Há coisas....

Que só acontecem a quem as procura. Ou melhor, a quem não as procura. E a solução é sentir-se deprimido à posteriori, tal como o estudante que nada estuda para um exame e quando o previsível resultado mau finalmente aparece, culpa o professor pelo seu insucesso.

Mas não era disto que queria falar. Era da situação em França. Por mim falo, é um país que me é próximo, quer por ter lá estado e gostado, quer pelos laços de família e amigos que escolheram esse destino como ponto de partida para uma vida nova.
Daí que os últimos acontecimentos nos, e falo em nós porque há mais gente que compartilha tais laços, afectam.
É, no mínimo, ridículo justificarem a anarquia com o motivo apresentado, jovens a fugir da polícia, ou não, que se escondem num posto de transformação de electricidade, ou não, e que, e disto há certeza, morrem. Poder-se-ia justificar também com as condições precárias em que vivem os cidadãos oriundos do Magreb, a discriminação a que são sujeitos, o limiar de pobreza que enfrentam, mas até esta justificação não é plausível. E não o é porque quem quer reivindicar tais direitos e ser igual, não destroi nada, quanto mais à porta de casa onde os principais utilizadores, quer de veículos, escolas, instituições públicas, são os próprios destruidores.
Acho que é somente uma forma de estravasar ódios reprimidos durante anos. Sem razão aparente. Doom ao vivo. e pelo puro prazer de destruir sem olhar a consequências.
Mas que é um problema muito grave, lá isso é. E sem solução à vista...
Um Iraque à porta de casa.....