamentei.
É facílimo contrapôr argumentos ao que acabei de escrever. Quem anda de mota sujeita-se, quem anda de carro sujeita-se, o futebol tem três resultados possíveis, e para quem me conhece, a decisão da seguradora seria tendencialmente esta.
Não ponho isso em causa.
O que realmente me impressiona é o enquadramento temporal que fizeram de todos estes acontecimentos. A priori dos mesmos terem, efectivamente, acontecido.
Poderão dizer que pode ser sugestão, eu ao saber que me irão acontecer pequenos azares, agir de maneira inconsciente para que aconteçam.
Felizmente ainda não atingi o ponto de insanidade suficiente para rebentar com um veículo de duas rodas ou de destruir dois pneus por sugestão. Muito menos ter influência no resultado de uma equipa de futebol.
Relativamente à Seguradora, o caso muda de figura, mas mesmo assim, estamos a falar de 75% de incerteza no meio de isto tudo.
E 75% é um número que dá que pensar.
Conclusão, resolvi as coisas da melhor maneira. Deixei de perguntar seja o que for de astrologia ao meu grande amigo. Prefiro viver na incerteza do amanhã, sem ter medo de sair de casa.
Aliás, para mim, essa é uma das belezas e uma das coisas horríveis da vida, a incerteza.
Mas que fazer? É a vida.

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