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segunda-feira, novembro 08, 2004

Dá vontade de ficar doente!

Três mil pessoas morrem todos os anos nos hospitais portugueses vítimas de erros nos tratamentos efectuados, indica um estudo realizado por um cirurgião e um engenheiro, o qual vai ser publicado em livro com o nome «Erro em Medicina», noticia este sábado o Expresso.



O estudo, que aponta que todos os anos são internados nos hospitais portugueses cerca de um milhão de pacientes, explica os diferentes tipos de erro como falhas humanas ou do próprio sistema, e as suas origens. No entanto, alerta para uma distinção básica entre os «erros honestos» e os «erros de negligência».
Os primeiros são resultantes da própria natureza humana porque «errar é humano», lembram; os segundos são actos que violaram as regras estabelecidas e, por isso, são passíveis de culpa.

Os elementos recolhidos pelo médico José Fragata e o engenheiro Luís Martins apontam, por exemplo, para o facto de cerca de 45% dos erros médicos estarem associados a actos cirúrgicos, sendo 17% destes resultantes de falhas humanas. Acrescentam que 20% a 30% dos erros resultam de falhas na prescrição de medicamentos.

Para os dois autores, o erro médico não deve ser encarado de um ponto de vista individual, constituindo «um problema de gestão» das instituições de Saúde.

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