Ricardo Costa
Director-Adjunto de Informação
portugueses têm uma capacidade absurda de depositar todas as esperanças nas eleições seguintes. É interessante como louvor à democracia, mas é perigoso porque nem todas as eleições tê os mesmo objectivo. As legislativas, as europeias, as autárquicas e as presidenciais têm objectivos claramente diferentes. E, se já foi ridículo ouvir pedidos de demissão do governo na noite das autárquicas, continua a ser ridículo pensar que o próximo Presidente vai governar o País. Não vai nem quer, seja ele Cavaco, Soares ou Alegre.
Cavaco sentiu necessidade de dar esta explicação porque muitos dos seus apoiantes têm aspergido as massas a teoria dos super-poderes presidenciais. E apoiam-se em três factos e um desejo:
a) O País vive uma profunda crise.
b) Cavaco é que dava um bom primeiro-ministro.
c) Jorge Sampaio criou um precedente quando dissolveu o Parlamento.
d) Cavaco vai dissolver o Parlamento, correr com Marques Mendes e fazer de António Borges ou Dias Loureiro primeiro-ministro.
O raciocínio está todo errado:
a) A crise que o País vive é profunda mas não depende de um regime presidencialista.
b) Cavaco não quer governar, quer presidir.
c) Cavaco teria feito o mesmo que Sampaio (e mais cedo).
d) Cavaco sempre defendeu as maiorias absolutas e a estabilidade (muito mais que Sampaio ou Soares).
Concluindo, os poderes que Cavaco quer são os que já lá estão. Nem mais nem menos. E era isso que ontem o Pais precisava de ouvir, Temos, assim, uma eleições presidenciais e não vamos assistir a nenhuma mudança de regime.
Crucifies my enemies....
terça-feira, outubro 25, 2005
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