Pois não sei mesmo, cada vez que tenho de ouvir um arguido em auto tenho logo de combater o juízo pré-feito pelo munícipe que a Câmara só existe no intuito de chatear as pessoas.
Mais errado não poderia ser.
A Câmara, em teoria, tenta, à semelhança de um pequeno estado, reger os seus domínios de acordo com o bom senso, e acima de tudo, de acordo com a lei.
Sim, há excesso de zelo por parte das autoridades participantes, Fiscalização, GNR, PSP, etc etc. Mas se há algo para participar, logo, há algo que não está bem.
Se não está bem, merece ser participado.
Aqui é que entra a grande questão.
O munícipe tem a ideia que a Câmara irá punir de imediato. Esta é a ideia que tento desfazer logo na primeira audição. A função da Câmara é zelar pelo cumprimento do disposto nos seus regulamentos e no disposto nas leis do nosso País, e isso consegue-se através de uma atitude pedagógica, levando as pessoas, quanto tal for possível, a legalizar a irregularidade que as trouxe à minha presença.
Mas acreditem, retirar o estigma anteriormente referido torna-se por vezes penoso.
Mas orgulho-me, modéstia à parte, de nunca ter deixado niguém prejudicado, nem a Câmara, nem o munícipe.
E isso faz-me sentir bem, e mais do que isso, que estou a executar o meu trabalho como ele deve ser executado.
Crucifies my enemies....
quinta-feira, setembro 30, 2004
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