Crucifies my enemies....

segunda-feira, novembro 24, 2003

Ora bem.
Continuando a história, ou melhor ainda, começando.
Vivemos num país de carneiros.
Imaginem o seguinte quadro. Um banco como tantos outros, com dois ATM´s, um vazio e o outro com um fila enorme. O tuga entra, e escolhe qual? A que está completamente cheia! Obvio! Presumimos logo que há qualquer problema com a que está vazia, e por isso nem questionamos.
E ai daquele que questionar!
Sofre os olhares reprovadores dos outros que estão na fila, tipo "olha este pensa que é esperto! Tá toda a gente aqui será que ele não vê que a outra não funciona?".
E isto provoca um dilema enormíssimo.
Se perguntar-mos, "Olhe desculpe, a outra máquina não funciona?", levamos logo com o automático "Obviamente!Ou acha que estou aqui por desporto".
Se não perguntar-mos sujeitamos-nos a duas distintas situações, uma humilhante e outra humilhadora.
A humilhante dá-se quando realmente a máquina não funciona e damos com os burros na água, sujeitando-nos a voltar para o fim da fila que já aumentou considerávelmente, e ao riso comedido de quem se encontrava lá antes à espera, à carneiro.
A humilhadora é quando a máquina funciona e ficamos com aquele riso à lá Manela Moura Guedes, para os outros otários que estavam na fila.
Engraçado é que o Tuga também é orgulhoso e besta. Pois uma vez acabado o serviço, se olharmos para trás NINGUÉM se desloca à máquina vazia, pensam, foi sorte, mas a mim não me acontece e não irei dar o braço a torcer.
É assim.
Eu prefiro, por curiosidade inata, ver se a outra funciona.
Daí, sou Carneiro, mas não entro em carneiradas.
E está dito.

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