Três mil pessoas morrem todos os anos nos hospitais portugueses vítimas de erros nos tratamentos efectuados, indica um estudo realizado por um cirurgião e um engenheiro, o qual vai ser publicado em livro com o nome «Erro em Medicina», noticia este sábado o Expresso.
O estudo, que aponta que todos os anos são internados nos hospitais portugueses cerca de um milhão de pacientes, explica os diferentes tipos de erro como falhas humanas ou do próprio sistema, e as suas origens. No entanto, alerta para uma distinção básica entre os «erros honestos» e os «erros de negligência».
Os primeiros são resultantes da própria natureza humana porque «errar é humano», lembram; os segundos são actos que violaram as regras estabelecidas e, por isso, são passíveis de culpa.
Os elementos recolhidos pelo médico José Fragata e o engenheiro Luís Martins apontam, por exemplo, para o facto de cerca de 45% dos erros médicos estarem associados a actos cirúrgicos, sendo 17% destes resultantes de falhas humanas. Acrescentam que 20% a 30% dos erros resultam de falhas na prescrição de medicamentos.
Para os dois autores, o erro médico não deve ser encarado de um ponto de vista individual, constituindo «um problema de gestão» das instituições de Saúde.
Crucifies my enemies....
segunda-feira, novembro 08, 2004
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