(Não sei porquê, fartei-me de rir com isto. Paranóias!)
A bactéria Rickettsia conorii é o agente responsável pela “febre da carraça” (tecnicamente designada por febre botonosa ou escaro-nodular). Esta bactéria é transmitida ao Homem pela saliva libertada durante a picada da carraça (Rhipicephalus sanguineus) infectada. Os resultados do estudo, recentemente publicado na revista internacional Vector Borne and Zoonotic Diseases, vieram precisamente elucidar aspectos da forma como a bactéria coloniza as glândulas salivares da carraça, relacionando esse processo com a alteração do comportamento alimentar da carraça e com a potenciação da transmissão do agente patogénico daquele vector para o Homem. Para a obtenção destes resultados muito contribuiu a utilização de metodologias de infecção experimental, microdissecção das glândulas salivares e visualização da sua ultrastrutura por microscopia electrónica.
É sabido que a concepção e aplicação de estratégias alternativas para o controlo de doenças transmitidas por ixodídeos (carraças) está dependente de uma melhor compreensão das interacções vector-agente. Nessa perspectiva, o presente trabalho teve essencialmente o objectivo de preencher algumas lacunas no conhecimento, em particular, da relação entre Rhipicephalus sanguineus e Rickettsia conorii.
O trabalho experimental foi realizado por Ana Sofia Santos e colaboradores, no Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge e resultou da colaboração do Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas (Águas de Moura – Palmela) com o Centro de Qualidade Hídrica (Lisboa) do Instituto. A investigadora principal beneficiou de uma bolsa Ricardo Jorge de investigação científica.
Crucifies my enemies....
segunda-feira, novembro 14, 2005
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