Crucifies my enemies....

segunda-feira, dezembro 15, 2003

De Rodrigo Moita de Deus.

Com vinte anos, todas as mulheres são bonitas e cobiçadas. Os vinte são por isso a idade de todas as experiências e de todas as realidades. Aos vinte conhecem-se os namorados sérios, têm-se as primeiras relações onde se discute no carro de quem é que se vai viajar ou quem é que cozinha quando estão sozinhos em casa.
Com a idade de toda a vida surge também um dos grandes paradigmas das relações amorosas. Um mistério para quem quer que pense sobre o assunto. Um homem quando tem vinte anos prefere sempre mulheres com quarenta. Quando ele próprio chega aos quarenta começa a preferir mulheres com vinte. Estranho, não é?
Depois de tanto tempo a amadurecer, o ideal de homem desejado, o sonho do príncipe encantado, é confrontado com a realidade nua e crua dos homens que vão passando.
A partir dos vinte anos é fácil acreditar que o próximo namorado será finalmente o seu prometido. Desta vez, em cada desgosto de amor a fantasia vai morrendo. «Talvez não exista nenhum príncipe encantado», «Talvez tenha que fazer o melhor possível com aquilo que se tem».
E depois não podemos esquecer que tudo na vida tem o seu timing próprio e o relógio biológico de uma mulher não perdoa. Este relógio biológico tem a eficiência de um cronómetro de fabrico suíco e normalmente marca a hora certa para se encontrar o príncipe encantado. E se não for o príncipe, alguém parecido.

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