Pois bem, voltando a um assunto resolvido, pelo menos por mim, antes das férias.
Os links que coloquei abaixo servem para ajudar na clarificação de um ponto de vista. O porquê de coisas como esta, vulgo blog, existirem.
Sinceramente, não sei, ou melhor dizendo, as explicações são várias.
Com os avanços da tecnologia foi possivel, primeiro, contactar-mos com outras pessoas, O IRC e outros programas, as páginas de chats na Net, abriram as portas para o alargamento dos nossos conhecimentos, amizades e até, por vezes algo mais íntimo.
Depois chegaram os chats em tempo real, O MSM e o ICQ e todos os similares.
Todas as nossas actividades comunicativas encontraram paralelo no mundo cibernético. Tudo em detrimento do contacto pessoal.
Mas, quanto ao expressar de sentimentos, emoções, puras informações fúteis, bocas, desagrados, etc, houve um movimento inverso.
Pelo menos no meu ponto de vista.
As mulheres, e alguns homens, muito embora a estes seja mais difícil admitir, por não se considerar uma actividade máscula, mantinham os seus diários.
Um suporte em papel das suas actividades diárias, do que viram, do que sentiram.
Tudo no maior dos secretismos.
Apenas dado a conhecer a quem sabiamos que não iria comentar.
Tudo se transformou, com as páginas Web, que no início eram de difícil elaboração, mas foram sendo progressivamente mais utilizadas.
Mas não foi este o substituto. Este meio apenas substitui a presença física do seu autor. A facilidade de dar a conhecer fotografias das férias, dar a conhecer sitios que se gosta, a vaidade de elaborar cada vez mais complexos efeitos visuais.
O verdadeiro substituto foi, na realidade actual, o Blog.
O que leva pessoas a exprimirem emoções supra referidas neste espaço?
Não sei, eu próprio não sei porque o faço.
Talvez porque me apetece dizer algo a alguém e não está ninguém por perto, talvez porque queira compartilhar algo que acho interessante, quer seja fútil ou útil.
Tudo convergindo num único ponto.
É um diário cibernético.
E como um diário em suporte de papel, só tem coisas que interessam ao seu autor. Não têm necessariamente destinatário, não têm necessariamente utilidade.
São a expressão do que o seu autor quis fazer numa devida altura.
Se fazer copy/paste de uma informação que achou útil e deveria permanecer aqui, se disasertar sobre a própria motivação desse copy/paste.
Daí a diversidade que encontrei na blogosfera internacional, busca que foi em muito facilitada com a introdução do butão Next Blog no canto superior direito do ecrã.
Há os que são interessantes, há os que são chatos, há os que são plagiadores, há os que são originais, há os que pensam que são engraçados mas não são, há os que tentam ser sérios mas não são.
Mas todos existem pelo mesmo motivo. O seu autor quis expressar o que sentia num determinado momento acerca de um determinado tema, que poderá não ter rigorosamente interesse algum para TODOS os que lêem o seu blog, mas que obviamente tem TODO o interesse para quem o escreveu.
Portanto, e concluíndo, este texto não serve para elucidar alguém sobre as minhas motivações. Serve para me elucidar sobre o que me leva a colocar aqui o que coloco, não tendo como ultimo objectivo a aprovação por parte dos potênciais leitores do conteúdo exposto.
(Errata: Onde se lê butão deverá ler-se botão, queria referir-me a um interruptor cibernético e não a um país governado por monges budistas, no meio dos himalaias cuja principal exportação são selos do correio)
Crucifies my enemies....
segunda-feira, agosto 30, 2004
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2 comentários:
1879. Morre Sir Roland Hill, inventor do selo do correio.
As minhas mais sinceras condolências.
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