Crucifies my enemies....

quinta-feira, setembro 22, 2005

E morreu

O mais famoso caça Nazis de todos os tempos.


Morreu enquanto dormia, o homem que sobreviveu a cinco campos de concentração nazis para dedicar toda a sua vida a perseguir os maiores criminosos da história da humanidade.

"Simon Wiesenthal era a consciência do Holocausto", afirmou o
Rabi Marvin Hier, fundador da organização não-governamental de defesa dos direitos humanos, com o nome de Wiesenthal.

"Quando o Holocausto acabou em 1945 e o mundo inteiro regressou a casa para esquecer, só ele ficou para trás para se lembrar. Ele não se esqueceu. Tornou-se no representante permanente das vítimas, determinado a levar perante a justiça aqueles que cometeram os maiores crimes da História", refere uma nota divulgada pela organização.

Wiesenthal foi preso em 1941, e só no fim da II Guerra Mundial voltou a conhecer a liberdade. Entretanto passou por campos de extermínio como os de Buchenwald e Mauthausen.

Em 1947 fundou um Centro de Documentação encarregue de recolher informações sobre a vida dos judeus e seus inimigos.

Dizia que o privilégio de ter sobrevivido ao terror nazi, implicava o dever de tentar levar perante a justiça o maior número possível de criminosos nazis.

Ao todo conseguiu levar a tribunal mais de 1100 homens, entre eles, Adolf Eichman, detido em Buenos Aires, 15 anos depois do fim da II Guerra Mundial, e executado em Israel.

Na sua autobiografia, intitulada "Justiça não é vingança" conta que só uma vez teve vontade de actuar à margem da lei depois de ver a fotografia de uma criança judia pendurada pelos testículos.

Mas o homem que quis viver para os mortos preocupou-se também com os vivos, em particular com os refugiados de leste. Mais de 8 mil pessoas passaram pelos centros de acolhimento que criou, antes de emigrarem para os Estados Unidos.

O mundo perde assim um homem que lutou sozinho contra uma injustiça monstruosa. Quando o Mundo se preparava para esquecer o Holocausto, Wiesenthal ficou para trás, sem nunca esquecer e sem nunca perdoar, assumindo o papel de acusador e detective.


Com Lusa

4 comentários:

Anónimo disse...

Homem notável. Persistente e sozinho nas suas procuras. Incompreendido muitas vezes mesmo pela própria comunidade judaica.

Espero sinceramente que a sua morte não signifique a morte da consciência do holocausto.

PS- Parabéns pelo blog, no qual tropecei sem querer e que achei muito interessante.

Luke disse...

Obrigado. Compartilho da opinião.
Termos consciência desses actos, não os esquecendo, poderá fazer com que sejam evitados no futuro.

Anónimo disse...

Mas o que é que os nazis fizeram de mal? só mataram meia dúzia de Judeus e outros lololol......Ok enganaram-se na raça é verdade, deviam ter sido os pretos a serem exterminados lololol. Não entendo como chamam criminosos aos Nazis quando os comunistas e o comunismo em geral matou muito mais gente....Pois o comunismo supostamente é Liberdade....

Luke disse...

Obviamente, para comentários néscios, a solução será o silêncio.