of the year....
Está próxima a jornada bebedófila habitual desta época de ano.
Felizmente não tenho strings attached e por isso posso ir para onde e bem me apetecer, se bem que, em concordância com o anteriormente escrito, não tinha pica.
Mas se tem que ser, lá tem que ser.
Gostava de ir à Ericeira, mas não posso.
Gostava de ir às Maldivas, mas não nado assim tão bem.
Vou pa Serpins!
BOM ANO!!!!!!!!!!!!
Crucifies my enemies....
quinta-feira, dezembro 30, 2004
Planos para 2005
Circula por mail.....
Temos plano:
Passo 1:
Trocamos a madeira pela galiza, têm que levar o Alberto João.
Passo 2:
Os galegos são boa onda, n dão chatices e ainda ficamos com o dinheiro gerado pela zara (é só a 3ª maior empresa de vestuário). A industria textil portuguesa é revitalizada.Espanha fica encurralada pelos Bascos e Alberto João.
Passo 3:
Desesperados os espanhois tentam devolver a madeira (e Alberto João).A malta n aceita.
Passo 4:
Oferecem tb o pais basco. A malta mantem-se firme e n aceita.
Passo 5:
A catalunha aproveita a confusão para pedir a independência.Cada vez mais desesperados os espanhois oferecem-nos: a madeira, pais basco, e catalunha a contrapartida é termos que ficar com o Alberto João e os Etarras.A malta arma-se em difícil mas aceita.
Passo 6:
Dá-se a indepêndencia ao país basco, a contrapartida é eles ficarem com o Alberto João. A malta da Eta pensa que pode bem com ele e aceita sem hesitar. Sem o Alberto João a madeira torna-se um paraíso. A catalunha n causa problemas (no fundo no fundo são mansos)
Passo 7:
Afinal a Eta n aguenta com o Alberto João, que entretnto assume o poder. O país basco pede para se tornar território português. A malta aceita apesar de estar lá o Alberto João ;)
Passo 8:
No país basco n há carnaval. Alberto João emigra para o Brasil...
Passo 9:
Governo brasileiro pede para voltar a ser território português.A malta aceita e manda o Alberto João para a Madeira.
Passo 10:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses (e apesar do Alberto João) portugal torna-se campeão do mundo de futebol!
Alberto João enfraquecido pelos festejos do carnaval na madeira e brasil,
não aguenta a emoção.
Passo 11:
E todos viveram felizes para sempre ;)
Temos plano:
Passo 1:
Trocamos a madeira pela galiza, têm que levar o Alberto João.
Passo 2:
Os galegos são boa onda, n dão chatices e ainda ficamos com o dinheiro gerado pela zara (é só a 3ª maior empresa de vestuário). A industria textil portuguesa é revitalizada.Espanha fica encurralada pelos Bascos e Alberto João.
Passo 3:
Desesperados os espanhois tentam devolver a madeira (e Alberto João).A malta n aceita.
Passo 4:
Oferecem tb o pais basco. A malta mantem-se firme e n aceita.
Passo 5:
A catalunha aproveita a confusão para pedir a independência.Cada vez mais desesperados os espanhois oferecem-nos: a madeira, pais basco, e catalunha a contrapartida é termos que ficar com o Alberto João e os Etarras.A malta arma-se em difícil mas aceita.
Passo 6:
Dá-se a indepêndencia ao país basco, a contrapartida é eles ficarem com o Alberto João. A malta da Eta pensa que pode bem com ele e aceita sem hesitar. Sem o Alberto João a madeira torna-se um paraíso. A catalunha n causa problemas (no fundo no fundo são mansos)
Passo 7:
Afinal a Eta n aguenta com o Alberto João, que entretnto assume o poder. O país basco pede para se tornar território português. A malta aceita apesar de estar lá o Alberto João ;)
Passo 8:
No país basco n há carnaval. Alberto João emigra para o Brasil...
Passo 9:
Governo brasileiro pede para voltar a ser território português.A malta aceita e manda o Alberto João para a Madeira.
Passo 10:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses (e apesar do Alberto João) portugal torna-se campeão do mundo de futebol!
Alberto João enfraquecido pelos festejos do carnaval na madeira e brasil,
não aguenta a emoção.
Passo 11:
E todos viveram felizes para sempre ;)
Bons dias!
Antes da habitual e secante routina diária do blog, vou apenas dizer uma coisa.
Ontem senti um ímpeto de visitar um grande amigo meu, tinha, realmente saudades do rapaz, provando para mim mesmo que os amigos, não são apenas aqueles com quem se está todos os dias, mas também pessoas que por mais afastadas que estejam, sabemos que estão lá, mais do que isso, sabemos que se preocupam e que sabem que nós nos preocupamos.
Posto isto, aguentem com mais um dia na história
Dia 30
1922 - O Congresso dos Sovietes, reunido en Moscovo, aprova a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Ontem senti um ímpeto de visitar um grande amigo meu, tinha, realmente saudades do rapaz, provando para mim mesmo que os amigos, não são apenas aqueles com quem se está todos os dias, mas também pessoas que por mais afastadas que estejam, sabemos que estão lá, mais do que isso, sabemos que se preocupam e que sabem que nós nos preocupamos.
Posto isto, aguentem com mais um dia na história
Dia 30
1922 - O Congresso dos Sovietes, reunido en Moscovo, aprova a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
quarta-feira, dezembro 29, 2004
A prova que não sou...
Independente da idade, os participantes identificaram cinco medidas importantes que caracterizam o comportamento adulto:
aceitar a responsabilidade pelas consequências dos actos;
tomar decisões com base em critérios e valores pessoais, independentemente da influência dos pais ou de outras pessoas;
alcançar independência financeira dos pais;
tornar-se menos egoísta e desenvolver mais consideração pelos outros;
evitar conduzir bêbado.
Sorry não sou, mas há quem se gabe e também não seja....
aceitar a responsabilidade pelas consequências dos actos;
tomar decisões com base em critérios e valores pessoais, independentemente da influência dos pais ou de outras pessoas;
alcançar independência financeira dos pais;
tornar-se menos egoísta e desenvolver mais consideração pelos outros;
evitar conduzir bêbado.
Sorry não sou, mas há quem se gabe e também não seja....
Génese da Corrupção
Não estou aqui como mestre de cerimônias a dizer o que as pessoas esperam e desejam. Não pretendo ser uma unanimidade, aclamado como sábio por conseguir representar em palavras o que as cabeças pensam e os corações sentem. Prefiro instigar a polêmica para que, juntos, possamos compreender melhor este insano mundo em que vivemos.
André Malraux disse que “O terrorismo é justificável”. Pois eu lhes digo que “A corrupção é justificável”. A corrupção é, pois, fruto de nossa própria sociedade, conseqüência de nossas próprias leis, reflexo de nossas próprias escolhas.
Meu amigo Sérgio Compagnoli comentou-me certa feita que a corrupção está em nosso sangue, em nossos genes, pois sua gênese está em nossa cultura católica que nos instiga a rezar alguns versos e terços em troca da salvação de nossa alma ante os pecados cometidos.
É triste saber que, por força de nossas próprias opções, não mais podemos ter princípios castos e rígidos. Temos que ser flexíveis o tempo todo, moldar e ajustar nossas crenças e valores, passando muitas vezes a aceitar o que antes julgávamos herético.
(Não é de minha autoria mas sim deste senhor
O resto do texto também vale a pena)
André Malraux disse que “O terrorismo é justificável”. Pois eu lhes digo que “A corrupção é justificável”. A corrupção é, pois, fruto de nossa própria sociedade, conseqüência de nossas próprias leis, reflexo de nossas próprias escolhas.
Meu amigo Sérgio Compagnoli comentou-me certa feita que a corrupção está em nosso sangue, em nossos genes, pois sua gênese está em nossa cultura católica que nos instiga a rezar alguns versos e terços em troca da salvação de nossa alma ante os pecados cometidos.
É triste saber que, por força de nossas próprias opções, não mais podemos ter princípios castos e rígidos. Temos que ser flexíveis o tempo todo, moldar e ajustar nossas crenças e valores, passando muitas vezes a aceitar o que antes julgávamos herético.
(Não é de minha autoria mas sim deste senhor
O resto do texto também vale a pena)
Fim de Ano
Pois é o fim de ano aproxima-se, finalmente algo foi já organizado. Sinceramente, não estava, nem estou com espírito para ir a algum lado. Não porque se passe alguma coisa, mas porque pura e simplesmente não estou com espírito.
Não dou a importância que maior parte das pessoas dão a essa data. Para ser franco não me lembro de inúmeras meias-noites (ou lá como se escreve a transposição horária de um dia para o outro).
Mas vamos lá ver no que dá.
Há pessoas com ordem para me espancar caso eu ameace fazer merda.
Espero que não me doa.
Não dou a importância que maior parte das pessoas dão a essa data. Para ser franco não me lembro de inúmeras meias-noites (ou lá como se escreve a transposição horária de um dia para o outro).
Mas vamos lá ver no que dá.
Há pessoas com ordem para me espancar caso eu ameace fazer merda.
Espero que não me doa.
Yunnan
Human life has been found in Yunnan as early as 1.7 million years ago, predating Peking Man of northern China by up to 1.5 million years. The remains of "Yuanmou Man" (元谋人), unearthed by railway engineers in the 1960s, have been determined to be the oldest in China. By the neolithic period, there were human settlements in the area of Lake Dian (滇池). These people used stone tools and constructed simple wooden structures.
Around the third century BC, the central area of Yunnan around present day Kunming was known as Dian. The Chu general Zhuang Qiao (庄跤) entered the region from the upper Yangzi River and set himself up as "King of Dian". He and his followers brought into Yunnan an influx of Chinese influence, the start of a long history of migration and cultural expansion.
In 221 BC, Qin Shi Huang unified China and extend his authority south. Commanderies and counties were established in Yunnan. A existing road in Sichuan was extended south to around present day Qujing (曲靖), in eastern Yunnan - called the "Five Foot Way". In 109 BC, Emperor Wu sent General Guo Chang (郭昌) south to Yunnan, establishing Yizhou commandery and 24 subordinate counties. The commandery seat was at Dianchi county (present day Jinning 晋宁). Another county was called "Yunnan", probably the first use of the name. To expand the burgeoning trade with Burma and India, Emperor Wu also sent Tang Meng (唐蒙) to maintain and expand the Five Foot Way, renaming it "Southwest Barbarian Way" (西南夷道). By this time, agricultural technology in Yunnan had markedly improved. The local people used bronze tools, plows and kept a variety of livestock, including cattle, horses, sheep, goats, pigs and dogs. Anthropoligists have determined that these people were related to the people now known as the Thai. They lived in tribal congregations, sometimes led by exile Chinese.
During the Three Kingdoms, the territory of present day Yunnan, Yuexi (黔西) and southern Sichuan was collectively called "Nanzhong" (南中). The disollution of Chinese central authority led to increased autonomy for Yunnan and more power for the local tribal structures. In 225 AD, the famed statesman Zhuge Liang (诸葛亮) led three columns into Yunnan to pacify the tribes. His seven captures of Meng Huo (孟获), a local magnate, is much celebrated in Chinese folklore.
In the fourth century, northern China was largely overrun by peoples from Central Asia. In the 320s, the Cuan (爨) clan migrated into Yunnan. Cuan Chen (爨琛) named himself king and held authority from Dianchi (then called Kunchuan 昆川). Henceforth the Cuan clan ruled Yunnan for over four hundred years. In 738, the kingdom of Nanzhao (南诏) was established in Yunnan by Piluoge (皮罗阁), who was confirmed by the imperial court of the Tang Dynasty as "King of Yunnan". Ruling from Dali, the thirteen kings of Nanzhao ruled over more than two centuries and played a part in the dynamic relationship between China and Tibet. In 937, Duan Siping (段思平) overthrew the Nanzhao and established the kingdom of Dali. The kingdom was conquered by the Mongol and Chinese armies of Kublai Khan.
In 1894, George Ernest Morrison, an Australian correspondent for The Times, travelled from Beijing to British-occupied Burma via Yunnan. His book An Australian in China details his experiences.
From 1916 to 1917, Roy Chapman Andrews and Yvette Borup Andrews led the Asiatic Zoological Expedition of the American Museum of Natural History through much of western and southern Yunnan, as well as other provinces of China. The book Camps and Trails in China records their experiences.
Around the third century BC, the central area of Yunnan around present day Kunming was known as Dian. The Chu general Zhuang Qiao (庄跤) entered the region from the upper Yangzi River and set himself up as "King of Dian". He and his followers brought into Yunnan an influx of Chinese influence, the start of a long history of migration and cultural expansion.
In 221 BC, Qin Shi Huang unified China and extend his authority south. Commanderies and counties were established in Yunnan. A existing road in Sichuan was extended south to around present day Qujing (曲靖), in eastern Yunnan - called the "Five Foot Way". In 109 BC, Emperor Wu sent General Guo Chang (郭昌) south to Yunnan, establishing Yizhou commandery and 24 subordinate counties. The commandery seat was at Dianchi county (present day Jinning 晋宁). Another county was called "Yunnan", probably the first use of the name. To expand the burgeoning trade with Burma and India, Emperor Wu also sent Tang Meng (唐蒙) to maintain and expand the Five Foot Way, renaming it "Southwest Barbarian Way" (西南夷道). By this time, agricultural technology in Yunnan had markedly improved. The local people used bronze tools, plows and kept a variety of livestock, including cattle, horses, sheep, goats, pigs and dogs. Anthropoligists have determined that these people were related to the people now known as the Thai. They lived in tribal congregations, sometimes led by exile Chinese.
During the Three Kingdoms, the territory of present day Yunnan, Yuexi (黔西) and southern Sichuan was collectively called "Nanzhong" (南中). The disollution of Chinese central authority led to increased autonomy for Yunnan and more power for the local tribal structures. In 225 AD, the famed statesman Zhuge Liang (诸葛亮) led three columns into Yunnan to pacify the tribes. His seven captures of Meng Huo (孟获), a local magnate, is much celebrated in Chinese folklore.
In the fourth century, northern China was largely overrun by peoples from Central Asia. In the 320s, the Cuan (爨) clan migrated into Yunnan. Cuan Chen (爨琛) named himself king and held authority from Dianchi (then called Kunchuan 昆川). Henceforth the Cuan clan ruled Yunnan for over four hundred years. In 738, the kingdom of Nanzhao (南诏) was established in Yunnan by Piluoge (皮罗阁), who was confirmed by the imperial court of the Tang Dynasty as "King of Yunnan". Ruling from Dali, the thirteen kings of Nanzhao ruled over more than two centuries and played a part in the dynamic relationship between China and Tibet. In 937, Duan Siping (段思平) overthrew the Nanzhao and established the kingdom of Dali. The kingdom was conquered by the Mongol and Chinese armies of Kublai Khan.
In 1894, George Ernest Morrison, an Australian correspondent for The Times, travelled from Beijing to British-occupied Burma via Yunnan. His book An Australian in China details his experiences.
From 1916 to 1917, Roy Chapman Andrews and Yvette Borup Andrews led the Asiatic Zoological Expedition of the American Museum of Natural History through much of western and southern Yunnan, as well as other provinces of China. The book Camps and Trails in China records their experiences.
Dosed
I got dosed by you and
Closer than most to you and
What am I supposed to do
Take it away I never had it anyway
Take it away and everything will be okay
In you a star is born and
You cut a perfect form and
Someone forever warm
Lay on lay on lay on lay on
Lay on lay on lay on lay on
Way upon the mountain where she died
All I ever wanted was your life
Deep inside the canyon I can't hide
All I ever wanted was your life
Show love with no remorse and
Climb on to your seahorse and
This ride is right on corse
This is the way I wanted it to be with you
This is the way that I knew that it would be with you
Lay on lay on lay on lay on
Lay on lay on lay on lay on
Way upon the mountain where she died
All I ever wanted was your life
Deep inside the canyon I can't hide
All I ever wanted was your life
I got dosed by you and
Closer than most to you and
What am I supposed to do
Take it away I never had it anyway
Take it away and everything will be okay
Way upon the mountain where she died
All I ever wanted was your life
Deep inside the canyon I can't hide
All I ever wanted was your life
Closer than most to you and
What am I supposed to do
Take it away I never had it anyway
Take it away and everything will be okay
In you a star is born and
You cut a perfect form and
Someone forever warm
Lay on lay on lay on lay on
Lay on lay on lay on lay on
Way upon the mountain where she died
All I ever wanted was your life
Deep inside the canyon I can't hide
All I ever wanted was your life
Show love with no remorse and
Climb on to your seahorse and
This ride is right on corse
This is the way I wanted it to be with you
This is the way that I knew that it would be with you
Lay on lay on lay on lay on
Lay on lay on lay on lay on
Way upon the mountain where she died
All I ever wanted was your life
Deep inside the canyon I can't hide
All I ever wanted was your life
I got dosed by you and
Closer than most to you and
What am I supposed to do
Take it away I never had it anyway
Take it away and everything will be okay
Way upon the mountain where she died
All I ever wanted was your life
Deep inside the canyon I can't hide
All I ever wanted was your life
Olá!
Há pessoas que não se enxergam, das duas uma, ou não têm espelho, ou não querem mesmo.
Enfim, não merecem consideração alguma, para além destas, demais, breves linhas.
Dia 29
1980 - Descoberto na provincia chinesa de Yunnan de um cranio de um ser humano com oito milhões de anos.
Enfim, não merecem consideração alguma, para além destas, demais, breves linhas.
Dia 29
1980 - Descoberto na provincia chinesa de Yunnan de um cranio de um ser humano com oito milhões de anos.
terça-feira, dezembro 28, 2004
David Byrne
Seems like ev'rywhere I go
Seems like ev'rything I do
Seems like ev'rything I dream about
Seems like ev'rywhere I look
Well I got girls, girls on my mind
I think about them mostly all the time
Oh - so tell me what you'd do?
Oh - if you were in my shoes?
No, thank you, please, I'm only looking
I don't believe we've met before
I guess I've died and went to heaven
Or else I'm lookin' out my nose
And I got girls, girls on my mind
I think about them sometimes all the time
Oh - well what about tonight?
Okay - what about today?
People say that I am crazy
People say that I am strange
But I don't care about what people say
They can't see inside my brain
I've got girls girls girls girls girls girls in my mind
Ev'ry little girl - stays in my mind
Well I don't wanna know - they're all around my mind
Flying all around - they're all around my mind
Oh - and when I get to sleep
Oh - I pray my soul to keep
I'm the star of my own movie
Honey, I'm the leading man
You might ask yourself - who is that guy?
With the girls upon his mind?
I got girls girls girls girls girls girls in my mind
Ev'ry little girl - stays in my mind
I remember 'em all - they're all in my mind
Long, short 'n' tall - stayin' in my mind
Flyin' all around
All around my mind
Flyin' up and down
Goin' through my mind
Ev'ry little girl
All through my mind
Ev'ry little girl
Stay in my mind
Seems like ev'rything I do
Seems like ev'rything I dream about
Seems like ev'rywhere I look
Well I got girls, girls on my mind
I think about them mostly all the time
Oh - so tell me what you'd do?
Oh - if you were in my shoes?
No, thank you, please, I'm only looking
I don't believe we've met before
I guess I've died and went to heaven
Or else I'm lookin' out my nose
And I got girls, girls on my mind
I think about them sometimes all the time
Oh - well what about tonight?
Okay - what about today?
People say that I am crazy
People say that I am strange
But I don't care about what people say
They can't see inside my brain
I've got girls girls girls girls girls girls in my mind
Ev'ry little girl - stays in my mind
Well I don't wanna know - they're all around my mind
Flying all around - they're all around my mind
Oh - and when I get to sleep
Oh - I pray my soul to keep
I'm the star of my own movie
Honey, I'm the leading man
You might ask yourself - who is that guy?
With the girls upon his mind?
I got girls girls girls girls girls girls in my mind
Ev'ry little girl - stays in my mind
I remember 'em all - they're all in my mind
Long, short 'n' tall - stayin' in my mind
Flyin' all around
All around my mind
Flyin' up and down
Goin' through my mind
Ev'ry little girl
All through my mind
Ev'ry little girl
Stay in my mind
segunda-feira, dezembro 27, 2004
Samuel.....
Samuel Beckett was born on Good Friday, April 13, 1906, near Dublin, Ireland. Raised in a middle class, Protestant home, the son of a quantity surveyor and a nurse, he was sent off at the age of 14 to attend the same school which Oscar Wilde had attended. Looking back on his childhood, he once remarked, "I had little talent for happiness."
Beckett was consistent in his loneliness. The unhappy boy soon grew into an unhappy young man, often so depressed that he stayed in bed until mid afternoon. He was difficult to engage in any lengthy conversation--it took hours and lots of drinks to warm him up--but the women could not resist him. The lonely young poet, however, would not allow anyone to penetrate his solitude. He once remarked, after rejecting advances from James Joyce's daughter, that he was dead and had no feelings that were human.
In 1928, Samuel Beckett moved to Paris, and the city quickly won his heart. Shortly after he arrived, a mutual friend introduced him to James Joyce, and Beckett quickly became an apostle of the older writer. At the age of 23, he wrote an essay in defense of Joyce's magnum opus against the public's lazy demand for easy comprehensibility. A year later, he won his first literary prize--10 pounds for a poem entitled "Whoroscope" which dealt with the philosopher Descartes meditating on the subject of time and the transiency of life. After writing a study of Proust, however, Beckett came to the conclusion that habit and routine were the "cancer of time", so he gave up his post at Trinity College and set out on a nomadic journey across Europe.
Beckett made his way through Ireland, France, England, and Germany, all the while writing poems and stories and doing odd jobs to get by. In the course of his journies, he no doubt came into contact with many tramps and wanderers, and these aquaintances would later translate into some of his finest characters. Whenever he happened to pass through Paris, he would call on Joyce, and they would have long visits, although it was rumored that they mostly sit in silence, both suffused with sadness.
Beckett finally settled down in Paris in 1937. Shortly thereafter, he was stabbed in the street by a man who had approached him asking for money. He would learn later, in the hospital, that he had a perforated lung. After his recovery, he went to visit his assailant in prison. When asked why he had attacked Beckett, the prisoner replied "Je ne sais pas, Monsieur", a phrase hauntingly reminiscent of some of the lost and confused souls that would populate the writer's later works.
During World War II, Beckett stayed in Paris--even after it had become occupied by the Germans. He joined the underground movement and fought for the resistance until 1942 when several members of his group were arrested and he was forced to flee with his French-born wife to the unoccupied zone. In 1945, after it had been liberated from the Germans, he returned to Paris and began his most prolific period as a writer. In the five years that followed, he wrote Eleutheria, Waiting for Godot, Endgame, the novels Malloy, Malone Dies, The Unnamable, and Mercier et Camier, two books of short stories, and a book of criticism.
Samuel Beckett's first play, Eleutheria, mirrors his own search for freedom, revolving around a young man's efforts to cut himself loose from his family and social obligations. His first real triumph, however, came on January 5, 1953, when Waiting for Godot premiered at the Théâtre de Babylone. In spite of some expectations to the contrary, the strange little play in which "nothing happens" became an instant success, running for four hundred performances at the Théâtre de Babylone and enjoying the critical praise of dramatists as diverse as Tennessee Williams, Jean Anouilh, Thornton Wilder, and William Saroyan who remarked, "It will make it easier for me and everyone else to write freely in the theatre." Perhaps the most famous production of Waiting for Godot, however, took place in 1957 when a company of actors from the San Francisco Actor's Workshop presented the play at the San Quentin penitentiary for an audience of over fourteen hundred convicts. Surprisingly, the production was a great success. The prisoners understood as well as Vladimir and Estragon that life means waiting, killing time and clinging to the hope that relief may be just around the corner. If not today, then perhaps tomorrow.
Beckett secured his position as a master dramatist on April 3, 1957 when his second masterpiece, Endgame, premiered (in French) at the Royal Court Theatre in London. Although English was his native language, all of Beckett's major works were originally written in French--a curious phenomenon since Beckett's mother tongue was the accepted international language of the twentieth century. Apparently, however, he wanted the discipline and economy of expression that an acquired language would force upon on him.
Beckett's dramatic works do not rely on the traditional elements of drama. He trades in plot, characterization, and final solution, which had hitherto been the hallmarks of drama, for a series of concrete stage images. Language is useless, for he creates a mythical universe peopled by lonely creatures who struggle vainly to express the unexpressable. His characters exist in a terrible dreamlike vacuum, overcome by an overwhelming sense of bewilderment and grief, grotesquely attempting some form of communication, then crawling on, endlessly.
Beckett was the first of the absurdists to win international fame. His works have been translated into over twenty languages. In 1969 he was awarded the Nobel Prize for Literature. He continued to write until his death in 1989, but the task grew more and more difficult with each work until, in the end, he said that each word seemed to him "an unnecessary stain on silence and nothingness."
Beckett was consistent in his loneliness. The unhappy boy soon grew into an unhappy young man, often so depressed that he stayed in bed until mid afternoon. He was difficult to engage in any lengthy conversation--it took hours and lots of drinks to warm him up--but the women could not resist him. The lonely young poet, however, would not allow anyone to penetrate his solitude. He once remarked, after rejecting advances from James Joyce's daughter, that he was dead and had no feelings that were human.
In 1928, Samuel Beckett moved to Paris, and the city quickly won his heart. Shortly after he arrived, a mutual friend introduced him to James Joyce, and Beckett quickly became an apostle of the older writer. At the age of 23, he wrote an essay in defense of Joyce's magnum opus against the public's lazy demand for easy comprehensibility. A year later, he won his first literary prize--10 pounds for a poem entitled "Whoroscope" which dealt with the philosopher Descartes meditating on the subject of time and the transiency of life. After writing a study of Proust, however, Beckett came to the conclusion that habit and routine were the "cancer of time", so he gave up his post at Trinity College and set out on a nomadic journey across Europe.
Beckett made his way through Ireland, France, England, and Germany, all the while writing poems and stories and doing odd jobs to get by. In the course of his journies, he no doubt came into contact with many tramps and wanderers, and these aquaintances would later translate into some of his finest characters. Whenever he happened to pass through Paris, he would call on Joyce, and they would have long visits, although it was rumored that they mostly sit in silence, both suffused with sadness.
Beckett finally settled down in Paris in 1937. Shortly thereafter, he was stabbed in the street by a man who had approached him asking for money. He would learn later, in the hospital, that he had a perforated lung. After his recovery, he went to visit his assailant in prison. When asked why he had attacked Beckett, the prisoner replied "Je ne sais pas, Monsieur", a phrase hauntingly reminiscent of some of the lost and confused souls that would populate the writer's later works.
During World War II, Beckett stayed in Paris--even after it had become occupied by the Germans. He joined the underground movement and fought for the resistance until 1942 when several members of his group were arrested and he was forced to flee with his French-born wife to the unoccupied zone. In 1945, after it had been liberated from the Germans, he returned to Paris and began his most prolific period as a writer. In the five years that followed, he wrote Eleutheria, Waiting for Godot, Endgame, the novels Malloy, Malone Dies, The Unnamable, and Mercier et Camier, two books of short stories, and a book of criticism.
Samuel Beckett's first play, Eleutheria, mirrors his own search for freedom, revolving around a young man's efforts to cut himself loose from his family and social obligations. His first real triumph, however, came on January 5, 1953, when Waiting for Godot premiered at the Théâtre de Babylone. In spite of some expectations to the contrary, the strange little play in which "nothing happens" became an instant success, running for four hundred performances at the Théâtre de Babylone and enjoying the critical praise of dramatists as diverse as Tennessee Williams, Jean Anouilh, Thornton Wilder, and William Saroyan who remarked, "It will make it easier for me and everyone else to write freely in the theatre." Perhaps the most famous production of Waiting for Godot, however, took place in 1957 when a company of actors from the San Francisco Actor's Workshop presented the play at the San Quentin penitentiary for an audience of over fourteen hundred convicts. Surprisingly, the production was a great success. The prisoners understood as well as Vladimir and Estragon that life means waiting, killing time and clinging to the hope that relief may be just around the corner. If not today, then perhaps tomorrow.
Beckett secured his position as a master dramatist on April 3, 1957 when his second masterpiece, Endgame, premiered (in French) at the Royal Court Theatre in London. Although English was his native language, all of Beckett's major works were originally written in French--a curious phenomenon since Beckett's mother tongue was the accepted international language of the twentieth century. Apparently, however, he wanted the discipline and economy of expression that an acquired language would force upon on him.
Beckett's dramatic works do not rely on the traditional elements of drama. He trades in plot, characterization, and final solution, which had hitherto been the hallmarks of drama, for a series of concrete stage images. Language is useless, for he creates a mythical universe peopled by lonely creatures who struggle vainly to express the unexpressable. His characters exist in a terrible dreamlike vacuum, overcome by an overwhelming sense of bewilderment and grief, grotesquely attempting some form of communication, then crawling on, endlessly.
Beckett was the first of the absurdists to win international fame. His works have been translated into over twenty languages. In 1969 he was awarded the Nobel Prize for Literature. He continued to write until his death in 1989, but the task grew more and more difficult with each work until, in the end, he said that each word seemed to him "an unnecessary stain on silence and nothingness."
Muito estúpido....
Microwave toy danger feared
Letting kids zap stuffed pets could give them the wrong idea, educator says
By Staff and Wire Reports
December 24, 2004
Today's lesson, kids, is about pets.
Rule No. 1 (and this is important): Don't put them in the microwave.
It might seem obvious, but one Colorado educator says a toy sold in some Whole Foods Markets is teaching exactly the opposite.
The contentious critters are stuffed pets called Toasty Tots. They're microwavable - not to eat, but apparently to provide warm fuzzies.
Mike McBreen, who teaches family education classes in Boulder, Colo., said the toys could give children the wrong idea. He said he has had clients whose children have put cats and dogs in the washer, dryer and oven.
"Little kids, preschoolers and kids even in first grade don't realize that you can't do things like that," he said. "It's beyond their levels of comprehension. Older kids, when they start getting into mischief, don't need any more suggestions."
A look through the Albuquerque Whole Foods Market at 5815 Wyoming Blvd. N.E. found a similar product called Warm Whiskers.
The toys - made by the Sacramento company Kits Õn Kaboodle - are filled with aromatic herbs and come in various sizes for various uses.
There are big ones made to look like dogs, cats, foxes and other creatures. They can be warmed up and used around your neck or to ease aching bones.
There are microwavable bunnies that fit over the eyelids to serve as eye pillows.
There are three-inch "pocket critters" that look like pigs, mice, ducks or other pets. Once nuked, they can serve as friendly hand warmers.
And if you stick them in the freezer, as the directions indicate, they become "boo boo buddies."
They all come with names like Fairbanks Moose, Ozzie Otter, or Doxie Dachshund.
The instructions note: Heat for 35 seconds, do not overheat, and let stand for 30 seconds.
Whole Foods is reconsidering whether to continue selling the Toasty Tots line.
Scott Simons, a regional manager of the organic foods market, said Wednesday officials will consult with buyers to determine whether the Toasty Tots products should be sold in their stores.
"We listen to our customers," Simons said. "They bring up great points, and we are a very sensitive company."
Albuquerque Whole Foods employees referred questions to the company's corporate offices, though some did call the Warm Whiskers toys "cute" and noted that it's mostly adults buying them for themselves.
Some customers said it's a parent's job to make sure children learn the proper lessons.
Speaking of lessons, this next rule's for the grown-ups:
Read product warnings, like the one on the back of the Warm Whiskers products.
"Note: Parental Supervision Advised."
Letting kids zap stuffed pets could give them the wrong idea, educator says
By Staff and Wire Reports
December 24, 2004
Today's lesson, kids, is about pets.
Rule No. 1 (and this is important): Don't put them in the microwave.
It might seem obvious, but one Colorado educator says a toy sold in some Whole Foods Markets is teaching exactly the opposite.
The contentious critters are stuffed pets called Toasty Tots. They're microwavable - not to eat, but apparently to provide warm fuzzies.
Mike McBreen, who teaches family education classes in Boulder, Colo., said the toys could give children the wrong idea. He said he has had clients whose children have put cats and dogs in the washer, dryer and oven.
"Little kids, preschoolers and kids even in first grade don't realize that you can't do things like that," he said. "It's beyond their levels of comprehension. Older kids, when they start getting into mischief, don't need any more suggestions."
A look through the Albuquerque Whole Foods Market at 5815 Wyoming Blvd. N.E. found a similar product called Warm Whiskers.
The toys - made by the Sacramento company Kits Õn Kaboodle - are filled with aromatic herbs and come in various sizes for various uses.
There are big ones made to look like dogs, cats, foxes and other creatures. They can be warmed up and used around your neck or to ease aching bones.
There are microwavable bunnies that fit over the eyelids to serve as eye pillows.
There are three-inch "pocket critters" that look like pigs, mice, ducks or other pets. Once nuked, they can serve as friendly hand warmers.
And if you stick them in the freezer, as the directions indicate, they become "boo boo buddies."
They all come with names like Fairbanks Moose, Ozzie Otter, or Doxie Dachshund.
The instructions note: Heat for 35 seconds, do not overheat, and let stand for 30 seconds.
Whole Foods is reconsidering whether to continue selling the Toasty Tots line.
Scott Simons, a regional manager of the organic foods market, said Wednesday officials will consult with buyers to determine whether the Toasty Tots products should be sold in their stores.
"We listen to our customers," Simons said. "They bring up great points, and we are a very sensitive company."
Albuquerque Whole Foods employees referred questions to the company's corporate offices, though some did call the Warm Whiskers toys "cute" and noted that it's mostly adults buying them for themselves.
Some customers said it's a parent's job to make sure children learn the proper lessons.
Speaking of lessons, this next rule's for the grown-ups:
Read product warnings, like the one on the back of the Warm Whiskers products.
"Note: Parental Supervision Advised."
Não querendo levar para o gozo...
Mas tinha de ser.
Uma tragédia assolou o sudoeste asiático este Natal.
Mas da contabilização das vítimas uma coisa chamou a minha atenção.
O que está mal neste quadro? Eu ajudo....
Balanço, país a país, às 7h40, hora GMT:
Índia: pelo menos 6.279 mortos, 2.780 no estado de Tamil Nadu e 3.000 nas ilhas Andaman e Nicobar, situadas no golfo de Bengala, não muito longe do epicentro do sismo, de acordo com a Agência Press Trust da Índia (PTI) - Sri Lanka: pelo menos 5.860 mortos e 1.555 desaparecidos, segundo o exército do sri-lanka e os rebeldes tamil.
Indonésia: pelo menos 4.448 mortos no Norte da ilha da Sumatra, de acordo com o ministério da Saúde. A maior parte das vítimas, cerca de 3.000, encontravam-se na região da banda de Aceh, a ponta Norte da província de Aceh na ilha da Sumatra, de acordo com o porta-voz do ministério.
Tailândia: pelo menos 461 mortos e mais de 3.800 feridos, segundo o ministério do Interior. Um alto responsável do ministério disse que um terço das vítimas eram turistas estrangeiros.
Malásia: 42 mortos e um número indeterminado de desaparecidos no Noroeste do país, sobretudo na ilha turística de Penang, a mais atingida com 21 mortos, de acordo com o vice primeiro-ministro, Najib Razak, e responsáveis locais.
Maldivas: pelo menos 32 mortos e 51 desaparecidos, segundo as autoridades.
Bangladesh: um pai e o seu filho morreram no naufrágio de um barco de turistas, de acordo com responsáveis locais.
Birmânia: um morto e dois desaparecidos, segundo com fontes oficiais.
África: os maremotos tiveram repercussões até à costa oriental de África. Um homem morreu afogado perto de Mombassa, no Quénia e 16 pessoas estão desaparecidas na Somália.
Uma tragédia assolou o sudoeste asiático este Natal.
Mas da contabilização das vítimas uma coisa chamou a minha atenção.
O que está mal neste quadro? Eu ajudo....
Balanço, país a país, às 7h40, hora GMT:
Índia: pelo menos 6.279 mortos, 2.780 no estado de Tamil Nadu e 3.000 nas ilhas Andaman e Nicobar, situadas no golfo de Bengala, não muito longe do epicentro do sismo, de acordo com a Agência Press Trust da Índia (PTI) - Sri Lanka: pelo menos 5.860 mortos e 1.555 desaparecidos, segundo o exército do sri-lanka e os rebeldes tamil.
Indonésia: pelo menos 4.448 mortos no Norte da ilha da Sumatra, de acordo com o ministério da Saúde. A maior parte das vítimas, cerca de 3.000, encontravam-se na região da banda de Aceh, a ponta Norte da província de Aceh na ilha da Sumatra, de acordo com o porta-voz do ministério.
Tailândia: pelo menos 461 mortos e mais de 3.800 feridos, segundo o ministério do Interior. Um alto responsável do ministério disse que um terço das vítimas eram turistas estrangeiros.
Malásia: 42 mortos e um número indeterminado de desaparecidos no Noroeste do país, sobretudo na ilha turística de Penang, a mais atingida com 21 mortos, de acordo com o vice primeiro-ministro, Najib Razak, e responsáveis locais.
Maldivas: pelo menos 32 mortos e 51 desaparecidos, segundo as autoridades.
Bangladesh: um pai e o seu filho morreram no naufrágio de um barco de turistas, de acordo com responsáveis locais.
Birmânia: um morto e dois desaparecidos, segundo com fontes oficiais.
África: os maremotos tiveram repercussões até à costa oriental de África. Um homem morreu afogado perto de Mombassa, no Quénia e 16 pessoas estão desaparecidas na Somália.
My friend
Aqui vos deixo a morada do meu amigo, conselheiro espiritual, guru, líder da seita de Armação de Pêra no aspecto místico, astrólogo, e basicamente um gajo porreiro que precisa de viver de alguma coisa.
Leiam.
E se quiserem saber o que vos irá acontecer (o gajo vai-me matar, mas isto é pura intuição minha) paguem-lhe uns cobres que os mapas e previsões até são bons.
E de certos e determinados ângulos quase que consegue ser mais atraente que a Maya.
Pelo menos é licenciado.....
Astro Cosmo
Leiam.
E se quiserem saber o que vos irá acontecer (o gajo vai-me matar, mas isto é pura intuição minha) paguem-lhe uns cobres que os mapas e previsões até são bons.
E de certos e determinados ângulos quase que consegue ser mais atraente que a Maya.
Pelo menos é licenciado.....
Astro Cosmo
Boas...
Bom Natal para todos, o Feliz Ano Novo e tudo o resto.
O meu foi porreiro. Ao sol, em Espanha.....
Aconteceram eventos, que não irão figurar aqui, mas que mudaram um pouco a minha percepção da vida.
Um pequena revolução a nível pessoal, que, se calhar, já se impunha à mais tempo mas que só teve as circunstâncias propícias para germinar na quinta feira passada.
Muita coisa mudou.
E sim, a burrada foi minha.
Enfim, live and learn.
A ver se é desta que o learn faz efeito....
Dia 24
1979 - É lançado o primeiro Arianne, foguetão da ESA.
Dia 25
Todos os anos - Natal.
1989 - É executado Nicolae Ceausescu -presidente romeno- juntamente com a sua esposa. (upps para estes não deve ter sido um feliz natal)
Dia 26
1989 - Morre Samuel Beckett, poeta, novelista e destacado dramaturgo do teatro do absurdo. De origem irlandesa, em 1969 foi galardonado com o Premio Nobel de Literatura. (não este não foi fuzilado)
Dia 27
1979 - Tropas soviéticas invadem o Afganistão. (estes devem ter fuzilado alguém).
O meu foi porreiro. Ao sol, em Espanha.....
Aconteceram eventos, que não irão figurar aqui, mas que mudaram um pouco a minha percepção da vida.
Um pequena revolução a nível pessoal, que, se calhar, já se impunha à mais tempo mas que só teve as circunstâncias propícias para germinar na quinta feira passada.
Muita coisa mudou.
E sim, a burrada foi minha.
Enfim, live and learn.
A ver se é desta que o learn faz efeito....
Dia 24
1979 - É lançado o primeiro Arianne, foguetão da ESA.
Dia 25
Todos os anos - Natal.
1989 - É executado Nicolae Ceausescu -presidente romeno- juntamente com a sua esposa. (upps para estes não deve ter sido um feliz natal)
Dia 26
1989 - Morre Samuel Beckett, poeta, novelista e destacado dramaturgo do teatro do absurdo. De origem irlandesa, em 1969 foi galardonado com o Premio Nobel de Literatura. (não este não foi fuzilado)
Dia 27
1979 - Tropas soviéticas invadem o Afganistão. (estes devem ter fuzilado alguém).
quinta-feira, dezembro 23, 2004
Ante-Véspera de Natal.
Dia 23
1672 - Giovanni Cassini descobre Rhea, satélite de Saturno.
1989 - O bacano do Ceausesco mais Elena, sua gaja, continuam a fugir com o rabo à seringa, ou com o corpo ao chumbo....
1672 - Giovanni Cassini descobre Rhea, satélite de Saturno.
1989 - O bacano do Ceausesco mais Elena, sua gaja, continuam a fugir com o rabo à seringa, ou com o corpo ao chumbo....
quarta-feira, dezembro 22, 2004
E hojas nas bancas de qualquer coisa!
Apartir de hoje os posts vão ser dedicados a uma família decente e injustamente acusada,
ou não...
Dia 22
1989 - Com o exército e o povo contra, Nicolae Ceausescu, presidente da Roménia, tenta fugir de Bucareste , com a sua esposa Elena (não teve éxito foram executados três dias depois).
Portanto o natal de 89 foi muito bom em prendinhas.... de chumbo...
ou não...
Dia 22
1989 - Com o exército e o povo contra, Nicolae Ceausescu, presidente da Roménia, tenta fugir de Bucareste , com a sua esposa Elena (não teve éxito foram executados três dias depois).
Portanto o natal de 89 foi muito bom em prendinhas.... de chumbo...
terça-feira, dezembro 21, 2004
Mr.Moon
Whooo Wo Wo now
Have you gone astray or lost your way?
You should have seen me yesterday,
Well I knew this kind of love was written in the stars
It's only once or twice that you're inline with Mr.Moon
Then it was you...
You took me on your cloud
Give me flowers for my pain
But with some degree my destiny seemed to slip away from me
Before I got to now your name...
Just give me a chance
I'll do what you want me to
Everybody wants to dance, so how come I can't dance with you
You really turn me on
You're the one that makes me smile...
It's Mr Moon who plays in tune,
Mr Moon who knows
And if it's Mr. Moon who gives the sign then that's the sign that goes on
I never know what to do till I'm there with you....
Eh....all right on....
Did you lose your mind or for a day?
You don't remember anyway...
Like the waters of a dream encapsulate my mind
A place I haven't seen sits a the end of Space and Time
So lost in love...
Than I think I'm blind...
To purchanse upon this circumstance,
It's something of a miracle so spiritual it's verging on the physical...
Searching for a love I cannot find...
Oh, now I'm lost in your love...
Now I'm lost, and I don't know when to turn,
Now I'm lost in your, now I'm lost in your love...
Parira Parira...Parira Parira...
(Just play my tune, oh Mr. Moon)
Just play my tune, Just play my tune
Just play my tune, Just play my tune
Just play my tune, Just play my tune
Ooooh la la, la lara lo la la, lalala...
Just give me a chance
I'll do what you want me to
Everybody wants to dance, so how come I can't dance with you
You really turn me on
You're the one that makes me smile...yeah......oh!
It's Mr Moon who plays in tune,
Mr Moon who knows
And if it's Mr. Moon who gives the sign then that's the sign that goes on
I never know what to do till I'm there with you....
Eh, eh....Oh now....
Oh Mr. Moon play that tune for me...
Oh Mr. Moon just play tune for me...
Why don't you play that tune that I can't get down, that I can't get down with this girl...
(Oooooh.....)
Oh, that girl, you know she really, blows my, head apart,
And the sky and the stars, all, synkronized...
Eh no.... No no no, now me and her,
We are love...
We have synkronized...I know...
This is love...
This is love...
Oh now girl....you know... and the stars and moon have synkronized their love...
Ooooh, Ooooh
Oh, come girl!
I wanna tell you how I love you since we came together yeah! oh yeah yeah yeah!
Oooh.... I wanna tell you how I love you since we came together...
Hey just play my tune, just play my tune, just play my tune...
Hey, hey now girl you know that our love is synkronized...
I got to tell you, whooo I got to tell you....
Have you gone astray or lost your way?
You should have seen me yesterday,
Well I knew this kind of love was written in the stars
It's only once or twice that you're inline with Mr.Moon
Then it was you...
You took me on your cloud
Give me flowers for my pain
But with some degree my destiny seemed to slip away from me
Before I got to now your name...
Just give me a chance
I'll do what you want me to
Everybody wants to dance, so how come I can't dance with you
You really turn me on
You're the one that makes me smile...
It's Mr Moon who plays in tune,
Mr Moon who knows
And if it's Mr. Moon who gives the sign then that's the sign that goes on
I never know what to do till I'm there with you....
Eh....all right on....
Did you lose your mind or for a day?
You don't remember anyway...
Like the waters of a dream encapsulate my mind
A place I haven't seen sits a the end of Space and Time
So lost in love...
Than I think I'm blind...
To purchanse upon this circumstance,
It's something of a miracle so spiritual it's verging on the physical...
Searching for a love I cannot find...
Oh, now I'm lost in your love...
Now I'm lost, and I don't know when to turn,
Now I'm lost in your, now I'm lost in your love...
Parira Parira...Parira Parira...
(Just play my tune, oh Mr. Moon)
Just play my tune, Just play my tune
Just play my tune, Just play my tune
Just play my tune, Just play my tune
Ooooh la la, la lara lo la la, lalala...
Just give me a chance
I'll do what you want me to
Everybody wants to dance, so how come I can't dance with you
You really turn me on
You're the one that makes me smile...yeah......oh!
It's Mr Moon who plays in tune,
Mr Moon who knows
And if it's Mr. Moon who gives the sign then that's the sign that goes on
I never know what to do till I'm there with you....
Eh, eh....Oh now....
Oh Mr. Moon play that tune for me...
Oh Mr. Moon just play tune for me...
Why don't you play that tune that I can't get down, that I can't get down with this girl...
(Oooooh.....)
Oh, that girl, you know she really, blows my, head apart,
And the sky and the stars, all, synkronized...
Eh no.... No no no, now me and her,
We are love...
We have synkronized...I know...
This is love...
This is love...
Oh now girl....you know... and the stars and moon have synkronized their love...
Ooooh, Ooooh
Oh, come girl!
I wanna tell you how I love you since we came together yeah! oh yeah yeah yeah!
Oooh.... I wanna tell you how I love you since we came together...
Hey just play my tune, just play my tune, just play my tune...
Hey, hey now girl you know that our love is synkronized...
I got to tell you, whooo I got to tell you....
Já falta pouco meus senhores, vamos com calma.
Dia 21
1805 Morre o poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage.
1805 Morre o poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage.
segunda-feira, dezembro 20, 2004
Messagen in a Bottle
Just a castaway, an island lost at sea, oh
Another lonely day, with no one here but me, oh
More loneliness than any man could bear
Rescue me before I fall into despair, oh
I’ll send an s.o.s. to the world
I’ll send an s.o.s. to the world
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
A year has passed since I wrote my note
But I should have known this right from the start
Only hope can keep me together
Love can mend your life but
Love can break your heart
I’ll send an s.o.s. to the world
I’ll send an s.o.s. to the world
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Walked out this morning, don’t believe what I saw
Hundred billion bottles washed up on the shore
Seems I’m not alone at being alone
Hundred billion castaways, looking for a home
I’ll send an s.o.s. to the world
I’ll send an s.o.s. to the world
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Sending out at an s.o.s.
Sending out at an s.o.s.
Sending out at an s.o.s.
Sending out at an s.o.s.
Sending out at an s.o.s.
Sending out at an s.o.s...
Another lonely day, with no one here but me, oh
More loneliness than any man could bear
Rescue me before I fall into despair, oh
I’ll send an s.o.s. to the world
I’ll send an s.o.s. to the world
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
A year has passed since I wrote my note
But I should have known this right from the start
Only hope can keep me together
Love can mend your life but
Love can break your heart
I’ll send an s.o.s. to the world
I’ll send an s.o.s. to the world
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Walked out this morning, don’t believe what I saw
Hundred billion bottles washed up on the shore
Seems I’m not alone at being alone
Hundred billion castaways, looking for a home
I’ll send an s.o.s. to the world
I’ll send an s.o.s. to the world
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
I hope that someone gets my
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Message in a bottle, yeah
Sending out at an s.o.s.
Sending out at an s.o.s.
Sending out at an s.o.s.
Sending out at an s.o.s.
Sending out at an s.o.s.
Sending out at an s.o.s...
A 5 dias do Natal....
Dia 18
1871 Nasce o aventureiro e conselheiro do czar Rasputine.
Dia 19
1938 Cientistas alemães conseguem pela primeira vez a cisão do átomo de urânio
Dia 20
1968 Desaparece o escritor John Steinbeck.
1871 Nasce o aventureiro e conselheiro do czar Rasputine.
Dia 19
1938 Cientistas alemães conseguem pela primeira vez a cisão do átomo de urânio
Dia 20
1968 Desaparece o escritor John Steinbeck.
sexta-feira, dezembro 17, 2004
Almofada Colo
Quando Makoto Igarashi chega a casa depois de um dia de trabalho, a única coisa que lhe apetece é descansar num sítio acolhedor e confortável. Mas nem sempre a mulher tem vontade para oferecer o seu colo.
Surgiu então a ideia de fabricar um colo que não recusasse um descanso merecido nem se queixasse do peso excessivo da cabeça.
"Uma pessoa hesita um bocado ao pedir um colo a alguém para dormir. Mas com isto, isso não acontece. Pode dormir à vontade neste colo", justifica o inventor.
A almofada foi moldada à semelhança de uma mulher autêntica: joelhos dobrados por baixo das coxas de espuma para que o colo seja muito confortável... e atraente.
"É relaxante, reparadora e excitante de certa forma. Também é boa do ponto de vista prático: a altura da almofada é perfeita para ver televisão e para dormir", explica Makoto Igarashi.
Custa cerca de 90 euros mas só se vende no Japão, onde o sucesso está garantido. Foi lançado há menos de um mês e já foram vendidos três mil "colos" de espuma.
Hoje acordei cedo como a porra...
Dia 17
1903 Os irmãos Wright conseguem o seu primeiro vôo a motor.
1903 Os irmãos Wright conseguem o seu primeiro vôo a motor.
quinta-feira, dezembro 16, 2004
Today is letters capability....
Dia 16
533 - É publicado o Digesto, uma das quatro colecções nas quais se baseia o Direito romano justiniano.
533 - É publicado o Digesto, uma das quatro colecções nas quais se baseia o Direito romano justiniano.
quarta-feira, dezembro 15, 2004
Dores
Às dores inventadas
Prefere as reais.
Doem muito menos
Ou então muito mais…
[Alexandre O’Neill, No Reino da Dinamarca, 1958]
Prefere as reais.
Doem muito menos
Ou então muito mais…
[Alexandre O’Neill, No Reino da Dinamarca, 1958]
Coisa pa chinês...
Tenho um peixinho vermelho, num aquário pequeno, na sala.
Hoje, perguntei-lhe se era feliz.
Respondeu-me: «Ser feliz é como ser perito em metafísica chinesa: tem que se falar chinês com metafísicos, sobre metafísica com chineses, nunca usar palavras com menos de três sílabas e evitar perguntas difíceis.»
«Não entendo.»
«Se entendesses, serias um perito em metafísica chinesa.»
[José Alberto Oliveira, Bestiário, Assírio & Alvim, 2004]
Hoje, perguntei-lhe se era feliz.
Respondeu-me: «Ser feliz é como ser perito em metafísica chinesa: tem que se falar chinês com metafísicos, sobre metafísica com chineses, nunca usar palavras com menos de três sílabas e evitar perguntas difíceis.»
«Não entendo.»
«Se entendesses, serias um perito em metafísica chinesa.»
[José Alberto Oliveira, Bestiário, Assírio & Alvim, 2004]
CULPADO! CARLOS CRUZ CONSIDERADO CULPADO!
Só mesmo para as buscas através de portais aumentarem um pouco pois isto tem tado muito fraco...
Amar ou Ser Amado?
Se pudéssemos escolher apenas uma alternativa...
O que seria mais importante?
Amar ou Ser Amado?
Por mais que pensemos...
Fica realmente difícil encontrar uma resposta...
Mas podemos tentar...
Vamos presumir que a alternativa escolhida fosse Amar...
Como é bom Amar...
Sentir o coração bater mais forte...
As mãos frias e trêmulas...as pernas fracas...
O sorriso nos lábios...
Sim, porque o sorriso faz parte do amor e como faz!
Quando amamos, temos o privilégio de sorrir mais...
Sorrimos até quando estamos parados, com o pensamento longe...
Sorrimos das próprias lembranças que esse amor nos traz...
e muitas vezes, quando nos damos conta...
Estamos lá, não importa aonde...
Mas estamos com o sorriso nos lábios...
Até mesmo parados no farol a caminho de casa...
No meio de um trabalho...
Quem estiver prestando atenção na gente... provavelmente não vai
entender nada...
Mas, se essa pessoa também já amou
alguma vez na sua vida...
Ah, com certeza vai entender porque estamos assim... e vai sorrir
também só em lembrar como ela
já ficou um dia por causa do amor...
Quando pensamos na pessoa amada,
uma enorme sensação de leveza
vai tomando conta do nosso corpo...
Da nossa mente...da nossa alma...assim, sem pedir licença...
Mas é uma sensação tão maravilhosa que não importa, ela é tão boa
que não precisa mesmo pedir licença...
pode ir entrando e tomando
conta do nosso ser...
Sensação de plenitude...
E, agora, vamos pensar na outra escolha...
Ser amado...
Como é maravilhoso também saber que existe alguém que nos ama...
Que se importa conosco...
Que se preocupa com tudo o que nos possa acontecer...
Que teme que nos aconteça algo de errado...
A pessoa que nos ama está sempre vigilante...
Tentando nos proteger de situações
que poderiam nos machucar, e
consequentemente machucar a esta pessoa também, sim, porque não
podemos nos esquecer de tudo que foi dito anteriormente sobre
amar...
E Quando somos amados, se algo de
errado nos acontece, o ser que nos
ama sofre muito com isso,
talvez sofra mais do que nós mesmos
poderíamos sofrer...
O ideal seria escolher as duas alternativas
Amar e Ser Amado
Pois os dois sentimentos se completam
Mas, nem sempre é assim...
O ideal seria:
Saber Amar e Ser Amado
Mas isto é privilégio de poucos...
talvez privilégio de quem já aprendeu
muito com o amor, já cresceu
muito com ele, e por isso talvez até
consiga entende-lo melhor...
O ideal seria:
Amar sem sufocar... Amar sem aprisionar...
Amar sem cobrar... Amar sem exigir...
Amar sem reprimir, simplesmente Amar...
E
Ser Amado sem se sentir sufocado...
Sem se sentir aprisionado...
Sem se sentir cobrado...
Sem se sentir exigido...
Sem se sentir reprimido
Simplesmente Ser Amado!
Pois do que nos adiantaria Amar sem Ser Amado
e Ser Amado sem Amar?
In Susana
O que seria mais importante?
Amar ou Ser Amado?
Por mais que pensemos...
Fica realmente difícil encontrar uma resposta...
Mas podemos tentar...
Vamos presumir que a alternativa escolhida fosse Amar...
Como é bom Amar...
Sentir o coração bater mais forte...
As mãos frias e trêmulas...as pernas fracas...
O sorriso nos lábios...
Sim, porque o sorriso faz parte do amor e como faz!
Quando amamos, temos o privilégio de sorrir mais...
Sorrimos até quando estamos parados, com o pensamento longe...
Sorrimos das próprias lembranças que esse amor nos traz...
e muitas vezes, quando nos damos conta...
Estamos lá, não importa aonde...
Mas estamos com o sorriso nos lábios...
Até mesmo parados no farol a caminho de casa...
No meio de um trabalho...
Quem estiver prestando atenção na gente... provavelmente não vai
entender nada...
Mas, se essa pessoa também já amou
alguma vez na sua vida...
Ah, com certeza vai entender porque estamos assim... e vai sorrir
também só em lembrar como ela
já ficou um dia por causa do amor...
Quando pensamos na pessoa amada,
uma enorme sensação de leveza
vai tomando conta do nosso corpo...
Da nossa mente...da nossa alma...assim, sem pedir licença...
Mas é uma sensação tão maravilhosa que não importa, ela é tão boa
que não precisa mesmo pedir licença...
pode ir entrando e tomando
conta do nosso ser...
Sensação de plenitude...
E, agora, vamos pensar na outra escolha...
Ser amado...
Como é maravilhoso também saber que existe alguém que nos ama...
Que se importa conosco...
Que se preocupa com tudo o que nos possa acontecer...
Que teme que nos aconteça algo de errado...
A pessoa que nos ama está sempre vigilante...
Tentando nos proteger de situações
que poderiam nos machucar, e
consequentemente machucar a esta pessoa também, sim, porque não
podemos nos esquecer de tudo que foi dito anteriormente sobre
amar...
E Quando somos amados, se algo de
errado nos acontece, o ser que nos
ama sofre muito com isso,
talvez sofra mais do que nós mesmos
poderíamos sofrer...
O ideal seria escolher as duas alternativas
Amar e Ser Amado
Pois os dois sentimentos se completam
Mas, nem sempre é assim...
O ideal seria:
Saber Amar e Ser Amado
Mas isto é privilégio de poucos...
talvez privilégio de quem já aprendeu
muito com o amor, já cresceu
muito com ele, e por isso talvez até
consiga entende-lo melhor...
O ideal seria:
Amar sem sufocar... Amar sem aprisionar...
Amar sem cobrar... Amar sem exigir...
Amar sem reprimir, simplesmente Amar...
E
Ser Amado sem se sentir sufocado...
Sem se sentir aprisionado...
Sem se sentir cobrado...
Sem se sentir exigido...
Sem se sentir reprimido
Simplesmente Ser Amado!
Pois do que nos adiantaria Amar sem Ser Amado
e Ser Amado sem Amar?
In Susana
Gustave Eiffel
The excellent architect Alexandre Gustave Eiffel was born in Dijon, France on December 15, 1832. As a diligent and promising student, he went to École Centrale des Arts et Manufactures and afterwards became deeply involved in the design and building of French railways and bridges. Eiffel worked on structures such as a bridge across the Garonne River at Bordeaux, train stations at Toulouse and Agen, and the Garabit Viaduct in southern France, some of which are still standing to this very day. But some of Eiffel's most historic and most-known structures and designs are what makes him so special, his work on la tour Eiffel (the Eiffel tower) and la statue de liberté (the Statue of Liberty).
In 1885, Gustave Eiffel started on a project, a rather large lady called the Statue of Liberty, that was to be given as a gift to the United States by the French people as a sign of international friendship. Eiffel was one of the great minds behind Liberty along with Auguste Bartholdi and Richard M. Hunt. Eiffel designed the wrought-iron skeleton for the inside of the Statue of Liberty. He also supervised the raising of Liberty. He calculated how much pressure would be put on each joint and how to distribute the weight and instructed how to assemble the various pieces of the great lady to maximize the safety and life of the standing statue. Eiffel did all this very economically and his methods have not been beaten to this day. Alexandre Gustave Eiffel had a unique and unheard of understanding of math and science and used his abilities to the fullest. In his lifetime and through the Statue of Liberty, he prepared the world for modern skyscrapers and structures.
Eiffel is best known for the brilliant structure that shows off the most of his talent and genius, the grand Eiffel tower, a symbol of love, romance, and intellectual engineering French-style. The Eiffel Tower was built to commemorate the 100th-anniversary of the French Revolution at the Centennial Exposition of 1889. Approximately 700 proposals were sent in for the design competition and among the hundreds of designs, Gustave Eiffel's was unanimously chosen. Construction of the great tower started on July 1, 1887. Eiffel organized his workers' schedules to perfection and the extremely careful design and construction of the tower needed no corrections. Alexandre Gustave Eiffel again showed his remarkable ability in mathematics and science in the Eiffel Tower. He calculated the distance between the 2,500,000 rivets in the tower to one-tenth of a millimeter, the wind pressures at all heights so that the tower could withstand them, and the curve of the base pylons so that the pulling and pushing of the wind was transformed into forces of compression so the wind would not affect the base. These methods inspired the architects and engineers of contemporary superskyscrapers such as the World Trade Center.
The Eiffel Tower, upon completion on March 31, 1889, was so perfect that the Scientific American of June 15, 1889, published that it was, "without error, without accident, and without delay." Eiffel's magnificent tower was opened by the Prince of Wales, who later would become King Edward VII of England in 1889. The Eiffel Tower was then the tallest structure in the world at 984 feet (300 meters). It brought mixed feelings toward it. Some people were angry and cried out,
"(We) protest with all our force, with all our indignation, in the name of unappreciated French taste, in the name of menaced French art and history, against the erection, in the very heart of our capitol, of the useless and monstrous Eiffel Tower. . . . Is Paris going to be associated with the grotesque, mercantile imaginings of a constructor of machines?"
Others were proud that their country owned the tallest building in the world and still others were shocked and amazed at the height and power of the tower. In spite of these various emotions, Eiffel thought that his tower was a beautiful masterpiece. Later in his life, Gustave Eiffel added a meteorological station, a military telegraph, and an aerodynamics laboratory. He feared that his precious tower would lose money and be disassembled after the Paris World's Fair of 1889 closed down. Though it was not expected to, the Eiffel Tower actually paid for itself with the visitors' fees it collected. To make all his hard and involved work worthwhile, Eiffel was given the Legion of Honneur, an outstanding achievement.
Gustave Eiffel has a huge reputation as an excellent architect of bridges, viaducts, and the Eiffel Tower. He helped and advised the designing and the construction of the Statue of Liberty and the church of Notre Dame Des Champs. Though rejected in his time, he was also the first person to think of putting a tunnel under the English Channel and an underground rail system underneath Paris. Alexandre Gustave Eiffel died on December 27, 1923 in his mansion on Rue Rabelais in Paris. He will always be remembered as an influential man of modern architects and a great mind of math, science, engineering, and architecture in history.
In 1885, Gustave Eiffel started on a project, a rather large lady called the Statue of Liberty, that was to be given as a gift to the United States by the French people as a sign of international friendship. Eiffel was one of the great minds behind Liberty along with Auguste Bartholdi and Richard M. Hunt. Eiffel designed the wrought-iron skeleton for the inside of the Statue of Liberty. He also supervised the raising of Liberty. He calculated how much pressure would be put on each joint and how to distribute the weight and instructed how to assemble the various pieces of the great lady to maximize the safety and life of the standing statue. Eiffel did all this very economically and his methods have not been beaten to this day. Alexandre Gustave Eiffel had a unique and unheard of understanding of math and science and used his abilities to the fullest. In his lifetime and through the Statue of Liberty, he prepared the world for modern skyscrapers and structures.
Eiffel is best known for the brilliant structure that shows off the most of his talent and genius, the grand Eiffel tower, a symbol of love, romance, and intellectual engineering French-style. The Eiffel Tower was built to commemorate the 100th-anniversary of the French Revolution at the Centennial Exposition of 1889. Approximately 700 proposals were sent in for the design competition and among the hundreds of designs, Gustave Eiffel's was unanimously chosen. Construction of the great tower started on July 1, 1887. Eiffel organized his workers' schedules to perfection and the extremely careful design and construction of the tower needed no corrections. Alexandre Gustave Eiffel again showed his remarkable ability in mathematics and science in the Eiffel Tower. He calculated the distance between the 2,500,000 rivets in the tower to one-tenth of a millimeter, the wind pressures at all heights so that the tower could withstand them, and the curve of the base pylons so that the pulling and pushing of the wind was transformed into forces of compression so the wind would not affect the base. These methods inspired the architects and engineers of contemporary superskyscrapers such as the World Trade Center.
The Eiffel Tower, upon completion on March 31, 1889, was so perfect that the Scientific American of June 15, 1889, published that it was, "without error, without accident, and without delay." Eiffel's magnificent tower was opened by the Prince of Wales, who later would become King Edward VII of England in 1889. The Eiffel Tower was then the tallest structure in the world at 984 feet (300 meters). It brought mixed feelings toward it. Some people were angry and cried out,
"(We) protest with all our force, with all our indignation, in the name of unappreciated French taste, in the name of menaced French art and history, against the erection, in the very heart of our capitol, of the useless and monstrous Eiffel Tower. . . . Is Paris going to be associated with the grotesque, mercantile imaginings of a constructor of machines?"
Others were proud that their country owned the tallest building in the world and still others were shocked and amazed at the height and power of the tower. In spite of these various emotions, Eiffel thought that his tower was a beautiful masterpiece. Later in his life, Gustave Eiffel added a meteorological station, a military telegraph, and an aerodynamics laboratory. He feared that his precious tower would lose money and be disassembled after the Paris World's Fair of 1889 closed down. Though it was not expected to, the Eiffel Tower actually paid for itself with the visitors' fees it collected. To make all his hard and involved work worthwhile, Eiffel was given the Legion of Honneur, an outstanding achievement.
Gustave Eiffel has a huge reputation as an excellent architect of bridges, viaducts, and the Eiffel Tower. He helped and advised the designing and the construction of the Statue of Liberty and the church of Notre Dame Des Champs. Though rejected in his time, he was also the first person to think of putting a tunnel under the English Channel and an underground rail system underneath Paris. Alexandre Gustave Eiffel died on December 27, 1923 in his mansion on Rue Rabelais in Paris. He will always be remembered as an influential man of modern architects and a great mind of math, science, engineering, and architecture in history.
Psicoterapia
A terapia cognitivo-comportamental é uma psicoterapia estruturada, directa e de curta-duração, de grande eficácia numa larga variedade de perturbações psicológicas, nomeadamente :
Depressão
Ansiedade
Sexualidade
Fobias
Problemas de sono
Problemas relacionais
Perturbações alimentares
Stress
Auto-controlo
etc
A eficácia desta psicoterapia no tratamento da depressão, ansiedade e outras perturbações psicológicas, está comprovada cientificamente. Os estudos demonstram, por exemplo, que o acompanhamento psicológico através da terapia cognitivo-comportamental reduz os sintomas da depressão tão eficazmente como a terapia com anti-depressivos resultando, contudo, numa taxa mais baixa de recaída. Além disso, não tem os efeitos secundários associados aos medicamentos.
A psicoterapia foca-se na resolução dos problemas, fornecendo ao indivíduo uma explicação clara das suas dificuldades emocionais, prevenindo a recaída e problemas posteriores.
No tratamento psicológico, o indivíduo é ensinado a identificar os pensamentos que originam as perturbações emocionais e a substituí-los por modos de pensar mais saudáveis. Ao longo deste processo, o indivíduo aprende técnicas de auto-ajuda que produzem o alívio rápido dos sintomas, a resolução de problemas de vida e a melhoria da auto-estima, bem como o aumento do auto-controlo sobre os seus próprios problemas.
A terapia cognitivo-comportamental envolve também a mudança de comportamentos que muitas vezes prejudicam o próprio indivíduo, como é o caso de problemas com a assertividade e com a intimidade relacional.
O tratamento de cada problema tem uma duração variável, dependendo do tipo e da gravidade do mesmo, adaptando o terapeuta o seu método de tratamento ao problema específico de cada indivíduo.
Para além destes aspectos é importante realçar que a terapia segue todos os princípios éticos fundamentais, tais como o respeito pela confidencialidade e a aceitação do indíviduo enquanto pessoa com valor e com capacidades para ultrapassar os seus problemas.
Depressão
Ansiedade
Sexualidade
Fobias
Problemas de sono
Problemas relacionais
Perturbações alimentares
Stress
Auto-controlo
etc
A eficácia desta psicoterapia no tratamento da depressão, ansiedade e outras perturbações psicológicas, está comprovada cientificamente. Os estudos demonstram, por exemplo, que o acompanhamento psicológico através da terapia cognitivo-comportamental reduz os sintomas da depressão tão eficazmente como a terapia com anti-depressivos resultando, contudo, numa taxa mais baixa de recaída. Além disso, não tem os efeitos secundários associados aos medicamentos.
A psicoterapia foca-se na resolução dos problemas, fornecendo ao indivíduo uma explicação clara das suas dificuldades emocionais, prevenindo a recaída e problemas posteriores.
No tratamento psicológico, o indivíduo é ensinado a identificar os pensamentos que originam as perturbações emocionais e a substituí-los por modos de pensar mais saudáveis. Ao longo deste processo, o indivíduo aprende técnicas de auto-ajuda que produzem o alívio rápido dos sintomas, a resolução de problemas de vida e a melhoria da auto-estima, bem como o aumento do auto-controlo sobre os seus próprios problemas.
A terapia cognitivo-comportamental envolve também a mudança de comportamentos que muitas vezes prejudicam o próprio indivíduo, como é o caso de problemas com a assertividade e com a intimidade relacional.
O tratamento de cada problema tem uma duração variável, dependendo do tipo e da gravidade do mesmo, adaptando o terapeuta o seu método de tratamento ao problema específico de cada indivíduo.
Para além destes aspectos é importante realçar que a terapia segue todos os princípios éticos fundamentais, tais como o respeito pela confidencialidade e a aceitação do indíviduo enquanto pessoa com valor e com capacidades para ultrapassar os seus problemas.
terça-feira, dezembro 14, 2004
segunda-feira, dezembro 13, 2004
Olha aqui está....
Uma coisa que nunca me tinha acontecido, um tremor de terra.
O pior é que fui gozado pelo facto de ser o único a ter a sensibilidade para notar tal tremor.
A culpa é do Santanás......
Acreditem!
Primeiro um tremor político e agora um tremor de terra.
E onde pára o Pinto da Costa????
O pior é que fui gozado pelo facto de ser o único a ter a sensibilidade para notar tal tremor.
A culpa é do Santanás......
Acreditem!
Primeiro um tremor político e agora um tremor de terra.
E onde pára o Pinto da Costa????
Há cada vez mais homens com falta de desejo sexual
Dr. José Pacheco deixa o alerta: Há cada vez mais homens com falta de desejo sexual...
Tão importante como curioso é ficarmos a saber que os portugueses foram o povo que no mundo mais se misturou com outras raças. Que para a sexualidade o tempo nem sempre significa progresso, como tanto se pensa. E que, tal como qualquer outra mudança, traz sempre aspectos positivos e negativos.
O Dr. José Pacheco, psicólogo clínico e sexólogo, e até há pouco Presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, acabou de lançar O sexo por cá, obra com cerca de 275 páginas, da editora Livros Horizonte, onde procura centrar e aprofundar aspectos da história da sexualidade portuguesa, desejando igualmente dar a conhecer, ainda que ligeiramente, uma perspectiva do nosso passado.
O objectivo é ser uma contiguidade da obra anterior O tempo e o sexo, mas neste caso virada para a nossa realidade.
«Foquei aspectos sobre a família, o amor, o corpo, a medicina e outros tópicos, cuja abordagem tenho esperança que sirva para estimular o interesse por estudar várias disciplinas científicas nestas áreas», afirma o autor.
«Existe muito a ideia de que sempre fomos reprimidos do ponto de vista sexual. Acho que vem do corporativismo, que começa em 1930--35. Esse período foi de facto repressivo, sobretudo se comparado com as sociedades europeia e norte-americana», esclarece o psicólogo, acrescentando: «No final do século XIX éramos seguramente menos repressores do que a sociedade puritana da época vitoriana.»
«Garanhões fantásticos»
Nesta viagem ao passado pela história da sexualidade, José Pacheco desenvolve um capítulo que tem a ver com a disseminação genética, concluindo que no período das Descobertas fomos um povo seguramente muito diferente de quase todos os outros colonizadores.
«Os portugueses misturaram-se e constituíram família, onde quer que pudessem... Em Cabo verde, por exemplo, 80% da população é mestiça», esclarece José Pacheco.
Esta é uma situação de muita originalidade por parte de comerciantes, marinheiros e soldados, que partiram por esse mundo fora. «Alguns autores brasileiros escreveram que a ideia que se tem do homem português naquele país é de que é um garanhão fantástico, sempre sexualmente estimulado», salienta o entrevistado.
Nos seus estudos, descobriu ainda que temos uma poesia erótica específica e que antes do Concílio de Trento, no século XVI, os padres podiam casar. No Sul da Europa houve sempre tendência para um comportamento laxista...
Segundo o nosso interlocutor, qualquer evolução acarreta sempre evoluções paralelas. Basta ver a forma e a mobilidade com que hoje se vive com o que se verificava há 30 ou 40 anos. Nessa altura não circulavam tantos automóveis, distinguiam-se facilmente as pessoas da província das outras pela forma de vestir, as prostitutas auto-identificavam-se e não se acreditava que seria possível ver filmes pornográficos nos canais televisivos.
Sem tempo para sexo?
Houve um impacto muito grande da sexualidade, que se tornou visível do ponto de vista social. Porém, tal como observa o psicólogo, tudo isso acarreta situações benéficas e negativas.
«Veja-se a facilidade de acesso que hoje se tem a materiais, revistas e filmes pornográficos. Para um certo número de homens teve efeito benéfico, porque funcionam como excitantes, e pode contribuir para melhorar a sua realização sexual, enquanto para outros essa abundância de materiais pode, por seu lado, desmotivar», analisa o especialista.
O que se passa é que as proibições e restrições constituem por si próprias um aliciante. Na sociedade actual, esses produtos, incluindo os das lojas de sexo, conduzem a aspectos adversos: à ideia de tudo já ter sido visto e experimentado, à ausência de novidade.
«A própria restrição gera interesses. As pessoas têm hoje acesso aos mais diversos ‘sites’ na Internet, onde podem saber e ver de tudo. Ter conversas eróticas e até marcar encontros», afirma o sexólogo. Pelo facto de se estar a viver uma situação relativamente nova do ponto de vista da sexualidade, tal não significa uma evolução, melhorias...
«Nem sempre o passar do tempo quer dizer progresso. Qualquer mudança implica necessariamente coisas positivas e negativas. Mas, se calhar, para a ilusão humana temos a tendência a imaginar que são sempre positivas», sublinha José Pacheco.
O conjunto destes estudos conduz o autor a certezas algo preocupantes: «Encontramos hoje com frequência muitos homens com falta de desejo sexual, coisa que há 30-40 anos era quase impensável. No passado não surgiam estas queixas.»
Pode esta falta de desejo sexual ser considerada doença, mesmo que o próprio diga não afectar a sua vida normal? «A vida sexual exige também algum tempo, algum investimento afectivo, logo, tem alguma incompatibilidade com o trabalho», remata José Pacheco.
E o especialista conclui: «Esse indivíduo pode ser profissionalmente muito bem sucedido, logo, com pouco tempo para a sua vida sexual. Se está satisfeito, não se queixa e sente bem-estar, nesse caso não se considera que haja doença.»
Que nos reserva ainda o futuro nesta matéria ainda tão ignorada? «É sempre arriscado perspectivar o futuro, umas vezes porque, no caso limite, o ‘futuro’ limita-se a ser uma mera transfiguração do presente.» São palavras de José Pacheco, o especialista que viajou ao passado da nossa sexualidade.
Rolando Raimundo
A responsabilidade editorial e científica desta informação é da
Jas Farma, Comunicação
Tão importante como curioso é ficarmos a saber que os portugueses foram o povo que no mundo mais se misturou com outras raças. Que para a sexualidade o tempo nem sempre significa progresso, como tanto se pensa. E que, tal como qualquer outra mudança, traz sempre aspectos positivos e negativos.
O Dr. José Pacheco, psicólogo clínico e sexólogo, e até há pouco Presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, acabou de lançar O sexo por cá, obra com cerca de 275 páginas, da editora Livros Horizonte, onde procura centrar e aprofundar aspectos da história da sexualidade portuguesa, desejando igualmente dar a conhecer, ainda que ligeiramente, uma perspectiva do nosso passado.
O objectivo é ser uma contiguidade da obra anterior O tempo e o sexo, mas neste caso virada para a nossa realidade.
«Foquei aspectos sobre a família, o amor, o corpo, a medicina e outros tópicos, cuja abordagem tenho esperança que sirva para estimular o interesse por estudar várias disciplinas científicas nestas áreas», afirma o autor.
«Existe muito a ideia de que sempre fomos reprimidos do ponto de vista sexual. Acho que vem do corporativismo, que começa em 1930--35. Esse período foi de facto repressivo, sobretudo se comparado com as sociedades europeia e norte-americana», esclarece o psicólogo, acrescentando: «No final do século XIX éramos seguramente menos repressores do que a sociedade puritana da época vitoriana.»
«Garanhões fantásticos»
Nesta viagem ao passado pela história da sexualidade, José Pacheco desenvolve um capítulo que tem a ver com a disseminação genética, concluindo que no período das Descobertas fomos um povo seguramente muito diferente de quase todos os outros colonizadores.
«Os portugueses misturaram-se e constituíram família, onde quer que pudessem... Em Cabo verde, por exemplo, 80% da população é mestiça», esclarece José Pacheco.
Esta é uma situação de muita originalidade por parte de comerciantes, marinheiros e soldados, que partiram por esse mundo fora. «Alguns autores brasileiros escreveram que a ideia que se tem do homem português naquele país é de que é um garanhão fantástico, sempre sexualmente estimulado», salienta o entrevistado.
Nos seus estudos, descobriu ainda que temos uma poesia erótica específica e que antes do Concílio de Trento, no século XVI, os padres podiam casar. No Sul da Europa houve sempre tendência para um comportamento laxista...
Segundo o nosso interlocutor, qualquer evolução acarreta sempre evoluções paralelas. Basta ver a forma e a mobilidade com que hoje se vive com o que se verificava há 30 ou 40 anos. Nessa altura não circulavam tantos automóveis, distinguiam-se facilmente as pessoas da província das outras pela forma de vestir, as prostitutas auto-identificavam-se e não se acreditava que seria possível ver filmes pornográficos nos canais televisivos.
Sem tempo para sexo?
Houve um impacto muito grande da sexualidade, que se tornou visível do ponto de vista social. Porém, tal como observa o psicólogo, tudo isso acarreta situações benéficas e negativas.
«Veja-se a facilidade de acesso que hoje se tem a materiais, revistas e filmes pornográficos. Para um certo número de homens teve efeito benéfico, porque funcionam como excitantes, e pode contribuir para melhorar a sua realização sexual, enquanto para outros essa abundância de materiais pode, por seu lado, desmotivar», analisa o especialista.
O que se passa é que as proibições e restrições constituem por si próprias um aliciante. Na sociedade actual, esses produtos, incluindo os das lojas de sexo, conduzem a aspectos adversos: à ideia de tudo já ter sido visto e experimentado, à ausência de novidade.
«A própria restrição gera interesses. As pessoas têm hoje acesso aos mais diversos ‘sites’ na Internet, onde podem saber e ver de tudo. Ter conversas eróticas e até marcar encontros», afirma o sexólogo. Pelo facto de se estar a viver uma situação relativamente nova do ponto de vista da sexualidade, tal não significa uma evolução, melhorias...
«Nem sempre o passar do tempo quer dizer progresso. Qualquer mudança implica necessariamente coisas positivas e negativas. Mas, se calhar, para a ilusão humana temos a tendência a imaginar que são sempre positivas», sublinha José Pacheco.
O conjunto destes estudos conduz o autor a certezas algo preocupantes: «Encontramos hoje com frequência muitos homens com falta de desejo sexual, coisa que há 30-40 anos era quase impensável. No passado não surgiam estas queixas.»
Pode esta falta de desejo sexual ser considerada doença, mesmo que o próprio diga não afectar a sua vida normal? «A vida sexual exige também algum tempo, algum investimento afectivo, logo, tem alguma incompatibilidade com o trabalho», remata José Pacheco.
E o especialista conclui: «Esse indivíduo pode ser profissionalmente muito bem sucedido, logo, com pouco tempo para a sua vida sexual. Se está satisfeito, não se queixa e sente bem-estar, nesse caso não se considera que haja doença.»
Que nos reserva ainda o futuro nesta matéria ainda tão ignorada? «É sempre arriscado perspectivar o futuro, umas vezes porque, no caso limite, o ‘futuro’ limita-se a ser uma mera transfiguração do presente.» São palavras de José Pacheco, o especialista que viajou ao passado da nossa sexualidade.
Rolando Raimundo
A responsabilidade editorial e científica desta informação é da
Jas Farma, Comunicação
Que estopada....
Concílio de Trento (1543-1563)
XIX Concílio Ecumênico (contra os inovadores do século XVI)
Sessão III (4-2-1546)
O Símbolo da Fé Católica
782. Este sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, legitimamente reunido no Espírito Santo, presidindo-o os três legados da Sé Apostólica, tendo em vista a importâncias das coisas a serem tratadas, principalmente daquelas que estão contidas nestes dois pontos: a de extirpar as heresias e a de reformar os costumes, motivo principal de estar reunido, julgou seu dever professar, com as mesmas palavras segundo as quais é lido em todas as igrejas, o Símbolo de Fé usado pela Santa Igreja Romana como princípio em que devem concordar todos os que professam a fé cristã e como fundamento firme e único contra o qual jamais prevalecerão as portas do inferno (Mt 16, 18). O qual é o seguinte: Creio em um só Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da terra e de todas as coisas, visíveis e invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; é Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; é gerado, não feito; consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas. O qual, por amor de nós homens e pela nossa salvação, desceu dos céus. E se encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Foi também crucificado por nossa causa; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos e foi sepultado. E ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E subiu ao céus, está sentado à mão direita de Deus Pai. E pela segunda vez há de vir com majestade a julgar os vivos e os mortos. E seu reino não terá fim. E [creio] no Espírito Santo, [que também é] Senhor Vivificador, o qual procede do Pai e do Filho. O qual, com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado, e foi quem falou pelos profetas. E [creio] na Igreja, que é una, santa, católica. Confesso um só Batismo para remissão dos pecados. E aguardo a ressurreição dos mortos e a vida da eternidade. Assim seja.
Sessão IV (8-4-1546)
Os Livros Sagrados e as Tradições dos Apóstolos
783. O sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, reunido legitimamente no Espírito Santo, e com a presidência dos mesmo três legados da Sé Apostólica, tendo sempre isto diante dos olhos que, rejeitados os erros, seja na Igreja conservada a pureza do Evangelho, prometido antes nas Escrituras Santas pelos profetas, o qual Nosso Senhor Jesus Cristo Filho de Deus, primeiramente com sua própria palavra o promulgou e depois, por meio de seus Apóstolos, mandou pregá-lo a toda criatura (Mt 18, 19 s; Mc 16, 15), como fonte de toda a verdade salutar e disciplina dos costumes. Vendo que esta verdade e disciplina estão contidos nos livros escritos e nas tradições orais, que – recebidas ou pelos Apóstolos dos lábios do próprio Cristo, ou dos próprios Apóstolos sob a inspiração do Espírito Santo – chegaram até nós como que entregues de mão em mão, fiéis aos exemplos dos Padres ortodoxos, com igual sentimento de piedade e reverência aceita e venera todos os livros, tanto os do Antigo, como os do Novo Testamento, visto terem ambos o mesmo Deus por autor, bem como as mesmas tradições que se referem tanto à fé como aos costumes, quer sejam só oralmente recebidas de Cristo, quer sejam ditadas pelo Espírito Santo e conservadas por sucessão contínua na Igreja Católica. E para que não surja dúvida a alguém a respeito dos livros que são aceitos pelo mesmo Concílio, resolveu ele ajuntar a este decreto o índice dos Livros Sagrados. São portanto os que a seguir vão enumerados:
Do Antigo Testamento: os 5 de Moisés, a saber: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio; Josué, Juizes, Rute, os quatro dos Reis, os dois do Paralipômenos, o primeiro de Esdras e o segundo, que se chama Neemias; Tobias, Judite, Ester, Job, o Saltério de David com 150 salmos, os Provérbios, o Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico, Isaías, Jeremias, com Baruque, Ezequiel, Daniel; os 12 profetas menores, isto é: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Nahum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias; o primeiro e o segundo dos Macabeus.
Do Novo Testamento: Os quatro Evangelhos: segundo S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas e S. João; os Atos dos Apóstolos escritos pelo evangelista S. Lucas; as 14 epístolas de S. Paulo: aos Romanos, duas aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Felipenses, aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, a Tito, a Filêmon, aos Hebreus; duas do Apóstolo S. Pedro; três do Apóstolo S. João; uma do Apóstolo S. Tiago; uma do Apóstolo S. Judas; e o Apocalipse de S. João. Se alguém não aceitar como sacros e canônicos esses livros na íntegra com todas as suas partes, como era costume serem lidos na Igreja Católica e como se encontram na edição antiga da Vulgata Latina; e desprezar ciente e premeditadamente as preditas tradições: - seja excomungado.
Portanto, depois de lançado o fundamento da confissão da fé, saibam todos em que ordem e em que sentido há de prosseguir o próprio Concílio e principalmente quais os testemunhos e argumentos que empregará na confirmação dos dogmas e na restauração dos costumes na Igreja.
A edição da Vulgata da Bíblia e o modo de interpretação
785. Além disso, considerando que poderá resultar em não pequena utilidade para a Igreja de Deus, dando-se a conhecer qual de tantas edições latinas que correm dos Livros Sagrados se deve ter por legítima, esse mesmo sacrossanto Concílio determina e declara: que nas preleções públicas, nas discussões, pregações e exposições seja tida por legítima a antiga edição da Vulgata, que pelo longo uso de tantos séculos se comprovou na Igreja; e que ninguém, sob qualquer pretexto, se atreva ou presuma rejeitá-la.
786. Ademais, para refrear as mentalidades petulantes, decreta que ninguém, fundado na perspicácia própria, em coisas de fé e costumes necessárias à estrutura da doutrina cristã, torcendo a seu talante a Sagrada Escritura, ouse interpretar a mesma Sagrada Escritura contra aquele sentido, que [sempre] manteve e mantém a Santa Madre Igreja, a quem compete julgar sobre o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Escrituras, ou também [ouse interpretá-la] contra o unânime consenso dos Padres, ainda que as interpretações em tempo algum venham a ser publicadas. Os que se opuserem, sejam denunciados pelos Ordinários e castigados segundo as penas estabelecidas pelo direito. [Seguem uns preceitos sobre a impressão e aprovação dos livros, onde se estabelece entre outras coisas o seguinte:] que para o futuro a Sagrada Escritura, principalmente essa antiga edição da Vulgata, seja publicada do modo mais exato possível; e que a ninguém seja permitido imprimir ou fazer imprimir qualquer livro sobre assuntos sagrados sem o nome do autor, nem vendê-los ou retê-los consigo, se não forem primeiro examinados e aprovados pelo Ordinário…
Sessão V (17-6-1546)
Decreto sobre o pecado original
787. Para que a nossa fé católica, sem a qual é impossível agradar a Deus (Heb 11, 6), purificada dos erros, permaneça em sua pureza íntegra e ilibada; e para que o provo cristão não se deixe agitar por qualquer sopro de doutrina (Ef 4, 14) – pois aquela antiga serpente, que foi inimiga do gênero humano desde o princípio, entre os muitos males que perturbam a Igreja de Deus em nossos tempos, também suscitou a respeito do pecado original e do seu antídoto, não só novas mais ainda antigas dissenções – o sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, legitimamente reunido no Espírito Santo, presidindo-o os mesmo três legados da Sé Apostólica, querendo tratar logo de chamar [à fé] os que laboram em erro e confirmar os vacilantes, tendo seguido os testemunhos da Sagrada Escritura, dos Santos Padres e de Concílios autorizadíssimos bem como o juízo e o consenso da própria Igreja, estabelece, confessa e declara o seguinte a respeito do mesmo pecado original:
788. 1) Se alguém não confessar que o primeiro homem Adão, depois de transgredir o preceito de Deus no paraíso, perdeu imediatamente a santidade e a justiça em que havia sido constituído; e que pela sua prevaricação incorreu na ira e indignação de Deus e por isso na morte que Deus antes lhe havia ameaçado, e, com a morte, na escravidão e no poder daquele que depois teve o império da morte (Heb 2, 14), a saber, o demônio; e que Adão por aquela ofensa foi segundo o corpo e a alma mudado para pior – seja excomungado.
789. 2) Se alguém afirmar que a prevaricação de Adão prejudicou a ele só e não à sua descendência; e que a santidade e justiça recebidas de Deus, e por ele perdidas, as perdeu só para si e não também para nós; ou [disser] que, manchado ele pelo pecado de desobediência, transmitiu a todo o gênero humano somente a morte e as penas do corpo, não porém o mesmo pecado, que é a morte da alma – seja excomungado, porque contradiz o Apóstolo que diz: Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte e assim a morte passou para todos os homens, no qual todos pecaram. (Rom 5, 12).
790. 3) Se alguém afirmar que esse pecado de Adão – que é um pela origem e transmitido pela propagação e não pela imitação, mas que é próprio de cada um – se apaga ou por forças humanas ou por outro remédio, que não seja pelos méritos de um único mediador nosso Jesus Cristo, que nos reconciliou com Deus por seu sangue, fazendo-se para nós justiça, santificação e redenção (I Cor 1, 30); ou negar que o mesmo mérito de Jesus Cristo, devidamente conferido pelo sacramento do Batismo na forma da Igreja, é aplicado tanto aos adultos como às crianças – seja excomungado, porque sob o céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos (At 4, 12); daí aquela palavra: Eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (Jo 1, 29); e esta outra: Todos vós que fostes batizados em Cristo, vos vestistes de Jesus Cristo (Gl 3, 27).
791. 4) Se alguém negar que se devam batizar as crianças recém-nascidas, ainda mesmo quando nascidas de pais batizados; ou disse que devem ser batizadas, sim, para a remissão dos pecados, mas que nada trazem do pecado original de Adão que seja necessário expiar-se no lavacro da regeneração para conseguir a vida eterna, donde resulta que neles a forma do batismo não deve ser entendida como em remissão dos pecados – seja excomungado, porque não é de outro modo que se deve entender o que o Apóstolo: Por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte e assim a morte passou a todos os homens naquele em que todos pecaram (Rom 5, 12), senão do modo que a Igreja Católica, espalhada por todo o mundo, sempre o entendeu; porquanto, em razão desta regra de fé, segundo a tradição dos Apóstolos, ainda as criancinhas que não puderam cometer nenhum pecado, também são verdadeiramente batizadas para a remissão dos pecados, a fim de ser nelas purificado pela regeneração o que contraíram pela geração, pois, se alguém não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no reino de Deus (Jo 3, 5).
792. 5) Se alguém negar que pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, conferida no Batismo, é perdoado o reato do pecado original. Ou se afirmar que não é tirado tudo o que tem verdadeira e própria razão de pecado, mas disser que este é tão somente riscado ou não imputado (sed illud dicit tantum radi aut non imputari) – seja excomungado. Pois Deus nada odeia nos regenerados, visto nada haver de condenação nos que foram verdadeiramente sepultados com Cristo pelo batismo para a morte (Rom 6, 4), os quais não andam segundo a carne (Rom 8, 1), mas despojando-se do homem velho, e revestindo-se do novo que foi criado segundo Deus (Ef 4, 22 ss; Col 3, 9 s), se tornaram sem mancha, imaculados, puros, inocentes, filhos amados de Deus e herdeiros de Deus (Rom 8, 17), de maneira que nada os impede de entrarem logo no céu. Que fique, porém, nos batizados a concupiscência ou o "estopim", [fomes], isto o santo Concílio confessa e sente; mas tendo sido isto deixado para a luta, não pode prejudicar aos que não consentem e lutam varonilmente [auxiliados] pela graça de Jesus Cristo. Mas, pelo contrário, só será coroado quem legitimamente combater (2 Tim 2, 5). O santo Concílio declara que a Igreja Católica jamais entendeu que esta concupiscência – pelo Apóstolo denominada pecado (Rom 6, 12 ss) – se chame "pecado" por ser verdadeira e propriamente pecado nos renascidos, mas por se originar do pecado e nos inclinar ao pecado. Se alguém entender o contrário, seja excomungado.
6) Este mesmo santo Concílio também declara não ser de sua intenção neste decreto, em que se trata do pecado original, incluir a Bem-aventurada e Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus, mas que se devem observar as Constituições do Papa Xisto IV, de feliz memória, sob as penas contidas naquelas mesmas Constituições, que [este Concílio] renova.
Sessão VI (13-1-1547)
Decreto sobre a justificação
792 a. Em vista da doutrina errada que nestes tempos se tem espalhado não sem dano para muitas almas e grave detrimento para a unidade da Igreja, para louvor e glória de Deus Onipotente, para tranqüilidade da Igreja e salvação das almas, o sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, legitimamente congregado no Espírito Santo…, tem a intenção de expor a todos os fiéis de Cristo a sã e verdadeira doutrina da justificação, ensinada pelo sol de justiça (Mal 4, 2), Cristo Jesus, autor e consumador de nossa fé (Hb 12, 2), transmitida pelos Apóstolos e sempre retida pela Igreja Católica sob a direção do Espírito Santo e manda mui severamente que para o futuro ninguém ouse crer, pregar ou ensinar de outro modo do que está determinado e declarado no presente decreto.
Cap. 1 – A insuficiência da natureza e da lei para justificar os homens
793. Declara em primeiro lugar o santo Concílio que, para se entender de modo correto e puro a doutrina da justificação, é necessário cada um reconheça e confesse que, tendo todos os homens pela prevaricação de Adão, perdido a inocência (Rom 5, 12; 1 Cor 15, 22) e se tornado imundos (Is 64, 6) e (como diz o Apóstolo) por natureza filhos da ira (Ef 2, 3), conforme [o Concílio] expôs no decreto sobre o pecado original, de tal forma eram servos do pecado (Rom 6, 20) e sujeitos ao poder do demônio e da morte, que não só os gentios por força da natureza [cân. 1], mas também os judeus pela força da letra da lei de Moisés não podiam livrar-se ou levantar-se [daquele estado], posto que neles o livre arbítrio de modo algum fosse extinto [cân. 5], [tiveram] contudo as suas forças atenuadas e inclinadas [ao mal].
Cap. 2 – O mistério da vinda de Cristo
794. Assim o Pai celestial, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação (2 Cor 1, 3), quando veio aquela feliz plenitude dos tempos (Ef 1, 10), enviou aos homens Jesus Cristo, seu Filho, que foram anunciado e prometido a muitos Santos Padres antes da Lei e sob a Lei, a fim de remir os judeus que viviam sob a lei e [para] que os povos, que não seguiam a justiça, alcançassem a justiça (Rom 9, 30) e todos recebessem a adoção de filhos (Gal 4, 5). A este propôs Deus como propiciação pela fé no seu sangue pelos nossos pecados (Rom 3, 25), não só pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo (1 Jo 2, 2).
Cap. 3 – Quem é justificado por Cristo
795. Embora tenha ele morrido por todos (2 Cor 5, 15), não obstante nem todos recebem o benefício de sua morte, mas somente aqueles aos quais é comunicado o merecimento de sua Paixão. Porque assim como os homens de fato não haveriam de nascer na injustiça, se não tivessem tido origem em Adão – pois, por meio dele e em conseqüência desta origem contraem na conceição a injustiça que lhes é própria – assim também jamais seriam justificados, se não renascessem em Cristo [cân. 2 e 10]. Pois é por este renascimento, em virtude do mérito da Paixão, que a graça, por meio da qual são justificados, lhes é concedida. Por este benefício o Apóstolo exorta a rendermos sempre graças ao Pai, que nos fez dignos de participar da sorte dos santos na luz (Col 1, 12) e nos tirou do poder das trevas e nos transferiu ao reino de seu amado Filho, no qual temos redenção e remissão dos pecados (Col 1, 13 s).
Cap. 4 – A justificação do pecador
796. Nestas palavras se descreve a justificação do pecador, como sendo uma passagem daquele estado em que o homem, nascido filho do primeiro Adão, [passa] para o estado de graça e de adoção de filhos (Rom 8, 15) de Deus por meio do segundo Adão, Jesus Cristo, Senhor Nosso. – Esta transladação, depois da promulgação do Evangelho, não é possível sem o lavacro da regeneração [cân. 5 sobre o Batismo] ou sem o desejo do mesmo, segundo a palavra da Escritura: se alguém não tiver renascido da água e do Espírito Santo, não poderá entrar no reino de Deus (Jo 3, 5).
Cap. 5 – A necessidade de os adultos se prepararem para a justificação
797. Declara ainda [o Santo Concílio]: o início da justificação dos adultos deve brotar da graça proveniente de Deus [cân. 3] por Jesus Cristo, a saber, de sua vocação, pela qual são chamados, sem qualquer merecimento da parte deles. Assim, aqueles que estavam afastados de Deus pelos pecados, se dispõem [amparados] pela sua graça, que excita e auxilia (per eius excitantem atque adiuvantem gratiam), a alcançarem a conversão e a própria justificação, consentindo livremente nesta graça e livremente cooperando com ela [cân. 4 e 5]; de forma que, tocando Deus o coração do homem com a iluminação do Espírito Santo, fica o homem por um lado não totalmente inativo, recebendo aquela inspiração, que poderia também rejeitá-la; por outro lado, não pode ele de sua livre vontade, sem a graça de Deus, elevar-se à justificação [cân. 3] diante de Deus. Por isso, quando nas Sagradas Escrituras se diz: Convertei-vos a mim e eu me converterei a vós (Zac 1, 3), somos lembrados de nossa liberdade; quando, porém, respondemos: Convertei-nos, Senhor a vós, e seremos convertidos (Lam. Jer 5, 21), confessamos que a graça de Deus nos previne.
Cap. 6 – O modo de preparação
798. A preparação para a justificação se efetua do seguinte modo: excitados e favorecidos pela graça divina, recebem a fé pelo ouvido (Rom 10, 17) e erguem-se livremente paras Deus, crendo ser verdadeiro o que foi revelado e prometido por Deus [cân. 12-14] especialmente, que o pecador é justificado por meio da graça de Deus, pela redenção, que está em Jesus Cristo (Rom 3, 24). Quando eles então, reconhecendo-se pecadores, são abalados proveitosamente pelo medo da justiça divina [cân. 8], lembram-se da misericórdia de Deus e firmam-se confiantes na esperança de que Deus lhes há de ser propício por amor de Cristo. Então começam a amá-lo como fonte de toda a justiça e a se insurgir por isso contra os pecados com ódio e detestação [cân. 9], isto é, pela penitência, que se deve fazer antes do Batismo (At 2, 38); finalmente, se propõem a receber o Batismo, a começar uma nova vida e a cumprir os mandamentos de Deus. Sobre esta disposição está escrito: Quem se achega de Deus, deve crer que ele existe e que é remunerador dos que o buscam (Heb 11, 6); e: confia, filho, os teus pecados te são perdoados (Mt 9, 2; Mc 2, 5); e: o temor de Deus expulsa o pecado (Ec 1, 27) e mais: fazei penitência e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo (At 2, 38) e ainda: Ide, pois, ensinai a todas as gentes, batizando-as em nome do Padre, e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo o que vos tenho mandado (Mt 28, 19) e finalmente: Preparai ao Senhor os vossos corações (1 Rs 7, 3).
Cap. 7 – A essência da justificação do pecador e suas causas
799. A esta disposição ou preparação se segue a própria justificação. Ela é não somente a remissão dos pecados [cân. 11], mas ao mesmo tempo a santificação e renovação do homem interior pela voluntária recepção da graça e dos dons. Por este meio, o homem de injusto se torna justo e de inimigo, amigo, de modo a ser herdeiro da vida eterna segundo a esperança (Tit 3, 7). As causas desta justificação são as seguintes: a [causa] final: a glória de Deus e a de Cristo, bem como a vida eterna; a eficiente: o misericordioso Deus, que sem merecimento nosso lava e santifica (1 Cor 6, 11), assinalando e ungindo com o Espírito Santo da promessa que é o penhor de nossa herança (Ef 1, 13 ss). A [causa] meritória, porém, é seu muito amado Filho Unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo nós inimigos (Rom 5, 10), pela nímia caridade com que nos amou (Ef 2, 4), nos mereceu a justificação e satisfez por nós ao Eterno Pai, com sua santíssima Paixão no lenho da cruz [cân. 10]. A [causa] instrumental é o sacramento do Batismo, isto é, o "sacramento da fé"1, sem o qual jamais alguém alcançou a justificação. Enfim, a causa única formal é "a justiça de Deus, não enquanto ele mesmo é justo, mas enquanto nos torna justos"2 [cân. 10 e 11], quer dizer, enquanto por ele enriquecidos, fica a nossa alma espiritualmente renovada, e não só passamos por justos, mas verdadeiramente nós nos denominamos e somos justos. Pois recebemos em nós a justiça, cada qual a sua, conforme a medida que o Espírito Santo distribui a cada um como ele quer (1 Cor 12, 11) e segundo a disposição e cooperação de cada qual.
800. Assim, ninguém pode ser justo, senão aquele a quem se comunicam os merecimentos da Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo. Mas isto assim sucede nesta justificação do pecador, precisamente pelo fato de o amor de Deus se difundir pelo Espírito Santo, por força dos merecimentos desta sagrada Paixão, nos corações (Rom 5, 5) dos que são justificados, aderindo-lhes intimamente [cân. 11]. Por isso, na justificação é infundido no homem por Jesus Cristo, a quem está unido, ao mesmo tempo, tudo isto: fé, esperança e caridade. Porque a fé nem une perfeitamente com Cristo, nem faz membro vivo de seu corpo, se não se lhe ajuntarem a esperança e a caridade. Daí a razão de se dizer com toda a verdade: a fé, sem obras, é morta (Tgo 2, 17 ss) e ociosa [cân. 19]; e em Jesus Cristo nem a circuncisão nem o prepúcio valem coisa alguma, mas a fé que obra pela caridade (Gal 5, 6; 6, 15). Esta é a fé que os catecúmenos, segundo a Tradição apostólica, suplicam à Igreja cantes do batismo, quando pede a "fé que lhes outorga a vida eterna"3, [mas] que, sem a esperança e a caridade, a fé não pode conceder. Por isso ouvem logo em resposta as palavras de Cristo: Se queres entrar para a vida, guarda os mandamentos (Mt 19, 17) [cân. 18-20]. E após terem os neófitos recebido a justificação verdadeira e cristã, exige-se deles que guardem branca e imaculada esta [veste], como sua veste mais preciosa (Luc 15, 22), que lhes foi concedida por Cristo em vez daquela, que pela desobediência de Adão for a perdida para si e para nós, a fim de chegar com ela ante o tribunal de Nosso Senhor Jesus Cristo e obter a vida eterna.
(1) S. Ambrósio, De Spiritu Sancto, 1, 3, 42 (PL 16, 714); S. Agostinho, Ep. 98, ad Bonif. 9 s (PL 33, 36, 4).
(2) "Iustitia Dei, non qua ipse iustus est, se qua nos justus facit". Cfr. S. Agostinho, De Trin. 14, 12, 15 (PL 42, 1048).
(3) Rit. Rom. Ordo Baptismi, n. I s.
Cap. 8 – Como se deve entender a justificação gratuita do pecador pela fé
801. O Apóstolo diz que o homem é justificado pela fé e sem merecimento (Rom 3, 22. 24). Estas palavras devem ser entendidas tais como sempre concordemente a Igreja Católica as manteve e explicou. "Nós somos justificados pela fé": assim dizemos, porque "a fé é o princípio da salvação humana"4, o fundamento e a raiz de toda justificação, sem a qual é impossível agradar a Deus (Heb 11, 6) e alcançar a companhia de seus filhos. Assim, pois, se diz que somos justificados gratuitamente, porque nada do que precede à justificação, nem a fé, nem as obras, merece a graça da justificação. Porque se ela é graça, já não procede das obras; do contrário a graça, como diz o Apóstolo, já não seria graça (Rom 11, 6).
(4) S. Fulgêncio, De fide, ad Petrum n. 1 (PL 65, 671).
Cap. 9 – Refutação da falsa confiança dos hereges
802. É necessário crer que não se perdoam pecados nem jamais foram perdoados, senão pela misericórdia divina, por causa de Cristo e sem merecimento próprio. Não obstante, a ninguém é lícito dizer que se perdoam ou foram perdoados os pecados àqueles que presume confiada e seguramente de perdão dos pecados e tão somente com isto se tranqüiliza. Pois, [também] nos hereges e cismáticos pode encontrar-se esta confiança vã e alheia a toda a piedade [cân. 12]. Sim, ela aí existe em nossos dias e com grande empenho é pregada contra a Igreja Católica. Também não se deve afirmar que os verdadeiramente justificados devem estar firmemente, sem sombra de qualquer dúvida, convencidos de sua justificação, e que ninguém é absolvido e justificado, a não ser aquele que seguramente crer que foi absolvido e justificado, e que somente por esta fé se efetua a absolvição e a justificação [cân. 14], como se aquele que não cresse nisto, duvidasse das promessas de Deus, da eficácia da morte e da ressurreição de Cristo. Porque, assim como nenhum [homem] pio deve duvidar da misericórdia de Deus, dos merecimentos de Cristo, bem como da virtude e eficácia dos sacramentos, assim também, quando cada qual olha para si mesmo e para sua fraqueza e falta de preparação, pode recear e temer pela sua remissão [cân. 13], visto ninguém poder saber com certeza de fé, a qual não pode estar sujeita a erro algum, que sele conseguiu a graça de Deus.
Cap. 10 – O aumento da justificação recebida
803. Justificados deste modo e feitos amigos e familiares de Deus (Jo 15, 15; Ef 2, 19), indo de virtude em virtude (Sl 83, 8), são renovados (como diz o Apóstolo) de dia para dia (2 Cor 4, 16), isto é, mortificando os membros da própria carne (Col 3, 5), tornando-os armas de justiça (Rom 6, 13. 19) para santificação por meio da observância dos mandamentos de Deus e da Igreja, crescem nesta justificação recebida pela graça de cristo, cooperando na fé com a boas obras (Tg 2, 22), são justificados ainda mais [cân. 24 e 32], como está escrito: O que é justo, seja justificado ainda mais (At 22, 11); e outra vez: Não receies justificar-te até a morte (Ecli 18, 22); e de novo: Vedes, pois, que o homem é justificado pelas obras, e não pela fé somente (Tgo 2, 24). Este aumento de justiça pede-o a Igreja quando reza: Dai-nos, Senhor, aumento de fé, esperança e caridade (XIII domingo depois de Pentecostes).
Cap. 11 – A observância dos mandamentos de Deus, sua necessidade e possibilidade
804. Mas ninguém, posto que justificado, se deve julgar eximido da observância dos mandamentos [cân. 20]. Ninguém deve pronunciar estas palavras temerárias, condenadas pelos Padres com anátema: é impossível ao homem justificado observar os preceitos de Deus [cân. 18 e 22]. "Porque Deus não manda coisas impossíveis, mas quando manda, adverte que faças o que possas e peças o que não possas, e ajuda a poder"5. Os seus mandamentos não são pesados (1 Jo 5, 3), o seu jugo é suave e o seu peso é leve (Mt 11, 30), pois os que são filhos de Deus, amam a Cristo, mas os que o amam guardam (como ele testifica) as suas palavras (Jo 14, 23), e podem seguramente executar isso com o auxílio de Deus. Pois, também eles nesta vida mortal, por mas santos e justos que sejam, caem às vezes pelo menos em pecados leves e quotidianos, chamados também "veniais" [cân. 23], mas com isto não deixam de ser justos. Pois é verdadeira e humilde aquela oração dos justos: Perdoai-nos as nossas dívidas (Mt 6, 12). E assim acontece que os justos tanto mais se sentem obrigados a andar pelo caminho da justiça, quanto estando já livres do pecado e feitos servos de Deus (Rom 6, 22), vivendo sóbria, justa e piedosamente (Tit 2, 12), podem progredir por meio de Jesus Cristo, por quem tiveram acesso a esta graça (Rom 5, 2). Porque Deus, os que uma vez foram justificados pela sua graça, "não os desampara a não ser que seja primeiro abandonado por eles"6. Assim, portanto, ninguém deve lisonjear-se com a fé somente [cân. 9, 19, 20], julgando estar pela fé somente constituído herdeiro e que conseguirá a herança ainda que não padeça com Cristo para ser glorificado com ele (Rom 8, 17). Pois o mesmo Cristo, (como diz o Apóstolo), embora fosse Filho de Deus, praticou, contudo, obediência pelo sofrimento, e depois de consumado, se tornou para todos os que lhe obedecem autor da salvação (Hb 5, 8 s). Por isso o mesmo Apóstolo admoesta os justificados, dizendo: Não sabeis que os que correm no estádio, correm, sim, todos, mas um só é que alcança o prêmio? Correi, pois, de modo que o alcanceis. Quanto a mim, corro, não como quem não tem meta certa, combato não como quem açoita o ar, mas castigo o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que não suceda que, tendo eu pregado aos outros, venha eu mesmo a ser réprobo (1 Cor 9, 24 ss). De modo semelhante, fala o Príncipe dos Apóstolos, S. Pedro: Ponde cada vez mais cuidado em tornardes certa a vossa vocação e eleição por meio do boas obras, porque fazendo isto, não pecareis jamais (2 Ped 1, 10). Donde se infere que impugnam a doutrina da religião ortodoxa aqueles que dizem que o justo em todas as obras boas peca ao menos venialmente [cân. 25] ou, (o que é ainda mais intolerável), merece penas eternas; e [erram] também os que afirmam que os justos pecam em todas as obras, se, despertando de sua indolência e animando-se a correr no estádio, pondo seu intento primeiramente na glória de Deus, olham também para o prêmio eterno [cân. 26, 31], como está escrito: inclinei o meu coração para executar as vossas justificações, por amor da retribuição (Sl 118, 112); e de Moisés diz o Apóstolo: que olhava para a remuneração (Hb 11, 26).
(5) "Nam Deus imposibilia non iubet, sed iubendo monet, et facere quod possis, et petere quod non possis" Cfr. S. Agostinho, De nat. et gratia, c. 43, n. 50 (PL 44, 271).
(6) Deus "non deserit, nisi ab eis prius deseratur". Cfr. S. Agostinho, Op. Cit. C. 26, n. 29 (PL 44, 261).
Cap. 12 – Presunção temerária de ser predestinado
805. Ninguém, enquanto peregrina por esta vida mortal, deve querer penetrar tanto no mistério oculta da predestinação divina, que possa afirmar com segurança ser ele, sem dúvida alguma, do número de predestinados [cân. 15], como se o justo não pudesse mais pecar [cân. 23] ou, que se tiver pecado, poderá com certeza prometer-se a si mesmo uma nova conversão. Pois, sem uma revelação toda especial de Deus, não se pode saber quais os que Deus escolheu para si [cân. 16].
Cap. 13 – O dom da perseverança
806. O mesmo se deve entender a respeito do dom da perseverança [cân. 16], do qual está escrito: O que perseverar até o fim, este será salvo (Mt 10, 22. 24. 13). Este dom não pode ser obtido senão daquele que é poderoso para sustentar o que está de pé (Rom 14,4) a fim de que continue de pé até o fim, e para erguer novamente aquele que cai. Ninguém se prometa coisa alguma com certeza absoluta, posto que todos devem por e colocar a sua firmíssima esperança no auxílio de Deus. Porque Deus – a não ser que eles mesmos faltem à sua graça – assim como iniciou a obra boa, também a levará a bom termo, operando o querer e o executar (Filip 2, 13) [cân. 22]7. Porém, os que julgam estar de pé, vejam que não caiam (1 Cor 10, 12) e trabalhem em sua salvação com temor e tremor (Filip 2, 12) nos trabalhos, vigílias, esmolas, orações, oblações, jejuns e na castidade (cfr. 2 Cor 6, 3 ss). Sabendo que renasceram na esperança (1 Ped 1, 3) da glória, e não na glória, devem temer a peleja que lhes resta com a carne, com o mundo e com o demônio, peleja da qual não podem sair vencedores, se não obedecerem, com a graça de Deus, à palavra do Apóstolo: Não somos devedores à carne, para que vivamos segundo a carne. Pois, se viverdes segundo a carne, morrereis. Se, porém, com o espírito mortificardes as obras da carne, vivereis (Rom 8, 12 s).
(7) Cfr. A oração da Igreja "Actiones nostras, quaesumus Domine, aspirando praeveni et adiuvando prosequere, ut cuncta nostra oratio et operatio a te semper incipiat et per te coepta finiatur".
Cap. 14 – A queda no pecado e a sua reparação
807. Aqueles que pelo pecado perderam a graça da justificação, que haviam recebido, poderão novamente ser justificados [cân. 29] se, excitados por Deus, procurarem recuperar a graça perdida por meio do sacramento da Penitência, em virtude do merecimento de Cristo. Este modo de justificação é a reparação do que caiu, sendo com muito acerto denominada pelos Santos Padres de "segunda tábua depois do naufrágio da graça perdida"8. Pois, para os que depois do Batismo caem em pecados, instituiu Jesus Cristo o sacramento da Penitência com as palavras Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos (Jo 20, 22-23). Por onde se deve ensinar que a Penitência do cristão depois da queda muito se distingue do Batismo, e que nela está contida não só a renúncia e a detestação dos pecados, ou o coração contrito e humilhado (Sl 50, 19), mas também a confissão sacramental dos mesmos, ao menos em desejo [in voto], que se há de cumprir a seu tempo, a absolvição sacerdotal e anda a satisfação por jejuns, orações, esmolas e outros piedosos exercícios da vida espiritual, não em lugar do castigo eterno, que é com a culpa perdoado pela recepção do sacramento ou pelo desejo de recebê-lo, mas em lugar do castigo temporal [cân. 30], que, como ensinam as Sagradas Letras, nem sempre é perdoado todo – como sucede no Batismo – àqueles que, ingratos à graça de Deus, contristaram o Espírito Santo (Ef 4, 30) e não recearam violar o templo de Deus (1 Cor 3, 17). Desta Penitência está escrito: Lembra-te donde caíste, faze penitência e volta às tuas primeiras obras (Apoc 2, 5); e noutro lugar: A tristeza que é segundo Deus produz uma penitência estável para a salvação (2 Cor 7, 10); e outra parte: Fazei penitência (Mt 3, 2; 4, 17), e ainda: Fazei dignos frutos de penitência (Mt 3, 8).
(8) Cfr. Tertuliano, De poenit. 4. 7. 9. 12 (PL 1, 1238 ss); S. Jerônimo, Ad Demetrium ep. 130, 9 (PL 22, 1115); In Isaiam 2, 3, 56 (PL 24, 65 D); S. Paciano, Ep. 1, 5 (PL 13, 1056 A); De lapsu virg. Consecr. 8, 38 (PL 16, 379 A).
Cap. 15 – A graça, e não a fé, se perde com qualquer pecado mortal
808. Também contra fraudulentos espíritos de certos homens, que com doces palavras e benção seduzem os corações dos inocentes (Rom 16, 18), se deve assegurar que a graça da justificação, uma vez recebida, não se perde só pela infidelidade [cân. 27], por meio da qual se perde a própria fé, mas também por qualquer outro pecado mortal, mesmo quando não se perca a fé [cân. 28]. Por ali se deve defender a doutrina da lei divina que exclui do reino de Deus não só os infiéis, mas também os fiéis fornicadores, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, beberrões, maldizentes, gatunos (1 Cor 6, 9 s) e todos os que cometem pecados mortais, dos quais se podem abster com o auxílio da graça divina, e pelos quais se separam da graça de Cristo [cân. 27].
Cap. 16 — O fruto da justificação, isto é, o merecimento das boas obras e a razão do merecimento
809. Deste modo, portanto, devem ser propostas aos homens justificados, quer tenham conservado a graça recebida, quer a tenham recuperado depois de perdida, as palavras do Apóstolo: Sede ricos em todas as boas obras, sabendo que o vosso trabalho não é inútil no Senhor (l Cor 15, 58), pois não é Deus injusto para se esquecer da vossa obra e do amor que mostrastes ao seu nome (Hb 6, 10). E estas outras: Não queirais perder a vossa confiança, que tem uma grande remuneração (Hb 10, 35). E por isso aos que trabalham fielmente até ao fim (Mt 10, 22) e esperam em Deus, se há de propor a vida eterna como graça misericordiosamente prometida por Cristo aos filhos de Deus, e "como recompensa"9 que, segundo a promessa do próprio Deus, será fielmente concedida pelas suas obras e merecimentos [cân. 26 e 32]. Esta é, pois, aquela coroa de Justiça que — como dizia o Apóstolo — lhe estava reservada para depois de seu combate e carreira e que lhe seria dada pelo justo juiz, não só para si, mas também a todos que, amorosos, anseiam pelo seu advento (2 Tim 4, 7 s). Porquanto Jesus Cristo mesmo dá a sua força aos justificados como a cabeça aos membros (Ef 4, 15) e a vide aos ramos (Jo 15, 5). Esta força sempre antecede às suas boas obras, acompanha-as e as segue, e sem ela de modo nenhum poderiam ser agradáveis a Deus e meritórias [cân. 2]. Deve-se, por isso, crer que nada mais falta a estes justificados a fim de, com as ditas obras que foram feitas em Deus, poderem plenamente, segundo o estado de vida, satisfazer à lei divina e a seu tempo (morrendo em estado de graça) conseguir a vida eterna. Porquanto Cristo Nosso Salvador diz: Se alguém beber da água que eu lhe der, não terá sede eternamente, mas brotará dele uma fonte de água que corre para a vida eterna (Jo 4, 13 s). Assim, portanto, a nossa própria justiça não se estabelece como própria, como se de nós decorresse, e também não se ignora ou se repudia a justiça de Deus (Rom 10, 3). Esta Justiça é denominada a nossa, porque somos justificados por ela, que inere intimamente em nós [cân. 10 e 11]. E esta mesma é a de Deus, em vista dos merecimentos de Cristo infundida em nós.
810. Não se deve, todavia, omitir o seguinte: Embora na Sagrada Escritura se atribua tão grande valor às boas obras, que Cristo prometeu: Quem oferecer um copo de água fresca a um destes pequeninos, em verdade não ficará sem a sua recompensa (Mt 10, 14); e o Apóstolo testifique: O que presentemente é para nós uma tribulação momentânea e ligeira, produz em nós um peso de glória (2 Cor 4, 17); contudo, longe esteja o cristão de confiar ou se gloriar em si mesmo e não no Senhor (l Cor l, 31; 2 Cor 10, 17), cuja bondade é tanta para com todos os homens, que ele quer que estes seus próprios dons se tornem merecimentos deles [cân. 32]. E porque todos nós pecamos em muitas coisas (Tgo 3, 2) [cân. 23], cada qual deve ter diante dos olhos tanto a misericórdia e bondade de Deus, como a sua severidade e juízo, e não se julgar a si mesmo, embora nada lhe pese na consciência, porque a vida do homem há de ser toda examinada e julgada, não pelo tribunal humano, mas pelo de Deus, que há de alumiar as trevas mais recônditas e manifestar os desígnios dos corações, e então cada um receberá de Deus o louvor (l Cor 4, 4), que — como está escrito — dará a cada um conforme as suas obras (Rom 2, 6).
Depois desta doutrina católica da justificação [cân. 33], que cada qual deverá aceitar fiel e firmemente, se quiser ser Justificado, o santo Concilio resolveu ajuntar os seguintes cânones, para que todos saibam, não só o que devem aceitar e seguir, mas também o que evitar e fugir.
(9) Cfr. S. Agostinho, De gr. et lib. arb. c. 8, n. 20 (PL 44, 893).
Cânones sobre a justificação
811. Cân. 1. Se alguém disser que o homem pode ser justificado perante Deus pelas suas obras, feitas ou segundo as forças da natureza, ou segundo a doutrina da Lei, sem a graça divina [merecida] por Jesus Cristo — seja excomungado. [cfr. n° 793 s].
812. Cân. 2. Se alguém disser que a graça divina [merecida] por Jesus Cristo é dada somente para que o homem possa viver mais facilmente justificado e para mais facilmente merecer a vida eterna, como se pelo livre arbítrio, sem a graça, pudesse conseguir uma e outra coisa, ainda que penosamente e com dificuldades — seja excomungado [cfr. n° 795 e 809].
813. Cân. 3. Se alguém disser que sem a inspiração preveniente do Espírito Santo e sem o seu auxílio, pode o homem crer, esperar e amar ou arrepender-se como convém para lhe ser conferida a graça da Justificação — seja excomungado [cfr. n° 797].
814. Cân. 4. Se alguém disser que o livre arbítrio do homem, movido e excitado por Deus, em nada coopera para se preparar e se dispor a receber a graça da justificação — posto que ele consinta em que Deus o excite e o chame — e que ele não pode discordar, mesmo se quiser, mas se porta como uma coisa inanimada, perfeitamente inativa e meramente passiva — seja excomungado [cfr. n° 797].
815. Cân. 5. Se alguém disser que o livre arbítrio do homem, depois do pecado de Adão, se perdeu, ou se extinguiu, ou que é coisa só de título, ou antes, titulo sem realidade, e enfim, uma ficção introduzida na Igreja por Satanás — seja excomungado [cfr. n° 793 e 797].
816. Cân. 6. Se alguém disser que não está no poder do homem tornar os seus caminhos maus, mas que Deus faz tanto as obras más como as boas, não só enquanto Deus as permite, mas [as faz] em sentido próprio e pleno, de sorte que não é menos obra sua a própria traição de Judas do que a vocação de Paulo — seja excomungado.
817. Cân. 7. Se alguém disser que todas as obras que são feitas antes da justificação, de qualquer modo que se façam, são verdadeiramente pecados ou merecera o ódio de Deus; ou que, com quanto maior veemência alguém se esforça em se dispor para a graça, tanto mais gravemente peca — seja excomungado [cfr. n° 797].
818. Cân. 8. Se alguém disser que o medo do inferno — que nos leva a procurar refúgio na misericórdia divina, condoendo-nos dos pecados, e faz com que nos abstenhamos do pecado, — é pecado ou faz os pecadores piores — seja excomungado [cfr. n° 798].
819. Cân. 9. Se alguém disser que o ímpio é justificado somente pela fé, entendendo que nada mais se exige como cooperação para conseguir a graça da justificação, e que não é necessário por parte alguma que ele se prepare e disponha pela ação da sua vontade — seja excomungado [cfr. n° 798. 801, 804].
820. Cân. 10. Se alguém disser que os homens são justificados sem a justiça de Cristo, pela qual ele mereceu por nós; ou que é por ela mesma que eles são formalmente justos — seja excomungado [cfr. n° 795, 799].
821. Cân. 11. Se alguém disser que os homens são justificados ou só pela imputação da justiça de Cristo, ou só pela remissão dos pecados, excluídas a graça e a caridade que o Espírito Santo infunde em seus corações e neles inerem; ou também que a graça pela qual somos justificados é somente um favor de Deus — seja excomungado [cfr. n° 799 e 809].
822. Cân. 12. Se alguém disser que a fé que justifica não é outra coisa, senão uma confiança na divina misericórdia, que perdoa os pecados por causa de Cristo ou que é só por esta confiança que somos justificados — seja excomungado [cfr. n° 798 e 802].
823. Cân. 13. Se alguém disser que para conseguir a remissão dos pecados é necessário a todo homem crer certamente e sem hesitação alguma, mesmo em vista da fraqueza e falta de preparação próprias, que os pecados lhe foram perdoados — seja excomungado [cfr. n° 802].
824. Cân. 14. Se alguém disser que o homem é absolvido dos seus pecados e justificado porque crê indubitavelmente que é absolvido e justificado; ou, que ninguém é verdadeiramente justificado, senão quem crer que é justificado; e que somente com esta fé se efetua a absolvição e a justificação — seja excomungado [cfr. n° 802].
825. Cân. 15. Se alguém disser que o homem renascido e justificado está obrigado pela fé a crer que certamente é do número dos predestinados — seja excomungado [cfr. n° 805].
826. Cân. 16. Se alguém disser que com absoluta e infalível certeza há de ter aquele grande dom da perseverança final, sem o ter sabido por especial revelação — seja excomungado [cfr. n° 805 s].
827. Cân. 17. Se alguém disser que a graça da justificação só se dá aos predestinados para a vida, e que todos os outros que são chamados, são-no, sim, mas não recebem a graça, visto estarem pelo poder divino predestinados para o mal — seja excomungado.
828. Cân. 18. Se alguém disser que também ao homem justificado e constituído em graça é impossível observar os preceitos de Deus — seja excomungado [cfr. n° 804].
829. Cân. 19. Se alguém disser que no Evangelho não há nada de preceito senão a fé, e que todas as demais coisas são indiferentes, nem mandadas nem proibidas, mas livres; ou que os dez mandamentos de modo algum pertencem aos cristãos — seja excomungado [cfr. n° 800].
830. Cân. 20. Se alguém disser que o homem justificado, por mais perfeito que seja, não está obrigado à observância dos mandamentos de Deus e da Igreja, mas somente a crer, como se o Evangelho fosse uma simples e absoluta promessa de vida eterna, sem condição de observar os mandamentos — seja excomungado [cfr. n° 804].
831. Cân. 21. Se alguém disser que Jesus Cristo foi dado por Deus aos homens [só] como Redentor em quem devem crer, e não também como Legislador a quem devem obedecer — seja excomungado.
832. Cân. 22. Se alguém disser que o justificado pode, sem especial auxílio de Deus, perseverar na justiça recebida; ou que ele não pode, com este auxílio, perseverar — seja excomungado [cfr. n° 804 e 806].
833. Cân. 23. Se alguém disser que o homem, uma vez justificado, não pode mais pecar nem perder a graça, e que por isso aquele que cai e peca nunca foi verdadeiramente justificado; ou, pelo contrário, que o homem pode, durante toda a vida, evitar todos os pecados, também os veniais, sem uma prerrogativa especial concedida por Deus, como a Igreja ensina a respeito da Bem-aventurada Virgem - seja excomungado [cfr. n° 805 e 810].
834. Cân. 24. Se alguém disser que a justiça recebida não se conserva nem tão pouco se aumenta diante de Deus pelas boas obras, mas que as boas obras somente são frutos e sinais da justificação que se alcançou, e que não é causa do aumento da mesma — seja excomungado [cfr. n° 803].
835. Cân. 25. Se alguém disser que o justo peca em qualquer obra boa, ao menos venialmente, ou (o que é mais intolerável ainda) mortalmente; e que por isso merece penas eternas, não se condenando [porém] somente porque Deus não imputa aquelas boas obras para a condenação — seja excomungado [cfr. n° 804].
836. Cân. 26. Se alguém disser que os justos não devem esperar de Deus a retribuição eterna pelas boas obras feitas em Deus, pela misericórdia do mesmo Senhor e merecimentos de Jesus Cristo, se perseverarem até ao fim, obrando bem e observando os preceitos divinos — seja excomungado [cfr. n° 809].
837. Cân. 27. Se alguém disser que não há pecado mortal algum, exceto o de infidelidade; ou que por nenhum outro pecado, embora grave e enorme, a não ser pelo de infidelidade, se perde a graça uma vez recebida — seja excomungado [cfr. n° 808].
838. Cân. 28. Se alguém disser que ao perder-se a graça pelo pecado, simultaneamente se perde também a fé; ou que a fé que permanece, embora não seja viva.
XIX Concílio Ecumênico (contra os inovadores do século XVI)
Sessão III (4-2-1546)
O Símbolo da Fé Católica
782. Este sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, legitimamente reunido no Espírito Santo, presidindo-o os três legados da Sé Apostólica, tendo em vista a importâncias das coisas a serem tratadas, principalmente daquelas que estão contidas nestes dois pontos: a de extirpar as heresias e a de reformar os costumes, motivo principal de estar reunido, julgou seu dever professar, com as mesmas palavras segundo as quais é lido em todas as igrejas, o Símbolo de Fé usado pela Santa Igreja Romana como princípio em que devem concordar todos os que professam a fé cristã e como fundamento firme e único contra o qual jamais prevalecerão as portas do inferno (Mt 16, 18). O qual é o seguinte: Creio em um só Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da terra e de todas as coisas, visíveis e invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; é Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; é gerado, não feito; consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas. O qual, por amor de nós homens e pela nossa salvação, desceu dos céus. E se encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Foi também crucificado por nossa causa; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos e foi sepultado. E ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E subiu ao céus, está sentado à mão direita de Deus Pai. E pela segunda vez há de vir com majestade a julgar os vivos e os mortos. E seu reino não terá fim. E [creio] no Espírito Santo, [que também é] Senhor Vivificador, o qual procede do Pai e do Filho. O qual, com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado, e foi quem falou pelos profetas. E [creio] na Igreja, que é una, santa, católica. Confesso um só Batismo para remissão dos pecados. E aguardo a ressurreição dos mortos e a vida da eternidade. Assim seja.
Sessão IV (8-4-1546)
Os Livros Sagrados e as Tradições dos Apóstolos
783. O sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, reunido legitimamente no Espírito Santo, e com a presidência dos mesmo três legados da Sé Apostólica, tendo sempre isto diante dos olhos que, rejeitados os erros, seja na Igreja conservada a pureza do Evangelho, prometido antes nas Escrituras Santas pelos profetas, o qual Nosso Senhor Jesus Cristo Filho de Deus, primeiramente com sua própria palavra o promulgou e depois, por meio de seus Apóstolos, mandou pregá-lo a toda criatura (Mt 18, 19 s; Mc 16, 15), como fonte de toda a verdade salutar e disciplina dos costumes. Vendo que esta verdade e disciplina estão contidos nos livros escritos e nas tradições orais, que – recebidas ou pelos Apóstolos dos lábios do próprio Cristo, ou dos próprios Apóstolos sob a inspiração do Espírito Santo – chegaram até nós como que entregues de mão em mão, fiéis aos exemplos dos Padres ortodoxos, com igual sentimento de piedade e reverência aceita e venera todos os livros, tanto os do Antigo, como os do Novo Testamento, visto terem ambos o mesmo Deus por autor, bem como as mesmas tradições que se referem tanto à fé como aos costumes, quer sejam só oralmente recebidas de Cristo, quer sejam ditadas pelo Espírito Santo e conservadas por sucessão contínua na Igreja Católica. E para que não surja dúvida a alguém a respeito dos livros que são aceitos pelo mesmo Concílio, resolveu ele ajuntar a este decreto o índice dos Livros Sagrados. São portanto os que a seguir vão enumerados:
Do Antigo Testamento: os 5 de Moisés, a saber: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio; Josué, Juizes, Rute, os quatro dos Reis, os dois do Paralipômenos, o primeiro de Esdras e o segundo, que se chama Neemias; Tobias, Judite, Ester, Job, o Saltério de David com 150 salmos, os Provérbios, o Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico, Isaías, Jeremias, com Baruque, Ezequiel, Daniel; os 12 profetas menores, isto é: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Nahum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias; o primeiro e o segundo dos Macabeus.
Do Novo Testamento: Os quatro Evangelhos: segundo S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas e S. João; os Atos dos Apóstolos escritos pelo evangelista S. Lucas; as 14 epístolas de S. Paulo: aos Romanos, duas aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Felipenses, aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, a Tito, a Filêmon, aos Hebreus; duas do Apóstolo S. Pedro; três do Apóstolo S. João; uma do Apóstolo S. Tiago; uma do Apóstolo S. Judas; e o Apocalipse de S. João. Se alguém não aceitar como sacros e canônicos esses livros na íntegra com todas as suas partes, como era costume serem lidos na Igreja Católica e como se encontram na edição antiga da Vulgata Latina; e desprezar ciente e premeditadamente as preditas tradições: - seja excomungado.
Portanto, depois de lançado o fundamento da confissão da fé, saibam todos em que ordem e em que sentido há de prosseguir o próprio Concílio e principalmente quais os testemunhos e argumentos que empregará na confirmação dos dogmas e na restauração dos costumes na Igreja.
A edição da Vulgata da Bíblia e o modo de interpretação
785. Além disso, considerando que poderá resultar em não pequena utilidade para a Igreja de Deus, dando-se a conhecer qual de tantas edições latinas que correm dos Livros Sagrados se deve ter por legítima, esse mesmo sacrossanto Concílio determina e declara: que nas preleções públicas, nas discussões, pregações e exposições seja tida por legítima a antiga edição da Vulgata, que pelo longo uso de tantos séculos se comprovou na Igreja; e que ninguém, sob qualquer pretexto, se atreva ou presuma rejeitá-la.
786. Ademais, para refrear as mentalidades petulantes, decreta que ninguém, fundado na perspicácia própria, em coisas de fé e costumes necessárias à estrutura da doutrina cristã, torcendo a seu talante a Sagrada Escritura, ouse interpretar a mesma Sagrada Escritura contra aquele sentido, que [sempre] manteve e mantém a Santa Madre Igreja, a quem compete julgar sobre o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Escrituras, ou também [ouse interpretá-la] contra o unânime consenso dos Padres, ainda que as interpretações em tempo algum venham a ser publicadas. Os que se opuserem, sejam denunciados pelos Ordinários e castigados segundo as penas estabelecidas pelo direito. [Seguem uns preceitos sobre a impressão e aprovação dos livros, onde se estabelece entre outras coisas o seguinte:] que para o futuro a Sagrada Escritura, principalmente essa antiga edição da Vulgata, seja publicada do modo mais exato possível; e que a ninguém seja permitido imprimir ou fazer imprimir qualquer livro sobre assuntos sagrados sem o nome do autor, nem vendê-los ou retê-los consigo, se não forem primeiro examinados e aprovados pelo Ordinário…
Sessão V (17-6-1546)
Decreto sobre o pecado original
787. Para que a nossa fé católica, sem a qual é impossível agradar a Deus (Heb 11, 6), purificada dos erros, permaneça em sua pureza íntegra e ilibada; e para que o provo cristão não se deixe agitar por qualquer sopro de doutrina (Ef 4, 14) – pois aquela antiga serpente, que foi inimiga do gênero humano desde o princípio, entre os muitos males que perturbam a Igreja de Deus em nossos tempos, também suscitou a respeito do pecado original e do seu antídoto, não só novas mais ainda antigas dissenções – o sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, legitimamente reunido no Espírito Santo, presidindo-o os mesmo três legados da Sé Apostólica, querendo tratar logo de chamar [à fé] os que laboram em erro e confirmar os vacilantes, tendo seguido os testemunhos da Sagrada Escritura, dos Santos Padres e de Concílios autorizadíssimos bem como o juízo e o consenso da própria Igreja, estabelece, confessa e declara o seguinte a respeito do mesmo pecado original:
788. 1) Se alguém não confessar que o primeiro homem Adão, depois de transgredir o preceito de Deus no paraíso, perdeu imediatamente a santidade e a justiça em que havia sido constituído; e que pela sua prevaricação incorreu na ira e indignação de Deus e por isso na morte que Deus antes lhe havia ameaçado, e, com a morte, na escravidão e no poder daquele que depois teve o império da morte (Heb 2, 14), a saber, o demônio; e que Adão por aquela ofensa foi segundo o corpo e a alma mudado para pior – seja excomungado.
789. 2) Se alguém afirmar que a prevaricação de Adão prejudicou a ele só e não à sua descendência; e que a santidade e justiça recebidas de Deus, e por ele perdidas, as perdeu só para si e não também para nós; ou [disser] que, manchado ele pelo pecado de desobediência, transmitiu a todo o gênero humano somente a morte e as penas do corpo, não porém o mesmo pecado, que é a morte da alma – seja excomungado, porque contradiz o Apóstolo que diz: Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte e assim a morte passou para todos os homens, no qual todos pecaram. (Rom 5, 12).
790. 3) Se alguém afirmar que esse pecado de Adão – que é um pela origem e transmitido pela propagação e não pela imitação, mas que é próprio de cada um – se apaga ou por forças humanas ou por outro remédio, que não seja pelos méritos de um único mediador nosso Jesus Cristo, que nos reconciliou com Deus por seu sangue, fazendo-se para nós justiça, santificação e redenção (I Cor 1, 30); ou negar que o mesmo mérito de Jesus Cristo, devidamente conferido pelo sacramento do Batismo na forma da Igreja, é aplicado tanto aos adultos como às crianças – seja excomungado, porque sob o céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos (At 4, 12); daí aquela palavra: Eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (Jo 1, 29); e esta outra: Todos vós que fostes batizados em Cristo, vos vestistes de Jesus Cristo (Gl 3, 27).
791. 4) Se alguém negar que se devam batizar as crianças recém-nascidas, ainda mesmo quando nascidas de pais batizados; ou disse que devem ser batizadas, sim, para a remissão dos pecados, mas que nada trazem do pecado original de Adão que seja necessário expiar-se no lavacro da regeneração para conseguir a vida eterna, donde resulta que neles a forma do batismo não deve ser entendida como em remissão dos pecados – seja excomungado, porque não é de outro modo que se deve entender o que o Apóstolo: Por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte e assim a morte passou a todos os homens naquele em que todos pecaram (Rom 5, 12), senão do modo que a Igreja Católica, espalhada por todo o mundo, sempre o entendeu; porquanto, em razão desta regra de fé, segundo a tradição dos Apóstolos, ainda as criancinhas que não puderam cometer nenhum pecado, também são verdadeiramente batizadas para a remissão dos pecados, a fim de ser nelas purificado pela regeneração o que contraíram pela geração, pois, se alguém não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no reino de Deus (Jo 3, 5).
792. 5) Se alguém negar que pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, conferida no Batismo, é perdoado o reato do pecado original. Ou se afirmar que não é tirado tudo o que tem verdadeira e própria razão de pecado, mas disser que este é tão somente riscado ou não imputado (sed illud dicit tantum radi aut non imputari) – seja excomungado. Pois Deus nada odeia nos regenerados, visto nada haver de condenação nos que foram verdadeiramente sepultados com Cristo pelo batismo para a morte (Rom 6, 4), os quais não andam segundo a carne (Rom 8, 1), mas despojando-se do homem velho, e revestindo-se do novo que foi criado segundo Deus (Ef 4, 22 ss; Col 3, 9 s), se tornaram sem mancha, imaculados, puros, inocentes, filhos amados de Deus e herdeiros de Deus (Rom 8, 17), de maneira que nada os impede de entrarem logo no céu. Que fique, porém, nos batizados a concupiscência ou o "estopim", [fomes], isto o santo Concílio confessa e sente; mas tendo sido isto deixado para a luta, não pode prejudicar aos que não consentem e lutam varonilmente [auxiliados] pela graça de Jesus Cristo. Mas, pelo contrário, só será coroado quem legitimamente combater (2 Tim 2, 5). O santo Concílio declara que a Igreja Católica jamais entendeu que esta concupiscência – pelo Apóstolo denominada pecado (Rom 6, 12 ss) – se chame "pecado" por ser verdadeira e propriamente pecado nos renascidos, mas por se originar do pecado e nos inclinar ao pecado. Se alguém entender o contrário, seja excomungado.
6) Este mesmo santo Concílio também declara não ser de sua intenção neste decreto, em que se trata do pecado original, incluir a Bem-aventurada e Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus, mas que se devem observar as Constituições do Papa Xisto IV, de feliz memória, sob as penas contidas naquelas mesmas Constituições, que [este Concílio] renova.
Sessão VI (13-1-1547)
Decreto sobre a justificação
792 a. Em vista da doutrina errada que nestes tempos se tem espalhado não sem dano para muitas almas e grave detrimento para a unidade da Igreja, para louvor e glória de Deus Onipotente, para tranqüilidade da Igreja e salvação das almas, o sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, legitimamente congregado no Espírito Santo…, tem a intenção de expor a todos os fiéis de Cristo a sã e verdadeira doutrina da justificação, ensinada pelo sol de justiça (Mal 4, 2), Cristo Jesus, autor e consumador de nossa fé (Hb 12, 2), transmitida pelos Apóstolos e sempre retida pela Igreja Católica sob a direção do Espírito Santo e manda mui severamente que para o futuro ninguém ouse crer, pregar ou ensinar de outro modo do que está determinado e declarado no presente decreto.
Cap. 1 – A insuficiência da natureza e da lei para justificar os homens
793. Declara em primeiro lugar o santo Concílio que, para se entender de modo correto e puro a doutrina da justificação, é necessário cada um reconheça e confesse que, tendo todos os homens pela prevaricação de Adão, perdido a inocência (Rom 5, 12; 1 Cor 15, 22) e se tornado imundos (Is 64, 6) e (como diz o Apóstolo) por natureza filhos da ira (Ef 2, 3), conforme [o Concílio] expôs no decreto sobre o pecado original, de tal forma eram servos do pecado (Rom 6, 20) e sujeitos ao poder do demônio e da morte, que não só os gentios por força da natureza [cân. 1], mas também os judeus pela força da letra da lei de Moisés não podiam livrar-se ou levantar-se [daquele estado], posto que neles o livre arbítrio de modo algum fosse extinto [cân. 5], [tiveram] contudo as suas forças atenuadas e inclinadas [ao mal].
Cap. 2 – O mistério da vinda de Cristo
794. Assim o Pai celestial, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação (2 Cor 1, 3), quando veio aquela feliz plenitude dos tempos (Ef 1, 10), enviou aos homens Jesus Cristo, seu Filho, que foram anunciado e prometido a muitos Santos Padres antes da Lei e sob a Lei, a fim de remir os judeus que viviam sob a lei e [para] que os povos, que não seguiam a justiça, alcançassem a justiça (Rom 9, 30) e todos recebessem a adoção de filhos (Gal 4, 5). A este propôs Deus como propiciação pela fé no seu sangue pelos nossos pecados (Rom 3, 25), não só pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo (1 Jo 2, 2).
Cap. 3 – Quem é justificado por Cristo
795. Embora tenha ele morrido por todos (2 Cor 5, 15), não obstante nem todos recebem o benefício de sua morte, mas somente aqueles aos quais é comunicado o merecimento de sua Paixão. Porque assim como os homens de fato não haveriam de nascer na injustiça, se não tivessem tido origem em Adão – pois, por meio dele e em conseqüência desta origem contraem na conceição a injustiça que lhes é própria – assim também jamais seriam justificados, se não renascessem em Cristo [cân. 2 e 10]. Pois é por este renascimento, em virtude do mérito da Paixão, que a graça, por meio da qual são justificados, lhes é concedida. Por este benefício o Apóstolo exorta a rendermos sempre graças ao Pai, que nos fez dignos de participar da sorte dos santos na luz (Col 1, 12) e nos tirou do poder das trevas e nos transferiu ao reino de seu amado Filho, no qual temos redenção e remissão dos pecados (Col 1, 13 s).
Cap. 4 – A justificação do pecador
796. Nestas palavras se descreve a justificação do pecador, como sendo uma passagem daquele estado em que o homem, nascido filho do primeiro Adão, [passa] para o estado de graça e de adoção de filhos (Rom 8, 15) de Deus por meio do segundo Adão, Jesus Cristo, Senhor Nosso. – Esta transladação, depois da promulgação do Evangelho, não é possível sem o lavacro da regeneração [cân. 5 sobre o Batismo] ou sem o desejo do mesmo, segundo a palavra da Escritura: se alguém não tiver renascido da água e do Espírito Santo, não poderá entrar no reino de Deus (Jo 3, 5).
Cap. 5 – A necessidade de os adultos se prepararem para a justificação
797. Declara ainda [o Santo Concílio]: o início da justificação dos adultos deve brotar da graça proveniente de Deus [cân. 3] por Jesus Cristo, a saber, de sua vocação, pela qual são chamados, sem qualquer merecimento da parte deles. Assim, aqueles que estavam afastados de Deus pelos pecados, se dispõem [amparados] pela sua graça, que excita e auxilia (per eius excitantem atque adiuvantem gratiam), a alcançarem a conversão e a própria justificação, consentindo livremente nesta graça e livremente cooperando com ela [cân. 4 e 5]; de forma que, tocando Deus o coração do homem com a iluminação do Espírito Santo, fica o homem por um lado não totalmente inativo, recebendo aquela inspiração, que poderia também rejeitá-la; por outro lado, não pode ele de sua livre vontade, sem a graça de Deus, elevar-se à justificação [cân. 3] diante de Deus. Por isso, quando nas Sagradas Escrituras se diz: Convertei-vos a mim e eu me converterei a vós (Zac 1, 3), somos lembrados de nossa liberdade; quando, porém, respondemos: Convertei-nos, Senhor a vós, e seremos convertidos (Lam. Jer 5, 21), confessamos que a graça de Deus nos previne.
Cap. 6 – O modo de preparação
798. A preparação para a justificação se efetua do seguinte modo: excitados e favorecidos pela graça divina, recebem a fé pelo ouvido (Rom 10, 17) e erguem-se livremente paras Deus, crendo ser verdadeiro o que foi revelado e prometido por Deus [cân. 12-14] especialmente, que o pecador é justificado por meio da graça de Deus, pela redenção, que está em Jesus Cristo (Rom 3, 24). Quando eles então, reconhecendo-se pecadores, são abalados proveitosamente pelo medo da justiça divina [cân. 8], lembram-se da misericórdia de Deus e firmam-se confiantes na esperança de que Deus lhes há de ser propício por amor de Cristo. Então começam a amá-lo como fonte de toda a justiça e a se insurgir por isso contra os pecados com ódio e detestação [cân. 9], isto é, pela penitência, que se deve fazer antes do Batismo (At 2, 38); finalmente, se propõem a receber o Batismo, a começar uma nova vida e a cumprir os mandamentos de Deus. Sobre esta disposição está escrito: Quem se achega de Deus, deve crer que ele existe e que é remunerador dos que o buscam (Heb 11, 6); e: confia, filho, os teus pecados te são perdoados (Mt 9, 2; Mc 2, 5); e: o temor de Deus expulsa o pecado (Ec 1, 27) e mais: fazei penitência e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo (At 2, 38) e ainda: Ide, pois, ensinai a todas as gentes, batizando-as em nome do Padre, e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo o que vos tenho mandado (Mt 28, 19) e finalmente: Preparai ao Senhor os vossos corações (1 Rs 7, 3).
Cap. 7 – A essência da justificação do pecador e suas causas
799. A esta disposição ou preparação se segue a própria justificação. Ela é não somente a remissão dos pecados [cân. 11], mas ao mesmo tempo a santificação e renovação do homem interior pela voluntária recepção da graça e dos dons. Por este meio, o homem de injusto se torna justo e de inimigo, amigo, de modo a ser herdeiro da vida eterna segundo a esperança (Tit 3, 7). As causas desta justificação são as seguintes: a [causa] final: a glória de Deus e a de Cristo, bem como a vida eterna; a eficiente: o misericordioso Deus, que sem merecimento nosso lava e santifica (1 Cor 6, 11), assinalando e ungindo com o Espírito Santo da promessa que é o penhor de nossa herança (Ef 1, 13 ss). A [causa] meritória, porém, é seu muito amado Filho Unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo nós inimigos (Rom 5, 10), pela nímia caridade com que nos amou (Ef 2, 4), nos mereceu a justificação e satisfez por nós ao Eterno Pai, com sua santíssima Paixão no lenho da cruz [cân. 10]. A [causa] instrumental é o sacramento do Batismo, isto é, o "sacramento da fé"1, sem o qual jamais alguém alcançou a justificação. Enfim, a causa única formal é "a justiça de Deus, não enquanto ele mesmo é justo, mas enquanto nos torna justos"2 [cân. 10 e 11], quer dizer, enquanto por ele enriquecidos, fica a nossa alma espiritualmente renovada, e não só passamos por justos, mas verdadeiramente nós nos denominamos e somos justos. Pois recebemos em nós a justiça, cada qual a sua, conforme a medida que o Espírito Santo distribui a cada um como ele quer (1 Cor 12, 11) e segundo a disposição e cooperação de cada qual.
800. Assim, ninguém pode ser justo, senão aquele a quem se comunicam os merecimentos da Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo. Mas isto assim sucede nesta justificação do pecador, precisamente pelo fato de o amor de Deus se difundir pelo Espírito Santo, por força dos merecimentos desta sagrada Paixão, nos corações (Rom 5, 5) dos que são justificados, aderindo-lhes intimamente [cân. 11]. Por isso, na justificação é infundido no homem por Jesus Cristo, a quem está unido, ao mesmo tempo, tudo isto: fé, esperança e caridade. Porque a fé nem une perfeitamente com Cristo, nem faz membro vivo de seu corpo, se não se lhe ajuntarem a esperança e a caridade. Daí a razão de se dizer com toda a verdade: a fé, sem obras, é morta (Tgo 2, 17 ss) e ociosa [cân. 19]; e em Jesus Cristo nem a circuncisão nem o prepúcio valem coisa alguma, mas a fé que obra pela caridade (Gal 5, 6; 6, 15). Esta é a fé que os catecúmenos, segundo a Tradição apostólica, suplicam à Igreja cantes do batismo, quando pede a "fé que lhes outorga a vida eterna"3, [mas] que, sem a esperança e a caridade, a fé não pode conceder. Por isso ouvem logo em resposta as palavras de Cristo: Se queres entrar para a vida, guarda os mandamentos (Mt 19, 17) [cân. 18-20]. E após terem os neófitos recebido a justificação verdadeira e cristã, exige-se deles que guardem branca e imaculada esta [veste], como sua veste mais preciosa (Luc 15, 22), que lhes foi concedida por Cristo em vez daquela, que pela desobediência de Adão for a perdida para si e para nós, a fim de chegar com ela ante o tribunal de Nosso Senhor Jesus Cristo e obter a vida eterna.
(1) S. Ambrósio, De Spiritu Sancto, 1, 3, 42 (PL 16, 714); S. Agostinho, Ep. 98, ad Bonif. 9 s (PL 33, 36, 4).
(2) "Iustitia Dei, non qua ipse iustus est, se qua nos justus facit". Cfr. S. Agostinho, De Trin. 14, 12, 15 (PL 42, 1048).
(3) Rit. Rom. Ordo Baptismi, n. I s.
Cap. 8 – Como se deve entender a justificação gratuita do pecador pela fé
801. O Apóstolo diz que o homem é justificado pela fé e sem merecimento (Rom 3, 22. 24). Estas palavras devem ser entendidas tais como sempre concordemente a Igreja Católica as manteve e explicou. "Nós somos justificados pela fé": assim dizemos, porque "a fé é o princípio da salvação humana"4, o fundamento e a raiz de toda justificação, sem a qual é impossível agradar a Deus (Heb 11, 6) e alcançar a companhia de seus filhos. Assim, pois, se diz que somos justificados gratuitamente, porque nada do que precede à justificação, nem a fé, nem as obras, merece a graça da justificação. Porque se ela é graça, já não procede das obras; do contrário a graça, como diz o Apóstolo, já não seria graça (Rom 11, 6).
(4) S. Fulgêncio, De fide, ad Petrum n. 1 (PL 65, 671).
Cap. 9 – Refutação da falsa confiança dos hereges
802. É necessário crer que não se perdoam pecados nem jamais foram perdoados, senão pela misericórdia divina, por causa de Cristo e sem merecimento próprio. Não obstante, a ninguém é lícito dizer que se perdoam ou foram perdoados os pecados àqueles que presume confiada e seguramente de perdão dos pecados e tão somente com isto se tranqüiliza. Pois, [também] nos hereges e cismáticos pode encontrar-se esta confiança vã e alheia a toda a piedade [cân. 12]. Sim, ela aí existe em nossos dias e com grande empenho é pregada contra a Igreja Católica. Também não se deve afirmar que os verdadeiramente justificados devem estar firmemente, sem sombra de qualquer dúvida, convencidos de sua justificação, e que ninguém é absolvido e justificado, a não ser aquele que seguramente crer que foi absolvido e justificado, e que somente por esta fé se efetua a absolvição e a justificação [cân. 14], como se aquele que não cresse nisto, duvidasse das promessas de Deus, da eficácia da morte e da ressurreição de Cristo. Porque, assim como nenhum [homem] pio deve duvidar da misericórdia de Deus, dos merecimentos de Cristo, bem como da virtude e eficácia dos sacramentos, assim também, quando cada qual olha para si mesmo e para sua fraqueza e falta de preparação, pode recear e temer pela sua remissão [cân. 13], visto ninguém poder saber com certeza de fé, a qual não pode estar sujeita a erro algum, que sele conseguiu a graça de Deus.
Cap. 10 – O aumento da justificação recebida
803. Justificados deste modo e feitos amigos e familiares de Deus (Jo 15, 15; Ef 2, 19), indo de virtude em virtude (Sl 83, 8), são renovados (como diz o Apóstolo) de dia para dia (2 Cor 4, 16), isto é, mortificando os membros da própria carne (Col 3, 5), tornando-os armas de justiça (Rom 6, 13. 19) para santificação por meio da observância dos mandamentos de Deus e da Igreja, crescem nesta justificação recebida pela graça de cristo, cooperando na fé com a boas obras (Tg 2, 22), são justificados ainda mais [cân. 24 e 32], como está escrito: O que é justo, seja justificado ainda mais (At 22, 11); e outra vez: Não receies justificar-te até a morte (Ecli 18, 22); e de novo: Vedes, pois, que o homem é justificado pelas obras, e não pela fé somente (Tgo 2, 24). Este aumento de justiça pede-o a Igreja quando reza: Dai-nos, Senhor, aumento de fé, esperança e caridade (XIII domingo depois de Pentecostes).
Cap. 11 – A observância dos mandamentos de Deus, sua necessidade e possibilidade
804. Mas ninguém, posto que justificado, se deve julgar eximido da observância dos mandamentos [cân. 20]. Ninguém deve pronunciar estas palavras temerárias, condenadas pelos Padres com anátema: é impossível ao homem justificado observar os preceitos de Deus [cân. 18 e 22]. "Porque Deus não manda coisas impossíveis, mas quando manda, adverte que faças o que possas e peças o que não possas, e ajuda a poder"5. Os seus mandamentos não são pesados (1 Jo 5, 3), o seu jugo é suave e o seu peso é leve (Mt 11, 30), pois os que são filhos de Deus, amam a Cristo, mas os que o amam guardam (como ele testifica) as suas palavras (Jo 14, 23), e podem seguramente executar isso com o auxílio de Deus. Pois, também eles nesta vida mortal, por mas santos e justos que sejam, caem às vezes pelo menos em pecados leves e quotidianos, chamados também "veniais" [cân. 23], mas com isto não deixam de ser justos. Pois é verdadeira e humilde aquela oração dos justos: Perdoai-nos as nossas dívidas (Mt 6, 12). E assim acontece que os justos tanto mais se sentem obrigados a andar pelo caminho da justiça, quanto estando já livres do pecado e feitos servos de Deus (Rom 6, 22), vivendo sóbria, justa e piedosamente (Tit 2, 12), podem progredir por meio de Jesus Cristo, por quem tiveram acesso a esta graça (Rom 5, 2). Porque Deus, os que uma vez foram justificados pela sua graça, "não os desampara a não ser que seja primeiro abandonado por eles"6. Assim, portanto, ninguém deve lisonjear-se com a fé somente [cân. 9, 19, 20], julgando estar pela fé somente constituído herdeiro e que conseguirá a herança ainda que não padeça com Cristo para ser glorificado com ele (Rom 8, 17). Pois o mesmo Cristo, (como diz o Apóstolo), embora fosse Filho de Deus, praticou, contudo, obediência pelo sofrimento, e depois de consumado, se tornou para todos os que lhe obedecem autor da salvação (Hb 5, 8 s). Por isso o mesmo Apóstolo admoesta os justificados, dizendo: Não sabeis que os que correm no estádio, correm, sim, todos, mas um só é que alcança o prêmio? Correi, pois, de modo que o alcanceis. Quanto a mim, corro, não como quem não tem meta certa, combato não como quem açoita o ar, mas castigo o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que não suceda que, tendo eu pregado aos outros, venha eu mesmo a ser réprobo (1 Cor 9, 24 ss). De modo semelhante, fala o Príncipe dos Apóstolos, S. Pedro: Ponde cada vez mais cuidado em tornardes certa a vossa vocação e eleição por meio do boas obras, porque fazendo isto, não pecareis jamais (2 Ped 1, 10). Donde se infere que impugnam a doutrina da religião ortodoxa aqueles que dizem que o justo em todas as obras boas peca ao menos venialmente [cân. 25] ou, (o que é ainda mais intolerável), merece penas eternas; e [erram] também os que afirmam que os justos pecam em todas as obras, se, despertando de sua indolência e animando-se a correr no estádio, pondo seu intento primeiramente na glória de Deus, olham também para o prêmio eterno [cân. 26, 31], como está escrito: inclinei o meu coração para executar as vossas justificações, por amor da retribuição (Sl 118, 112); e de Moisés diz o Apóstolo: que olhava para a remuneração (Hb 11, 26).
(5) "Nam Deus imposibilia non iubet, sed iubendo monet, et facere quod possis, et petere quod non possis" Cfr. S. Agostinho, De nat. et gratia, c. 43, n. 50 (PL 44, 271).
(6) Deus "non deserit, nisi ab eis prius deseratur". Cfr. S. Agostinho, Op. Cit. C. 26, n. 29 (PL 44, 261).
Cap. 12 – Presunção temerária de ser predestinado
805. Ninguém, enquanto peregrina por esta vida mortal, deve querer penetrar tanto no mistério oculta da predestinação divina, que possa afirmar com segurança ser ele, sem dúvida alguma, do número de predestinados [cân. 15], como se o justo não pudesse mais pecar [cân. 23] ou, que se tiver pecado, poderá com certeza prometer-se a si mesmo uma nova conversão. Pois, sem uma revelação toda especial de Deus, não se pode saber quais os que Deus escolheu para si [cân. 16].
Cap. 13 – O dom da perseverança
806. O mesmo se deve entender a respeito do dom da perseverança [cân. 16], do qual está escrito: O que perseverar até o fim, este será salvo (Mt 10, 22. 24. 13). Este dom não pode ser obtido senão daquele que é poderoso para sustentar o que está de pé (Rom 14,4) a fim de que continue de pé até o fim, e para erguer novamente aquele que cai. Ninguém se prometa coisa alguma com certeza absoluta, posto que todos devem por e colocar a sua firmíssima esperança no auxílio de Deus. Porque Deus – a não ser que eles mesmos faltem à sua graça – assim como iniciou a obra boa, também a levará a bom termo, operando o querer e o executar (Filip 2, 13) [cân. 22]7. Porém, os que julgam estar de pé, vejam que não caiam (1 Cor 10, 12) e trabalhem em sua salvação com temor e tremor (Filip 2, 12) nos trabalhos, vigílias, esmolas, orações, oblações, jejuns e na castidade (cfr. 2 Cor 6, 3 ss). Sabendo que renasceram na esperança (1 Ped 1, 3) da glória, e não na glória, devem temer a peleja que lhes resta com a carne, com o mundo e com o demônio, peleja da qual não podem sair vencedores, se não obedecerem, com a graça de Deus, à palavra do Apóstolo: Não somos devedores à carne, para que vivamos segundo a carne. Pois, se viverdes segundo a carne, morrereis. Se, porém, com o espírito mortificardes as obras da carne, vivereis (Rom 8, 12 s).
(7) Cfr. A oração da Igreja "Actiones nostras, quaesumus Domine, aspirando praeveni et adiuvando prosequere, ut cuncta nostra oratio et operatio a te semper incipiat et per te coepta finiatur".
Cap. 14 – A queda no pecado e a sua reparação
807. Aqueles que pelo pecado perderam a graça da justificação, que haviam recebido, poderão novamente ser justificados [cân. 29] se, excitados por Deus, procurarem recuperar a graça perdida por meio do sacramento da Penitência, em virtude do merecimento de Cristo. Este modo de justificação é a reparação do que caiu, sendo com muito acerto denominada pelos Santos Padres de "segunda tábua depois do naufrágio da graça perdida"8. Pois, para os que depois do Batismo caem em pecados, instituiu Jesus Cristo o sacramento da Penitência com as palavras Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos (Jo 20, 22-23). Por onde se deve ensinar que a Penitência do cristão depois da queda muito se distingue do Batismo, e que nela está contida não só a renúncia e a detestação dos pecados, ou o coração contrito e humilhado (Sl 50, 19), mas também a confissão sacramental dos mesmos, ao menos em desejo [in voto], que se há de cumprir a seu tempo, a absolvição sacerdotal e anda a satisfação por jejuns, orações, esmolas e outros piedosos exercícios da vida espiritual, não em lugar do castigo eterno, que é com a culpa perdoado pela recepção do sacramento ou pelo desejo de recebê-lo, mas em lugar do castigo temporal [cân. 30], que, como ensinam as Sagradas Letras, nem sempre é perdoado todo – como sucede no Batismo – àqueles que, ingratos à graça de Deus, contristaram o Espírito Santo (Ef 4, 30) e não recearam violar o templo de Deus (1 Cor 3, 17). Desta Penitência está escrito: Lembra-te donde caíste, faze penitência e volta às tuas primeiras obras (Apoc 2, 5); e noutro lugar: A tristeza que é segundo Deus produz uma penitência estável para a salvação (2 Cor 7, 10); e outra parte: Fazei penitência (Mt 3, 2; 4, 17), e ainda: Fazei dignos frutos de penitência (Mt 3, 8).
(8) Cfr. Tertuliano, De poenit. 4. 7. 9. 12 (PL 1, 1238 ss); S. Jerônimo, Ad Demetrium ep. 130, 9 (PL 22, 1115); In Isaiam 2, 3, 56 (PL 24, 65 D); S. Paciano, Ep. 1, 5 (PL 13, 1056 A); De lapsu virg. Consecr. 8, 38 (PL 16, 379 A).
Cap. 15 – A graça, e não a fé, se perde com qualquer pecado mortal
808. Também contra fraudulentos espíritos de certos homens, que com doces palavras e benção seduzem os corações dos inocentes (Rom 16, 18), se deve assegurar que a graça da justificação, uma vez recebida, não se perde só pela infidelidade [cân. 27], por meio da qual se perde a própria fé, mas também por qualquer outro pecado mortal, mesmo quando não se perca a fé [cân. 28]. Por ali se deve defender a doutrina da lei divina que exclui do reino de Deus não só os infiéis, mas também os fiéis fornicadores, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, beberrões, maldizentes, gatunos (1 Cor 6, 9 s) e todos os que cometem pecados mortais, dos quais se podem abster com o auxílio da graça divina, e pelos quais se separam da graça de Cristo [cân. 27].
Cap. 16 — O fruto da justificação, isto é, o merecimento das boas obras e a razão do merecimento
809. Deste modo, portanto, devem ser propostas aos homens justificados, quer tenham conservado a graça recebida, quer a tenham recuperado depois de perdida, as palavras do Apóstolo: Sede ricos em todas as boas obras, sabendo que o vosso trabalho não é inútil no Senhor (l Cor 15, 58), pois não é Deus injusto para se esquecer da vossa obra e do amor que mostrastes ao seu nome (Hb 6, 10). E estas outras: Não queirais perder a vossa confiança, que tem uma grande remuneração (Hb 10, 35). E por isso aos que trabalham fielmente até ao fim (Mt 10, 22) e esperam em Deus, se há de propor a vida eterna como graça misericordiosamente prometida por Cristo aos filhos de Deus, e "como recompensa"9 que, segundo a promessa do próprio Deus, será fielmente concedida pelas suas obras e merecimentos [cân. 26 e 32]. Esta é, pois, aquela coroa de Justiça que — como dizia o Apóstolo — lhe estava reservada para depois de seu combate e carreira e que lhe seria dada pelo justo juiz, não só para si, mas também a todos que, amorosos, anseiam pelo seu advento (2 Tim 4, 7 s). Porquanto Jesus Cristo mesmo dá a sua força aos justificados como a cabeça aos membros (Ef 4, 15) e a vide aos ramos (Jo 15, 5). Esta força sempre antecede às suas boas obras, acompanha-as e as segue, e sem ela de modo nenhum poderiam ser agradáveis a Deus e meritórias [cân. 2]. Deve-se, por isso, crer que nada mais falta a estes justificados a fim de, com as ditas obras que foram feitas em Deus, poderem plenamente, segundo o estado de vida, satisfazer à lei divina e a seu tempo (morrendo em estado de graça) conseguir a vida eterna. Porquanto Cristo Nosso Salvador diz: Se alguém beber da água que eu lhe der, não terá sede eternamente, mas brotará dele uma fonte de água que corre para a vida eterna (Jo 4, 13 s). Assim, portanto, a nossa própria justiça não se estabelece como própria, como se de nós decorresse, e também não se ignora ou se repudia a justiça de Deus (Rom 10, 3). Esta Justiça é denominada a nossa, porque somos justificados por ela, que inere intimamente em nós [cân. 10 e 11]. E esta mesma é a de Deus, em vista dos merecimentos de Cristo infundida em nós.
810. Não se deve, todavia, omitir o seguinte: Embora na Sagrada Escritura se atribua tão grande valor às boas obras, que Cristo prometeu: Quem oferecer um copo de água fresca a um destes pequeninos, em verdade não ficará sem a sua recompensa (Mt 10, 14); e o Apóstolo testifique: O que presentemente é para nós uma tribulação momentânea e ligeira, produz em nós um peso de glória (2 Cor 4, 17); contudo, longe esteja o cristão de confiar ou se gloriar em si mesmo e não no Senhor (l Cor l, 31; 2 Cor 10, 17), cuja bondade é tanta para com todos os homens, que ele quer que estes seus próprios dons se tornem merecimentos deles [cân. 32]. E porque todos nós pecamos em muitas coisas (Tgo 3, 2) [cân. 23], cada qual deve ter diante dos olhos tanto a misericórdia e bondade de Deus, como a sua severidade e juízo, e não se julgar a si mesmo, embora nada lhe pese na consciência, porque a vida do homem há de ser toda examinada e julgada, não pelo tribunal humano, mas pelo de Deus, que há de alumiar as trevas mais recônditas e manifestar os desígnios dos corações, e então cada um receberá de Deus o louvor (l Cor 4, 4), que — como está escrito — dará a cada um conforme as suas obras (Rom 2, 6).
Depois desta doutrina católica da justificação [cân. 33], que cada qual deverá aceitar fiel e firmemente, se quiser ser Justificado, o santo Concilio resolveu ajuntar os seguintes cânones, para que todos saibam, não só o que devem aceitar e seguir, mas também o que evitar e fugir.
(9) Cfr. S. Agostinho, De gr. et lib. arb. c. 8, n. 20 (PL 44, 893).
Cânones sobre a justificação
811. Cân. 1. Se alguém disser que o homem pode ser justificado perante Deus pelas suas obras, feitas ou segundo as forças da natureza, ou segundo a doutrina da Lei, sem a graça divina [merecida] por Jesus Cristo — seja excomungado. [cfr. n° 793 s].
812. Cân. 2. Se alguém disser que a graça divina [merecida] por Jesus Cristo é dada somente para que o homem possa viver mais facilmente justificado e para mais facilmente merecer a vida eterna, como se pelo livre arbítrio, sem a graça, pudesse conseguir uma e outra coisa, ainda que penosamente e com dificuldades — seja excomungado [cfr. n° 795 e 809].
813. Cân. 3. Se alguém disser que sem a inspiração preveniente do Espírito Santo e sem o seu auxílio, pode o homem crer, esperar e amar ou arrepender-se como convém para lhe ser conferida a graça da Justificação — seja excomungado [cfr. n° 797].
814. Cân. 4. Se alguém disser que o livre arbítrio do homem, movido e excitado por Deus, em nada coopera para se preparar e se dispor a receber a graça da justificação — posto que ele consinta em que Deus o excite e o chame — e que ele não pode discordar, mesmo se quiser, mas se porta como uma coisa inanimada, perfeitamente inativa e meramente passiva — seja excomungado [cfr. n° 797].
815. Cân. 5. Se alguém disser que o livre arbítrio do homem, depois do pecado de Adão, se perdeu, ou se extinguiu, ou que é coisa só de título, ou antes, titulo sem realidade, e enfim, uma ficção introduzida na Igreja por Satanás — seja excomungado [cfr. n° 793 e 797].
816. Cân. 6. Se alguém disser que não está no poder do homem tornar os seus caminhos maus, mas que Deus faz tanto as obras más como as boas, não só enquanto Deus as permite, mas [as faz] em sentido próprio e pleno, de sorte que não é menos obra sua a própria traição de Judas do que a vocação de Paulo — seja excomungado.
817. Cân. 7. Se alguém disser que todas as obras que são feitas antes da justificação, de qualquer modo que se façam, são verdadeiramente pecados ou merecera o ódio de Deus; ou que, com quanto maior veemência alguém se esforça em se dispor para a graça, tanto mais gravemente peca — seja excomungado [cfr. n° 797].
818. Cân. 8. Se alguém disser que o medo do inferno — que nos leva a procurar refúgio na misericórdia divina, condoendo-nos dos pecados, e faz com que nos abstenhamos do pecado, — é pecado ou faz os pecadores piores — seja excomungado [cfr. n° 798].
819. Cân. 9. Se alguém disser que o ímpio é justificado somente pela fé, entendendo que nada mais se exige como cooperação para conseguir a graça da justificação, e que não é necessário por parte alguma que ele se prepare e disponha pela ação da sua vontade — seja excomungado [cfr. n° 798. 801, 804].
820. Cân. 10. Se alguém disser que os homens são justificados sem a justiça de Cristo, pela qual ele mereceu por nós; ou que é por ela mesma que eles são formalmente justos — seja excomungado [cfr. n° 795, 799].
821. Cân. 11. Se alguém disser que os homens são justificados ou só pela imputação da justiça de Cristo, ou só pela remissão dos pecados, excluídas a graça e a caridade que o Espírito Santo infunde em seus corações e neles inerem; ou também que a graça pela qual somos justificados é somente um favor de Deus — seja excomungado [cfr. n° 799 e 809].
822. Cân. 12. Se alguém disser que a fé que justifica não é outra coisa, senão uma confiança na divina misericórdia, que perdoa os pecados por causa de Cristo ou que é só por esta confiança que somos justificados — seja excomungado [cfr. n° 798 e 802].
823. Cân. 13. Se alguém disser que para conseguir a remissão dos pecados é necessário a todo homem crer certamente e sem hesitação alguma, mesmo em vista da fraqueza e falta de preparação próprias, que os pecados lhe foram perdoados — seja excomungado [cfr. n° 802].
824. Cân. 14. Se alguém disser que o homem é absolvido dos seus pecados e justificado porque crê indubitavelmente que é absolvido e justificado; ou, que ninguém é verdadeiramente justificado, senão quem crer que é justificado; e que somente com esta fé se efetua a absolvição e a justificação — seja excomungado [cfr. n° 802].
825. Cân. 15. Se alguém disser que o homem renascido e justificado está obrigado pela fé a crer que certamente é do número dos predestinados — seja excomungado [cfr. n° 805].
826. Cân. 16. Se alguém disser que com absoluta e infalível certeza há de ter aquele grande dom da perseverança final, sem o ter sabido por especial revelação — seja excomungado [cfr. n° 805 s].
827. Cân. 17. Se alguém disser que a graça da justificação só se dá aos predestinados para a vida, e que todos os outros que são chamados, são-no, sim, mas não recebem a graça, visto estarem pelo poder divino predestinados para o mal — seja excomungado.
828. Cân. 18. Se alguém disser que também ao homem justificado e constituído em graça é impossível observar os preceitos de Deus — seja excomungado [cfr. n° 804].
829. Cân. 19. Se alguém disser que no Evangelho não há nada de preceito senão a fé, e que todas as demais coisas são indiferentes, nem mandadas nem proibidas, mas livres; ou que os dez mandamentos de modo algum pertencem aos cristãos — seja excomungado [cfr. n° 800].
830. Cân. 20. Se alguém disser que o homem justificado, por mais perfeito que seja, não está obrigado à observância dos mandamentos de Deus e da Igreja, mas somente a crer, como se o Evangelho fosse uma simples e absoluta promessa de vida eterna, sem condição de observar os mandamentos — seja excomungado [cfr. n° 804].
831. Cân. 21. Se alguém disser que Jesus Cristo foi dado por Deus aos homens [só] como Redentor em quem devem crer, e não também como Legislador a quem devem obedecer — seja excomungado.
832. Cân. 22. Se alguém disser que o justificado pode, sem especial auxílio de Deus, perseverar na justiça recebida; ou que ele não pode, com este auxílio, perseverar — seja excomungado [cfr. n° 804 e 806].
833. Cân. 23. Se alguém disser que o homem, uma vez justificado, não pode mais pecar nem perder a graça, e que por isso aquele que cai e peca nunca foi verdadeiramente justificado; ou, pelo contrário, que o homem pode, durante toda a vida, evitar todos os pecados, também os veniais, sem uma prerrogativa especial concedida por Deus, como a Igreja ensina a respeito da Bem-aventurada Virgem - seja excomungado [cfr. n° 805 e 810].
834. Cân. 24. Se alguém disser que a justiça recebida não se conserva nem tão pouco se aumenta diante de Deus pelas boas obras, mas que as boas obras somente são frutos e sinais da justificação que se alcançou, e que não é causa do aumento da mesma — seja excomungado [cfr. n° 803].
835. Cân. 25. Se alguém disser que o justo peca em qualquer obra boa, ao menos venialmente, ou (o que é mais intolerável ainda) mortalmente; e que por isso merece penas eternas, não se condenando [porém] somente porque Deus não imputa aquelas boas obras para a condenação — seja excomungado [cfr. n° 804].
836. Cân. 26. Se alguém disser que os justos não devem esperar de Deus a retribuição eterna pelas boas obras feitas em Deus, pela misericórdia do mesmo Senhor e merecimentos de Jesus Cristo, se perseverarem até ao fim, obrando bem e observando os preceitos divinos — seja excomungado [cfr. n° 809].
837. Cân. 27. Se alguém disser que não há pecado mortal algum, exceto o de infidelidade; ou que por nenhum outro pecado, embora grave e enorme, a não ser pelo de infidelidade, se perde a graça uma vez recebida — seja excomungado [cfr. n° 808].
838. Cân. 28. Se alguém disser que ao perder-se a graça pelo pecado, simultaneamente se perde também a fé; ou que a fé que permanece, embora não seja viva.
Barafunda
Não temos governo, não temos sistema de saúde eficaz, não temos o Benfica a ganhar, não temos túnel do Marquês, não temos segurança social adequada, não temos o túnel do Rossio aberto ( o que estraga maior parte das piadas lisboetas de cariz sexual, e ah! também arrelia a vida de quem trabalha em Lisboa), não temos paciência para nada disto, não nos sentimos bem.
Estamos na merda meus caros.
Estamos na merda meus caros.
Monogamia
O Mito da Monogamia é o nome de um livro recentemente publicado nos Estados Unidos, resultado das experiências de David Barash, zoólogo na Universidade de Washington, e de Judith Lipton, uma psiquiatra norte-americana.
Os autores defendem a raridade da monogamia e dizem que é mais frequente entre as pessoas que decidem investir fortemente numa relação. Abordam, ainda, o adultério no seio de algumas espécies de animais e, claro, na espécie humana. No entanto, é um tanto ou quanto difícil saber até que ponto o homem é fiel, já que as pessoas mentem muito sobre este assunto e não admitem que, de facto, são infiéis. Porém, tendo como base alguns inquéritos, a dupla de investigadores constatou que 50% dos homens e entre 30 e 50% das mulheres admitiram ter tido pelo menos um affair.
De acordo com o livro supracitado, quem escolhe o caminho da monogamia sujeita-se a ter uma “carga de trabalho”. É que ser fiel é mesmo muito, muito difícil, pois as circunstâncias fazem com que o ditado popular “a carne é fraca” seja eficaz. A prová-lo está a explicação para a infidelidade: na perspectiva dos autores, eles são oportunistas e dão “facadinhas” no casamento porque a mulher que desejam (para amante) é acessível e fácil; as mulheres escolhem os amantes mediante a “conta bancária”, a aparência e o poder.
Contudo, os autores pecam ao misturarem conceitos da zoologia na biologia humana, sobretudo quando se referem ao papel sexual da mulher como forma de cativar e prender o homem durante o período fértil. No fundo, O Mito da Monogamia é mais um estudo a juntar a outros tantos que explicam (ou tentam explicar) a poligamia e infidelidade quer nos homens quer nas mulheres.
A revista New Scientist publicou também recentemente um estudo que explica a desonestidade nas relações duradouras: as mulheres optam por um homem para terem mais segurança e os homens, por sua vez, optam por determinada mulher pelo puro prazer carnal, ou seja, o sexo. E são estas atitudes as responsáveis pela desonestidade entre um homem e uma mulher.
Estudos não faltam para explicar um fenómeno desde sempre presente nas sociedades de todo o Mundo. E, apesar da infidelidade ser condenável na maioria das sociedades, não deixa de existir... Pelo menos serve para a realização de estudos e pesquisas!
Os autores defendem a raridade da monogamia e dizem que é mais frequente entre as pessoas que decidem investir fortemente numa relação. Abordam, ainda, o adultério no seio de algumas espécies de animais e, claro, na espécie humana. No entanto, é um tanto ou quanto difícil saber até que ponto o homem é fiel, já que as pessoas mentem muito sobre este assunto e não admitem que, de facto, são infiéis. Porém, tendo como base alguns inquéritos, a dupla de investigadores constatou que 50% dos homens e entre 30 e 50% das mulheres admitiram ter tido pelo menos um affair.
De acordo com o livro supracitado, quem escolhe o caminho da monogamia sujeita-se a ter uma “carga de trabalho”. É que ser fiel é mesmo muito, muito difícil, pois as circunstâncias fazem com que o ditado popular “a carne é fraca” seja eficaz. A prová-lo está a explicação para a infidelidade: na perspectiva dos autores, eles são oportunistas e dão “facadinhas” no casamento porque a mulher que desejam (para amante) é acessível e fácil; as mulheres escolhem os amantes mediante a “conta bancária”, a aparência e o poder.
Contudo, os autores pecam ao misturarem conceitos da zoologia na biologia humana, sobretudo quando se referem ao papel sexual da mulher como forma de cativar e prender o homem durante o período fértil. No fundo, O Mito da Monogamia é mais um estudo a juntar a outros tantos que explicam (ou tentam explicar) a poligamia e infidelidade quer nos homens quer nas mulheres.
A revista New Scientist publicou também recentemente um estudo que explica a desonestidade nas relações duradouras: as mulheres optam por um homem para terem mais segurança e os homens, por sua vez, optam por determinada mulher pelo puro prazer carnal, ou seja, o sexo. E são estas atitudes as responsáveis pela desonestidade entre um homem e uma mulher.
Estudos não faltam para explicar um fenómeno desde sempre presente nas sociedades de todo o Mundo. E, apesar da infidelidade ser condenável na maioria das sociedades, não deixa de existir... Pelo menos serve para a realização de estudos e pesquisas!
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