Crucifies my enemies....

quinta-feira, agosto 11, 2005

Porque gosto muito dela....

Embora as motos super-desportivas de elevadas prestações e velocidade tenham sido sempre as mais dominantes nos vários mercados mundiais, as máquinas de estilo naked nunca perderam o seu encanto. Sem elementos superflúos, com linhas simples e esbeltas e performances muito agradáveis, as naked têm sabido atraír os que gostam de sentir realmente o prazer da conjugação entre uma moto e os elementos da natureza. Coisa que as motos carenadas nem sempre conseguem proporcionar.
Presente no mercado com vários modelos naked, à Honda apenas lhe faltava um modelo ‘despido’ de elevadas prestações e estilo único. Um modelo que montasse um motor ‘puro-sangue’ nipónico, de grande cilindrada e elevadas prestações, mas que se enquadrasse num conjunto sem qualquer semelhança com outra moto. Foi nesse intuito que os técnicos criaram a mais surpreendente naked Honda, a X-Eleven ou X-11, uma das máquinas em que a pureza do motociclismo é levada ao extremo.

CONCEITO
Desde o lançamento da histórica Honda CB 750 KO em 1968, o nome da Honda sempre foi sinónimo de motos de elevadas prestações propulsionadas por interessantes motores de quatro cilindros e cobrindo os mais variados segmentos e configurações. Nos últimos anos, ao mesmo tempo que a Honda se concentrava no desenvolvimento de potentes e avançados motores para as suas super-desportivas, um vasto leque de vozes se levantaram pedindo o nascimento de uma “naked” de linhas tradicionais mas com as caracteristícas técnicas conhecidas nas super-desportivas. Este facto sentiu-se ainda mais na Europa onde as motos básicas, ou sem carenagens, sempre tiveram uma elevada popularidade fruto das boas relações preço/qualidade.
Em vez de criar apenas mais uma moto ‘despida’, os engenheiros da Honda quiseram redefinir os parâmetros da classe, criando uma moto que oferece-se um nível de prestações e de desenho nunca antes visto.
Um primeiro passo nessa intenção foi dado com o lançamento da CB 1100F, em 1999, máquina que serviu de barómetro à aceitação deste reconvertido segmento de motos.
A moto atraíu atenções pelo seu elevado rendimento, proporções musculadas e o motor bem exposto. Mas também ficou penalizada pela fraqueza da ciclística e especialmente do quadro monotrave em aço, insuficiente para suportar as capacidades do motor de 1100 cc.
Por isso, no desenvolvimento deste novo modelo naked, exclusivo para os mercados europeus, assentou a ideia de criar uma máquina totalmente nova, com um quadro mais capaz e sobretudo um motor ainda mais enérgico. Neste a escolha recaíu na unidade usada na CBR 1100 XX Super Blackbird, uma das referências da sua classe e que preenchia os requisitos da estrutura da X-11, cumprindo-se assim todos os objectivos previamente definidos.
Mas, contrariamente ao exigido nas super-desportivas, na X-11 o que se procurou foi tornar o motor mais estrondoso a baixos e médios regimes, em prejuízo das elevadas velocidades atingidas. Uma aceleração forte e rápida, capaz de despertar e excitar os mais apurados sentidos, uma sensação de segurança e confiança ao curvar e ao circular com a moto pela cidade foram apenas mais alguns dos objectivos procurados. Mas houve mais. A X-11 devia contar com os mais avançados sistemas de segurança activa desenvolvidos pela Honda, resultando tudo numa criação ultra-moderna e de elevado rendimento.

ESTILO
Moderna, atractiva, provocante, são apenas alguns dos adjectivos que caracterizam o desenho e estilo da musculada naked Honda. O desenho concentra-se em volta do motor, mais na sua parte dianteira, formando um conjunto de linhas musculadas e que terminam depois numa traseira mais simples e delgada. A peça central do desenho da X-11 é o quadro dupla trave em alumínio que transmite uma clara sensação de imponência.

ENGENHOSA COBERTURA FRONTAL
Vista de frente, a ampla cobertura do radiador rompe com os estilos mais conhecidos e chama a atenção pelo desenho agressivo e cuidado das suas formas, funcionando igualmente bem em termos práticos já que melhora a eficiência térmica do conjunto e aumenta a sensação do condutor no contacto da roda dianteira com a estrada. É que de uma vez só o seu desenho inovador, aborda e resolve dois problemas fundamentais existentes nas motos sem carenagens e de grande cilindrada quando circulam a grande velocidade. Primeiro devido às caracteristícas do caudal de ar frontal a velocidades mais elevadas, o radiador de uma moto naked convencional deverá ser muito maior e mais largo, só assim capaz de produzir a necessária eficácia de refrigeração exigida por um motor de elevado rendimento como é este da X-11. Com isto o resultado dinâmico seria bastante reduzido pois o motor teria de funcionar em grande esforço para vencer a resistência da grande entrada de ar. Para anular este problema as bem sublinhadas entradas de ar laterais colocadas na frente desta cobertura, ‘engolem’ mais ar, prevenindo que este se escape pela superficie plana do radiador de água e de óleo. Desta forma cria-se uma zona de elevada pressão que obriga o ar a passar através das aberturas de ventilação dos dois radiadores optimizando a sua eficácia a altas velocidades. Por outro lado as grandes aberturas laterais ajudam a criar um vazio que permite extraír com maior caudal o ar quente da área de refrigeração.
Mas outro problema com que se deparam as motos naked de elevado rendimento é a tendência para aumentar a sensação de descontrole da direcção sempre que a velocidade aumenta, dando a sensação da roda dianteira perder progressivamente o contacto com o solo. Numa máquina possante como é esta X-11, esse problema não poderia existir. Por isso os muitos estudos realizados em túnel de vento acabaram por levar a soluções vistas na indústria automóvel. Montando uma determinada quantidade de apêndices aerodinâmicos que provocam uma força descendente, aumentando assim a estabilidade das rodas dianteiras em curvas de elevada velocidade, conseguiu-se tornar a X-11 numa máquina muito precisa e estável de direcção. No radiador foram por isso incorporados os ditos apêndices aerodinâmicos, construindo-se a referida cobertura plástica com alhetas em ângulo descendente e com um corte especial na principal alheta inferior - mais curvílinea. Assim, com este formato, conseguiu-se um notável aprumo da direcção, mantendo a roda dianteira melhor e mais firmemente colada ao solo sempre que se role a elevada velocidade.

MINI-CARENAGEM FRONTAL
Outra das características importantes no comportamento aerodinâmico da X-11 é, curiosamente, o painel de instrumentos electrónico integrado. Ao mesmo tempo que cumpre a sua função informativa, os dois mostradores redondos funcionam como elemento importante na aerodinâmica desta moto, contando com uma superfície curva e de desenho exclusivo que reduz o caudal de ar que normalmente choca com o tronco do condutor. Em velocidade, este elemento canaliza quase na perfeição o ar que ‘atinge’ o condutor, tornando a condução menos penosa e mais agradável e enquadrando-se muito bem com a generosa óptica circular multireflectora (a primeira deste género montada numa moto Honda), com uma capacidade de iluminação bem acima da média do seu segmento.
Também na frente se impõe a presença do gigantesco depósito de combustível com 22 litros de capacidade, perfeitamente enquadrado com as linhas do conjunto. O assento de formato bem particular, confirma a ideia de se estar sentado ‘dentro’ da “besta” e não ‘sobre’ ela! Um toque de ligeireza surge na carenagem posterior, mais elevada e que ajuda a enfatizar a presença do motor e quadro dupla trave no desenho global da moto. Até na côr a X-11 é expressiva, com três versões monocromáticas e onde os tons escuros predominam, sublinhando assim o carácter poderoso e performante deste modelo, sempre em notável combinação com as cores de contraste escolhidas para o quadro ou braço oscliante.

MOTOR
A fonte de potência da X-11 é o motor de quatro cilindros em linha e refrigeração líquida que já equipa a bem conhecida CBR 1100 XX Super Blackbird. Mas neste novo modelo Honda, a potência do quatro cilindros foi ‘transformada’, e em vez de se desperdiçar a força e velocidade do motor que seria em excesso para as necessidades da X-11, dispõe-se agora de um motor muito mais disponível e possante especialmente nos baixos e médios regimes, os mais utilizados pelos proprietários deste modelo. Às fortes e bem mais sentidas acelerações, que se traduzem em subidas de regime contínuas e hiper-progressivas, junta-se um rugido de motor e escape realmente entusiasmante. O motor foi ainda alterado em termos de ignição e injecção de combustível, semelhante à usada também na CBR 1100 XX mas com outros parâmetros de afinação.
Muito trabalho foi também realizado na forma como o tetracilíndrico faz a transição dos regimes baixos/médios para os elevados, de uma forma mais suave e permitindo um maior brilho do rendimento da caixa de cinco velocidades, escolhida para este modelo em detrimento da unidade de seis relações da CBR 1100 XX. O motor tem ainda a particularidade de montar um único veio de equilíbrio em vez dos dois vistos no motor da sua congénere. Isto deve-se ao facto de ao contrário da Superblackbird que está pensada para oferecer um rendimento suave e tranquilo a velocidades elevadas, na X-Eleven se pretender proporcionar uma sensação mais visceral e concordante com o seu rendimento e capacidade de aceleração. O resultado é um motor com melhores ‘sensações’ mas sem as sempre irritantes vibrações!

INJECÇÃO ELECTRÓNICA
Semelhante ao usado na CBR 1100 XX de 1999, o sistema de injecção electrónica de combustível da X-11 é uma das componentes técnicas mais em foco. Controlado por um processador e baseado originalmente no sistema utilizado na superbike RVF/RC 45 (que posteriormente foi adaptado à VFR) o sistema integra uma unidade electrónica de comando da ignição electrónica digital (o ECU) capaz de ter um controle exacto e preciso da mistura de combustível/ar a queimar nos cilindros. O sistema foi afinado para a X-11, e para todo o tipo de condições em que a moto circule, conseguindo-se melhores resultados na diminuição do consumo e na produção de gases poluentes. A ignição conta ainda com mapas tridimensionais de gestão do motor capazes de controlar parâmetros como a velocidade do motor e o ângulo da válvula do acelerador.

SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO MAIS EFICÁZ
Atrás da referida cobertura plástica do radiador dianteiro, surge também um radiador de óleo de grande capacidade, ambos construídos em alumínio e que se combinam para assegurar uma refrigeração óptima e uma temperatura de funcionamento do motor ideal sob qualquer condição de uso. A função de ambos é, como atrás se disse, potenciada pela presença da cobertura plástica já descrita, independentemente da velocidade a que se role.

SISTEMA DE ESCAPE
Desenhado para optimizar ainda mais o binário motor a velocidades médias, o sistema de escape em aço inoxidável 4-2-1-2 serpenteia por baixo do motor para depois terminar em duas polidas e esbeltas ponteiras finais de grande volume. A X-11 está equipada com o sistema de redução de gases de escape mais moderno produzido pela Honda, o HECS3, originalmente apenas incorporado nas VFR e CBR 1100XX destinadas à Suiça e Alemanha, mas agora se série neste modelo. O sistema combina a acção do computarizado e ultra-preciso sistema de injecção de combustível e do sensor de oxigénio altamente sensível instalado no escape. O escape é composto ainda por um par de catalizadores cilidrícos de três vias que completam a função catalizadora dos gases poluentes. Mas a sua função não seria completa se no escape não fosse também montado o sistema de injecção de ar fresco em cada um dos colectores, muito semelhante a outros montados noutras motos Honda. Fazendo incidir ar fresco directamente na saída de escape, a combustão dos gases mal queimados no cilindro faz-se de forma mais prolongada e quase total, reduzindo as emissões de monóxido de carbono e hidrocarbonetos para valores abaixo da norma EURO-1.
Com estes elementos e depois de longos estudos e acertos da alimentação e gestão do motor, a X-11 ficou amplamente enquadrada dentro das mais exigentes normativas anti-poluição, sem perder contudo o carácter que seria de esperar de um motor desta capacidade.

CICLÍSTICA
Com tanta potência e binário produzidos pelo motor, o quadro da X-11 tem de responder a estas exigências de forma firme e segura. Por isso a escolha dos técnicos recaíu numa estrutura tipo dupla trave em alumínio onde se encaixa o motor. Impressionantes são as avantajadas traves laterais do quadro, perfeitas em termos de desenho, correctas em funcionalidade já que proporcionam um elevado grau de rigídez e resistência estrutural. A sua conexão dá-se num corpo também em alumínio de consideráveis dimensões, onde se fixa o amortecedor traseiro e onde se concentram as necessárias forças de flexão e torção exigidas numa qualquer estrutura ciclística. Mas é neste ponto de ligação que a X-11 mostra uma concepção muito particular - uma vez que o quadro é na sua génese inspirado na CBR 1100 XX. Em vez de montar o braço oscilante directamente atrás e ao nível do motor, o corpo central do quadro foi prolongado mais para baixo, local onde é fixo o braço oscilante, bem suportado depois pelas decorativas mas sobretudo muito importantes secções laterais traseiras. Em vez de se procurar obter uma estrutura demasiado rígida e com um comportamento parecido ao das motos super-desportivas, o objectivo foi conseguir uma moto que permitisse uma flexão e torção controladas, dando assim ao condutor uma melhor sensação ao curvar. Sensações difíceis de descrever em teoria mas que na práctica bem se notam. E nesta X-11 isso realmente acontece.

SUSPENSÕES
À frente a X-11 monta uma rigída e sensível forquilha telescópica com baínhas de 43 mm de diâmetro e sistema de cartucho HMAS utilizado também na Super Blackbird. O resultado é uma frente mais sensível e precisa, inspirando ainda mais a condução quer a solo quer com pendura. Atrás surge um sistema mono-amortecedor de elevado rendimento embora sem sistema articulado de ligação ao braço oscilante. A sua conexão faz-se directamente no braço em alumínio, contando também com sistema de cartucho HMAS capaz de proporcionar uma resposta suave e progressiva. O sistema permite ainda a regulação em sete posições diferentes a pré-carga da mola.

TRAVAGEM COMBINADA
A X-11 vem igualmente equipada com o sistema de travagem combinada Honda, o Dual-CBS, practicamente idêntico ao montado na Super Blackbird.
O sistema utiliza um conjunto de três pinças de três êmbolos que combinam entre si a travagem e são capazes de proporcionar os melhores resultados em termos de segurança. Está ainda composto por uma série de mecânismos de comando e uma válvula de controle proporcional que regula a relação entre a força de travagem na roda dianteira e na traseira, obtendo-se assim uma distribuição equilibrada da potência de desaceleração. A válvula de controle proporcional foi reajustada para permitir um comportamento mais agressivo do sistema, embora oferecendo uma sensação de travagem bastante convencional. Todo o sistema funciona quer se accione a manete dianteira quer o pedal traseiro, e toda a electrónica que em si encerra, ajuda a conseguir uma travagem efectiva e sem sustos mesmo nas piores condições de piso. Na frente foram aplicados dois generosos discos flutuantes de Ø310 mm enquanto que atrás foi montado um único disco de Ø256 mm, ambos conjuntos herdados da CBR 1100 XX.

EQUIPAMENTO
O painel de instrumentos destaca-se pela beleza a agressividade de linhas mas também pela quantidade de informação que emite. Os ponteiros e números brancos dos dois mostradores circulares, funcionam sobre um fundo vermelho brilhante, dando a este elemento o desejado ar de agressividade desejado, especialmente na condução nocturna. Dispõe de taquímetro e velocímetro, assim como de um pequeno painel onde estão encastrados os leds indicadores de aviso de combustível, luzes e sistema HISS, tudo com um grafismo bem jovem e agradável.
Como noutros modelos Honda, também a X-11 vem equipada com o sistema anti-roubo HISS que corta a ignição sempre que no canhão não for introduzida uma das duas chaves fornecidas de origem. Um sistema inteligente e practicamente inviolável que garante uma maior protecção contra os sempre indesejáveis amigos do alheio! O sistema quando “armado” dá indicação no painel mostrador dianteiro.
O guiador da X-11 dá a impressão de estar montado sobre a mesa ou até sobre a forquilha mas na realidade a sua montagem é feita sobre uma grande placa metálica que por sua vez se situa por cima de ambos os elementos referidos. Esta placa está ligada à forquilha e mesa por intermédio de uma borracha suficiente para reduzir as vibrações do conjunto e manter a firmeza exigida à direcção.
O amplo o cómodo assento - colocado a apenas 795 mm do solo, sendo por isso um dos mais baixos da sua classe - oferece uma altura ao alcance de condutores mais baixos, inclusivamente mulheres, bastante atraídas por este tipo de motos. Por baixo permite guardar um cadeado em U, bem como alguns pequenos objectos.
Para fazer frente à potência e demais necessidades da X-11, a Honda dotou este modelo de pneus capazes de responder com firmeza às solicitações do motor. Por este motivo surgem em ambos os eixos modelos ZR com classificação Z, mais resistentes, duradouros e concordantes com as capacidades gerais da moto.
O depósito de combustível de grande capacidade, 22 litros, permite aumentar muito a autonomia deste modelo, graças também aos baixos consumos que regista.

EQUIPAMENTO OPCIONAL
São algumas as peças extra que a Honda disponibiliza para montagem na X-11 sempre ao gosto de cada cliente. A lista inclui:
• Maletas laterais de fácil montagem/desmontagem e com grande capacidade (cerca de 20 litros). São construídas em Polyester e PVC sendo muito resistentes e impermeáveis,
• Bolsa de assento traseiro facilmente extraível. Também fabricada em Polyester e PVC. Capacidade aproximada de 40 lts.
• Pequeno écran frontal transparente
• Saco de depósito magnético com cerca de 20 lts de capacidade

6 comentários:

Luke disse...

Para quem gosta, é prato cheio...

Anónimo disse...

De quê que o Dr gosta tanto quanto dessas meninas?

Luke disse...

De quê? De muita coisa. Falavamos de coisas, certo?

Anónimo disse...

como é de praxe não posso deixar de dizer ... "quando quiseres !"

Luke disse...

Por mim, sempre que quiseres.....

Anónimo disse...

Certo!