A alteração de regras de jogo é sempre um factor de conflito e discordância entre as partes envolvidas. Parece nunca haver uniformidade nas partes. Pois se se procura a alteração, alguma das partes ocupava posição de superioridade perante a outra, a alteração motiva apenas que a situação se inverta.
Ora isto é um ciclo vicioso, sem fim possível.
Numa relação amorosa é simplesmente o cerne das desavenças, pois que ninguém deveria estar em plano inferior ao outro, ou pelo menos com melhor “mão”.
Mas infelizmente, se há desavenças, esta situação é real.
Não entrando pelo campo pessoal, pois o texto pretende ser genérico, dois seres dizem que se amam, como o podem saber?
Um poderá agir como sendo o amor uma certeza, partindo disto a outra parte tende a agir como se o amor fosse uma incerteza. Quando a situação se inverta a última sabe o que é ter alguém “dependente”, e a primeira, o que é “depender”.
Não existe resolução possível para tal situação a não ser a separação e afastamento. Deixar o tempo resolver o assunto.
Seja qual resolução for.
Poderá seguir a via da reconciliação, ambos sabem o que passaram em ambos os planos, e pode ser que aprendam com os erros cometidos.
Poderão nunca mais se ver, pois recusam aceitar a outra parte pelo que fez, ou pela forma como agiu, ou não agiu.
De qualquer das formas, ninguém volta ao que já deixou, como diria a Teresa Salgueiro, mas contradiz-se ao dizer, “ao largo ainda arde a barca da fantasia, o meu sonho acaba tarde, acordar é que eu não queria”.
Com isto digo que a pior decisão a tomar é aquela que nos irá dar mais probabilidades de uma vida sã.
E ter consciência para tomar essa decisão não será simplesmente, e novamente, alterar as regras do jogo?
Crucifies my enemies....
segunda-feira, novembro 10, 2003
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