Crucifies my enemies....

quinta-feira, outubro 13, 2005

Eu vi o que vi

1. Eu vi a hecatombe do PS graças à política que o seu executivo introduziu.
E vi a Fátima Felgueiras a gabar-se de ter sido sufragada a sua inocência e honorabilidade pelo povo de Felgueiras. Parece que o tribunal pode mandar arquivar o processo.
Eu vi Isaltino, depois de tudo, a ter o beneplácito dos eleitores de Oeiras às portas da Capital.
Eu vi o Francisco Assis a admitir a derrota com muita dignidade para quem alegadamente mandou dar tabefes a Rui Rio em cada esquina da Invicta.
Eu vi Marques Mendes a ser recompensado pela coragem de não alinhar com os bandoleiros. Ah, grande Marques.
Eu vi o Valentim a ter problemas com o microfone. Ao que parece até o aparelho hesitou em deixa-lo falar a bem da decência. Mas depois lá se resolveu o problema e assisti, de seguida, aquilo parecia ser o discurso de um cacique da Colombia, do qual senti medo físico. Aquele homem pode mandar espancar-me a qualquer momento. Por isso, se eu aparecer a coxear e sem uma orelha depois desta crónica está tudo explicado.
Eu não vi o Carrilho porque fiz um intervalo no acompanhamento da noite eleitoral. Confesso que era quem eu mais gostava de ver admitir a derrota. Ainda vou a tempo.
Mas vi o Carmona no seu jeito completamente desajeitado a festejar a vitória. Que homem tão pouco político. R que diferença de Santana, meu Deus.
Também não consegui ver os resultados de Cascais antes da uma da manhã. Até lá parece que só Gondomar, Felgueiras, Oeiras, Porto e Lisboa existiam.
Eu vi o Soares a dar força às insinuações sobre a sua ainda tolerável senilidade que o leva a falar da próstata e a pedir para que lhe votem no garoto lá em Sintra.
Eu vi o corsário do Avelino a perder. Menos um.
E vi o carnavalesco Alberto João a esmagar. Qual o segredo?
Vi umas eleições interessantes. A tão falada arrogância de Sócrates pode ter agora sido refreada. O PS tem de tentar salvar Portugal da situação em que está, mas não pode matar os portugueses com a panacéia. E isso entrou agora, de uma forma dura, pelos olhos apardalados dos dirigentes do Largo do Rato.

2. No fundo, gostei e não gostei do que vi. Uma completa contradição? Sim, mas condizente com este asilo de doentes mentais em que vivemos.

Eduardo Madeira

(teve a almoçar no Salero, e não pagou.)
(também ia pagar com MB e não havia luz...)

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu sei o segredo!!!

Anónimo disse...

é o calote mm, o passatempo nacional!!!